HÁ 74 ANOS FALECEU O NOSSO PAI BENFIQUISTA.
Magnífica composição do Benfiquista Victor João Carocha que «Honra Agora os Ases que Nos Honraram o Passado» |
Em 12 de Junho de 1947, aos 61 anos, partia para o «Quarto Anel», Cosme Damião.
Nasceu em 2 de Novembro de 1885
Às quatro horas da tarde na travessa do Alqueidão, ao Lumiar, no norte de Lisboa. Filho de Cosme Damião e Rosa Maria Marques. Ainda não tinha completado dez anos quando fica órfão do pai, em 11 de Junho de 1895. Quase no mesmo dia... 52 anos depois, faleceu Cosme Damião, há precisamente 74 anos, assinalados hoje.
Baptismo com registo de nascimento
Em 27 de Dezembro de 1885, na igreja paroquial de São João Baptista do Lumiar, é baptizado e registado Cosme Damião, com quase dois meses de existência (clicar).
O adro da igreja do sacramento baptismal do nosso Pai Benfiquista num festivo dia de feira |
Entrada para a Real Casa Pia de Lisboa
Em 30 de Abril de 1896 depois de um primeiro ofício datado de 22 de Abril do mesmo ano. Tinha dez anos e seis meses.
Foi na Casa Pia que se interessou pelo Futebol
Como demonstra documentação existente na instituição, no jornal «O Social»:Metódico, aos 16 anos e pouco mais que um mês, tal como seria toda a vida, obtida a necessária autorização "A Comissão" abriu a subscrição aos restantes alunos bem como elaborou um "Regulamento" com quatro condições:
Depois de sair (provisoriamente) da Casa Pia
Fez parte do grupo de ex-alunos da Instituição, a «Associação do Bem» que reforçou o Grupo dos Catataus (ou Belém FC) dando origem ao "Glorioso", em 28 de Fevereiro de 1904.
A inconfundível e inigualável assinatura de um tesoureiro que faleceu há 73 anos mas deixou muitos filhos que se têm multiplicado a cada dia |
Na fundação do «Glorioso» ainda frequentava a Real Casa Pia de Lisboa
Ainda que esporadicamente, entre 26 de Agosto de 1902 (provisoriamente) e 1 de Setembro de 1904, quand0 deixa, definitivamente, a nobre instituição. Não é de admirar que aos domingos fosse dos casapianos mais assíduas a andar por Belém.
Ainda que esporadicamente, entre 26 de Agosto de 1902 (provisoriamente) e 1 de Setembro de 1904, quand0 deixa, definitivamente, a nobre instituição. Não é de admirar que aos domingos fosse dos casapianos mais assíduas a andar por Belém.
Cedo se fez Homem
E do Clube o baluarte do desporto português e um dos «Clubes Míticos» do futebol mundial. Obrigado, Pai Cosme.
E do Clube o baluarte do desporto português e um dos «Clubes Míticos» do futebol mundial. Obrigado, Pai Cosme.
Cosme Damião não consta da lista por esquecimento ou não quis assinar?
Verdade! Mas é a caligrafia dele pois há documentos muito próximos de 1904 - são de 1908 - em que a letra é igual. Para quem tanto escrevia - era Secretário da Casa Palmela na primeira metade do século XX - a letra foi-se alterando com o tempo como mostram documentos manuscritos por ele, em final dos anos 30. O motivo pelo qual o nome não consta ou a razão de não assinar é apenas colocar hipóteses. Não quis, esqueceu-se, era óbvio, recusou protagonismo? Só hipóteses, pois não há em nenhum documento ou entrevista qualquer explicação.
Verdade! Mas é a caligrafia dele pois há documentos muito próximos de 1904 - são de 1908 - em que a letra é igual. Para quem tanto escrevia - era Secretário da Casa Palmela na primeira metade do século XX - a letra foi-se alterando com o tempo como mostram documentos manuscritos por ele, em final dos anos 30. O motivo pelo qual o nome não consta ou a razão de não assinar é apenas colocar hipóteses. Não quis, esqueceu-se, era óbvio, recusou protagonismo? Só hipóteses, pois não há em nenhum documento ou entrevista qualquer explicação.
Sem particular protagonismo até 1906
Num clube que primava pelo colectivo, começou a destacar-se quando, ainda, futebolista (médio-centro) da 2.ª categoria reforça como defesa-direito a 1.ª categoria, em 17 de Março de 1906. Neste blogue já se escreveu acerca desse dia: Cosme Damião pela Primeira Vez na Cruz Quebrada (clicar).
Da esquerda para a direita. De cima para baixo. Defesas e meio-campo: António do Couto, Albano dos Santos, Emílio de Carvalho, Manuel Móra (guarda-redes), Cosme Damião, Fortunato Levy e H. Hannour (árbitro inglês/futebolista do Carcavellos Club); Avançados: Carlos França, António Rosa Rodrigues, Daniel Queiroz dos Santos, Cândido Rosa Rodrigues e Silvestre José da Silva (capitão) |
No Verão de 1907
É um dos grandes responsáveis (com Félix Bermudes e Marcolino Bragança - que teve a ideia) pela resistência à debandada dos melhores futebolistas decidindo inscrever, como 1.ª categoria, no campeonato regional de Lisboa, em 1907/08, os futebolistas inscritos como 2.ª categoria, em 1906/07! Uma decisão sábia para os que ficaram e proveitosa para as gerações seguintes, ou seja, para todos nós! E os nossos descendentes!
Entrevista de Cosme Damião concedida a Mário de Oliveira; jornal «A Bola» n.º 11; 5 de Março de 1945; páginas 5 e 7 (excertos) |
Depois é Lenda! Sempre a pensar Gloriosamente... assim:
Alberto Miguéns
NOTA: Agradecimento aos responsáveis pela Casa Pia de Lisboa que facultaram, para este blogue, todo o processo do seu ilustre aluno n.º 2487.
Foi um dos 7 filhos do casal Cosme Damião e Rosa Marques. Teve a fortuna - que soube bem aproveitar - de ter uma excelente educação proporcionada pela Casa Pia de Lisboa. De lá adotou os valores da lealdade, companheirismo, gosto pelo desporto e respeito pelos adversários. Com eles e com as virtudes da sua personalidade, ambição, organização, disciplina, lealdade, e inexcedível correção e cavalheirismo, tornou-se o Pai do Benfiquismo. Mudou a vida de milhões de pessoas que se tornaram Benfiquistas e que têm sempre o orgulho de pertencer, de amar, este Clube sem igual.
ResponderEliminarOrgulho em Cosme, orgulho no Benfica!
Descansa em Paz, bravo Cosme. Obrigado.
Eu acordei para o benfiquismo em 1955 e cada vez gosto mais da escolha que fiz!
ResponderEliminarJá outros se aproveitam do Benfica para se enriquecerem a escola deles foram a canalhice, o Benfica é os valores da lealdade verdade e respeito, mas com a entrada dos pintos filipes valentins etc todos esses valores se foram ou nunca os tiveram.
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