Um Bom e Próspero Ano Novo a todos os Benfiquistas e não benfiquistas, mas principalmente ao Benfica.
Há cem anos, em 1920,o «Glorioso» conseguiu a primeira "dobradinha" conquistando o Campeonato Regional e a Taça de Honra, ou seja, os dois troféus que a Associação de Futebol de Lisboa fez disputar na temporada de 1919/20. Por quatro vezes tentara e por outras tantas não foi possível:
Em 1914/15, o Benfica foi segundo classificado no 9.º Regional (atrás do Sporting CP) e finalista vencido (derrota por 1-3 frente ao Sporting CP) na I Taça de Honra;
Em 1915/16, o Benfica foi Campeão no 10.º Regional e finalista vencido (derrota por 0-1 frente ao Sporting CP) na II Taça de Honra;
Em 1916/17, o Benfica foi Bicampeão no 11.º Regional e finalista vencido (derrota por 1-4 frente ao Sporting CP) na III Taça de Honra;
Em 1917/18, o Benfica foi Tricampeão no 12.º Regional e eliminado nas meias-finais da IV Taça de Honra, pelo Império LC - derrota por 0-3 - que depois conquistou a competição ao derrotar, por 4-3, o Sporting CP;
Em 1918/19, o Benfica foi segundo classificado no 13.º Regional não se disputando a Taça de Honra;
Em 1919/20, o Benfica foi Campeão no 14.º Regional (10 de Junho de 1920) e conquistou a V Taça de Honra (18 de Julho de 1920). Finalmente a "dobradinha" Regional, mas única possível pois a Federação Portuguesa de Futebol, fundada em 31 de Março de 1914, há seis anos, teimava em não organizar um Campeonato Nacional e quando o organizou (no final da temporada de 1921/22) foi uma "brincadeira" fazendo jogar o Campeão de Lisboa, da AFL (Sporting CP) frente ao Campeão do Porto, da AFP (FC Porto).
Se houve "dobradinha" em 1919/20 quer dizer que cem anos depois, em 2019/20 também poderá haver! Em 1919/20 de âmbito regional e em 2019/20 a nível nacional.
Uma «Glória do Benfica» de sempre. Sempre que o Benfica necessitava dizia presente, como atleta (mesmo em equipas secundárias, o que interessava era servir o «Glorioso»). Em 1920 jogou Futebol, Hóquei em Patins e Ténis (de Campo). Foi dirigente e até colaborador de "O Benfica Ilustrado" escrevendo acerca dos "Rapazes do Meu Tempo..."). Os associados agraciaram-no com a «Águia de Prata" em assembleia geral (31 de Julho de 1938). Foi o terceiro em cronologia, o primeiro em Benfiquismo |
Há cem anos, em 1920, há muitas Gloriosas Datas. Há notícias (e podem ser mais) de 164 ocorrências em 84 dias para doze meses. São 164 ocorrências em oito modalidades (apenas a Ginástica era recreativa praticada no ginásio da Sede). Há actividade desportiva e social. Só a política estava, já, interdita. Ao ler os três jornais desportivos, as duas revistas e os principais jornais diários de Lisboa e do Porto, pelo menos às segundas-feiras, o Benfica era o clube mais referenciado em Portugal. Não por simpatia mas por ser um clube ecléctico, que participava frequentemente em competições e organizava inúmeros eventos. A Imprensa era obrigada a escrever acerca do Clube. Só ignorando e escondendo a realidade não teria chegado até ao século XXI essa actividade centenária. Sem dúvida que o Ano de 1920 é o mais estimulante, desde 1904 para quem, na actualidade, lê o Benfica nas suas primeiras décadas. Em 1920 continuava a cumprir-se, em plenitude, o que Cosme Damião anunciara nessa notável entrevista, em 28 de Outubro de 1911, divulgada neste blogue em 28 de Outubro de 2018 (clicar).
Em 1920, o "Glorioso" completou 16 anos. Com mais de década e meia era já uma referência em Portugal. Em 1920 não houve digressão a Espanha como em 1919 (três jogos em Madrid e quatro em Vigo) e haveria em 1921 (estreia na Catalunha, com dois jogos em Barcelona e outros dois em Terrassa). Mas o «Glorioso» levou a classe do seu Futebol a várias localidades de Portugal: Évora (22 de Fevereiro), Coimbra (7 de Março e 10 de Maio), Setúbal (11 de Julho) e Barreiro (15 de Agosto).
As instalações do «Glorioso», entre a avenida Gomes Pereira e a Quinta de Marrocos, eram esplendorosas com Sede, Rinque e Campo de Ténis. Atrás um campo de Futebol com pista onde se bateram recordes nacionais. Ainda nem duas décadas tinha e já era a referência do desporto em Portugal.
Com eleições anuais escolhendo dirigentes dedicados e dispostos a servir o Clube sucediam-se outros de igual estirpe a cada acto eleitoral. O Benfica vivia tempos de crescimento sustentado e que contagiava os atletas para conseguirem resultados para lá da excelência parecendo conseguir o intangível.
O Glorioso Futebol era "intratável". Depois do Campeonato conquistou a Taça!
A Primeira categoria conquistou o oitavo título de Campeão Regional em onze temporadas, entre 1909/10 e 1919/20, apenas três segundos lugares: 1910/11 (atrás do Internacional/CIF) e 1914/15 e 1918/19 (ambas atrás do Sporting CP). Depois do domínio avassalador dos mestres ingleses do Cabo Submarino, com um Tricampeonato em 1906/07, 1907/08 e 1908/09 o «Glorioso» esteve imparável (1909/10, 1911/12 a 1913/14, 1915/16 a 1917/18 e 1919/20), conquistando e renovando os plantéis com a política desportiva implementada por Cosme Damião em valorizar as quatro categorias conforme as suas necessidades e objectivo de fortalecer a primeira.
Esta categoria realizou, em 1919/20, 30 jogos, com 17 vitórias, quatro empates e nove derrotas, marcando 86 golos para 47 sofridos.
A equipa mais utilizada foi:
Manuel Arsénio;
António Pinho e José Maria Bastos;
Fernando de Jesus, Vítor Gonçalves e Cândido de Oliveira (capitão);
Herculano Santos, José Pimenta, Jesus Muñoz Crespo, Artur Augusto e Alberto Augusto.
A Segunda categoria conquistou o nono título de Campeão Regional em onze temporadas, entre 1909/10 e 1919/20, apenas dois segundos lugares: 1911/12 (em 3.º lugar, atrás do GS Cruz Quebrada e do Lisboa FC que utilizaram os seus melhores futebolistas nesta categoria pois não se inscreveram no campeonato da primeira categoria) e 1916/17 ( atrás do Vitória FC Setúbal que não se inscreveu no campeonato da primeira categoria, inscrevendo nesta os seus melhores futebolistas). Depois de um primeiro título do Internacional/CIF («Glorioso» em 3.º lugar) em 1908/09, o Benfica foi hegemónico.
Esta categoria realizou, em 1919/20, 15 jogos, com 12 vitórias, um empate (2-2, com a 1.ª categoria do Império LC, num jogo particular) e duas derrotas (1-2, com o Império LC, para o Regional e 1-3, com o Portugal FC, para a Taça Especial para 2.ªs categorias organizada pela primeira vez pela AFL), marcando 48 golos para 11 sofridos.
O plantel da segunda categoria merece ser destacado pois foi graças à sua classe e abnegação que foi possível aligeirar a debandada, no final da temporada de 1919/20, com mais de vinte futebolistas, entre eles quatro da primeira/segunda categoria para formarem o Casa Pia AC, fundado em 3 de Julho de 1920, com base em grande parte dos casapianos que tinham como clube preferencial, desde 28 de Fevereiro de 1904, o «Glorioso» para praticarem desporto, em particular o Futebol.
A equipa mais utilizada foi:
Clemente Guerra;
Alberto Mata e António Brás;
Carlos Pinto, Horácio Ferreira e Fausto Peres;
João Morais, José Francisco Simões, António Ribeiro dos Reis (capitão), António Oliveira e Alfredo Mengo.
A Terceira categoria não revalidou o título de Campeão Regional conquistado em 1918/19. Entre 1909/10 e 1919/20, em onze temporadas conquistou nove títulos, com oito consecutivos, entre 1909/10 e 1916/17. No primeiro campeonato (1908/09) ficou em 3.º lugar (atrás do CS Império e do Internacional/CIF), venceu entre 1909/10 e 1916/17, mas em 1917/18 classificou-se em segundo lugar (atrás do GD Fábrica Seixas). Em 1918/19, foi campeão regional mas em 1919/20 uma temporada abaixo das expectativas: segundo lugar na 1.ª série (atrás do União Futebol Lisboa que conquistou o título após derrotar, em três encontros, o vencedor da 2.ª série: Sporting CP).
Em 13 jogos, oito vitórias, dois empates (2-2, com o Internacional/CIF e 0-0, com o União FC, ambas para o Regional) e uma derrota (1-5, com o União FL, para o Regional), com 52 golos marcados e 13 sofridos.
A Quarta categoria também não revalidou o título de Campeão Regional conquistado em 1918/19. Entre 1913/14 e 1919/20, em sete temporadas conquistou cinco títulos, com quatro consecutivos, entre 1913/14 e 1916/17. Nos dois primeiros campeonatos (1911/12 e 1912/13) ficou, respectivamente em 4.º lugar (atrás do Sporting CP, GF Benfica e Grupo luzo-Campolide) e 3.º lugar (atrás do Sporting CP e GS Cruz Quebrada), venceu entre 1913/14 e 1916/17, mas em 1917/18 venceu a 1.ª série mas foi derrotado (2-4 e 0-1) pelo Grupo Football Benfica. Em 1918/19, foi campeão regional mas em 1919/20 uma temporada muito abaixo das expectativas: terceiro lugar na 1.ª série (atrás do SF Palmense (2.º lugar) e do GF Benfica que conquistou o título após derrotar, em dois encontros, o vencedor da 2.ª série: Chelas FC).
Em dez jogos, cinco vitórias, três empates e duas derrotas, com 19 golos marcados e 12 sofridos.
O Grupo Infantil inscreveu-se na "Taça Álvaro Gaspar" para homenagear o infortunado futebolista do Benfica, num torneio a eliminar à segunda derrota, organizado pelo GS Cruz Quebrada. Inscreveram-se três clubes (SL Benfica, Sporting CP e GS Cruz Quebrada) e duas equipas escolares (Liceu Pedro Nunes e Casa Pia de Lisboa). O «Glorioso» com um plantel debilitado foi conseguindo, com empates (ambos por 1-1, frente ao GS Cruz Quebrada e Sporting CP), evitar a eliminação. Depois do afastamento do Liceu Pedro Nunes e do GS Cruz Quebrada, o Benfica a equipa escolar da Casa Pia foi mais forte e derrotou o Benfica pela segunda vez (a primeira tinha sido uma derrota inacreditável, por 2-3, frente ao GS Cruz Quebrada). Ficaram finalistas a equipa escolar da Casa Pia (duas vitórias, um empate e uma derrota) e o Sporting CP (duas vitórias e dois empates) mas não conheço o desfecho final do torneio, tendo ideia que o Sporting CP declarou-se vencedor).
Em cinco jogos, uma vitória, três empates e duas derrotas, com 12 golos marcados e oito sofridos.
Este era o Glorioso Benfica superiormente orientado por Cosme Damião com cinco plantéis a jogar durante uma temporada 73 jogos, movimentando mais de uma centena de futebolistas. Não havia paralelo em Portugal.
António Ribeiro dos Reis e Vítor Gonçalves eram dirigentes e futebolistas. O primeiro capitão da segunda categoria seria, em 1920/21, capitão da primeira categoria |
O Benfica praticava Futebol (ininterruptamente desde 1 de Janeiro de 1905), Ciclismo (ininterruptamente desde 11 de Junho de 1906), Atletismo (ininterruptamente desde 2 de Dezembro de 1906), Ginástica (ininterruptamente desde 6 de Janeiro de 1913), Ténis (de Campo) (ininterruptamente desde 29 de Maio de 1915), Patinagem (ininterruptamente desde 1 de Dezembro de 1916), Hóquei em Patins (ininterruptamente como Secção desde 1916 e estreia em competição desde 19 de Agosto de 1917) e Luta Greco-romana (ininterruptamente desde 24 de Julho de 1919). O eclectismo do Clube progredia se bem que não existam - eu pelo menos não conheço - notícias de Natação, Pólo Aquático e Tiro com Armas. O clube com 16 anos de existência mantinha oito modalidades sem interrupções (actualmente quatro ainda se mantêm assim - excluindo das oito, o Ciclismo, Ténis, Patinagem e Luta Greco-Romana) e tinha mais três com prática histórica. Ou seja, onze modalidades! Um clube ecléctico para lá da potência futebolística em Portugal (campeão regional em 1917/18 e 1919/20, nesta época pela 8.ª vez em onze temporadas). Um orgulho o Benfica, Ser Glorioso. Em 2020 ou há 100 anos, em 1920.
O Glorioso Futebol era "intratável". Depois do Campeonato conquistou a Taça!
A Primeira categoria conquistou o oitavo título de Campeão Regional em onze temporadas, entre 1909/10 e 1919/20, apenas três segundos lugares: 1910/11 (atrás do Internacional/CIF) e 1914/15 e 1918/19 (ambas atrás do Sporting CP). Depois do domínio avassalador dos mestres ingleses do Cabo Submarino, com um Tricampeonato em 1906/07, 1907/08 e 1908/09 o «Glorioso» esteve imparável (1909/10, 1911/12 a 1913/14, 1915/16 a 1917/18 e 1919/20), conquistando e renovando os plantéis com a política desportiva implementada por Cosme Damião em valorizar as quatro categorias conforme as suas necessidades e objectivo de fortalecer a primeira.
Esta categoria realizou, em 1919/20, 30 jogos, com 17 vitórias, quatro empates e nove derrotas, marcando 86 golos para 47 sofridos.
A equipa mais utilizada foi:
Manuel Arsénio;
António Pinho e José Maria Bastos;
Fernando de Jesus, Vítor Gonçalves e Cândido de Oliveira (capitão);
Herculano Santos, José Pimenta, Jesus Muñoz Crespo, Artur Augusto e Alberto Augusto.
A Segunda categoria conquistou o nono título de Campeão Regional em onze temporadas, entre 1909/10 e 1919/20, apenas dois segundos lugares: 1911/12 (em 3.º lugar, atrás do GS Cruz Quebrada e do Lisboa FC que utilizaram os seus melhores futebolistas nesta categoria pois não se inscreveram no campeonato da primeira categoria) e 1916/17 ( atrás do Vitória FC Setúbal que não se inscreveu no campeonato da primeira categoria, inscrevendo nesta os seus melhores futebolistas). Depois de um primeiro título do Internacional/CIF («Glorioso» em 3.º lugar) em 1908/09, o Benfica foi hegemónico.
Esta categoria realizou, em 1919/20, 15 jogos, com 12 vitórias, um empate (2-2, com a 1.ª categoria do Império LC, num jogo particular) e duas derrotas (1-2, com o Império LC, para o Regional e 1-3, com o Portugal FC, para a Taça Especial para 2.ªs categorias organizada pela primeira vez pela AFL), marcando 48 golos para 11 sofridos.
O plantel da segunda categoria merece ser destacado pois foi graças à sua classe e abnegação que foi possível aligeirar a debandada, no final da temporada de 1919/20, com mais de vinte futebolistas, entre eles quatro da primeira/segunda categoria para formarem o Casa Pia AC, fundado em 3 de Julho de 1920, com base em grande parte dos casapianos que tinham como clube preferencial, desde 28 de Fevereiro de 1904, o «Glorioso» para praticarem desporto, em particular o Futebol.
A equipa mais utilizada foi:
Clemente Guerra;
Alberto Mata e António Brás;
Carlos Pinto, Horácio Ferreira e Fausto Peres;
João Morais, José Francisco Simões, António Ribeiro dos Reis (capitão), António Oliveira e Alfredo Mengo.
A Terceira categoria não revalidou o título de Campeão Regional conquistado em 1918/19. Entre 1909/10 e 1919/20, em onze temporadas conquistou nove títulos, com oito consecutivos, entre 1909/10 e 1916/17. No primeiro campeonato (1908/09) ficou em 3.º lugar (atrás do CS Império e do Internacional/CIF), venceu entre 1909/10 e 1916/17, mas em 1917/18 classificou-se em segundo lugar (atrás do GD Fábrica Seixas). Em 1918/19, foi campeão regional mas em 1919/20 uma temporada abaixo das expectativas: segundo lugar na 1.ª série (atrás do União Futebol Lisboa que conquistou o título após derrotar, em três encontros, o vencedor da 2.ª série: Sporting CP).
Em 13 jogos, oito vitórias, dois empates (2-2, com o Internacional/CIF e 0-0, com o União FC, ambas para o Regional) e uma derrota (1-5, com o União FL, para o Regional), com 52 golos marcados e 13 sofridos.
A Quarta categoria também não revalidou o título de Campeão Regional conquistado em 1918/19. Entre 1913/14 e 1919/20, em sete temporadas conquistou cinco títulos, com quatro consecutivos, entre 1913/14 e 1916/17. Nos dois primeiros campeonatos (1911/12 e 1912/13) ficou, respectivamente em 4.º lugar (atrás do Sporting CP, GF Benfica e Grupo luzo-Campolide) e 3.º lugar (atrás do Sporting CP e GS Cruz Quebrada), venceu entre 1913/14 e 1916/17, mas em 1917/18 venceu a 1.ª série mas foi derrotado (2-4 e 0-1) pelo Grupo Football Benfica. Em 1918/19, foi campeão regional mas em 1919/20 uma temporada muito abaixo das expectativas: terceiro lugar na 1.ª série (atrás do SF Palmense (2.º lugar) e do GF Benfica que conquistou o título após derrotar, em dois encontros, o vencedor da 2.ª série: Chelas FC).
Em dez jogos, cinco vitórias, três empates e duas derrotas, com 19 golos marcados e 12 sofridos.
O Grupo Infantil inscreveu-se na "Taça Álvaro Gaspar" para homenagear o infortunado futebolista do Benfica, num torneio a eliminar à segunda derrota, organizado pelo GS Cruz Quebrada. Inscreveram-se três clubes (SL Benfica, Sporting CP e GS Cruz Quebrada) e duas equipas escolares (Liceu Pedro Nunes e Casa Pia de Lisboa). O «Glorioso» com um plantel debilitado foi conseguindo, com empates (ambos por 1-1, frente ao GS Cruz Quebrada e Sporting CP), evitar a eliminação. Depois do afastamento do Liceu Pedro Nunes e do GS Cruz Quebrada, o Benfica a equipa escolar da Casa Pia foi mais forte e derrotou o Benfica pela segunda vez (a primeira tinha sido uma derrota inacreditável, por 2-3, frente ao GS Cruz Quebrada). Ficaram finalistas a equipa escolar da Casa Pia (duas vitórias, um empate e uma derrota) e o Sporting CP (duas vitórias e dois empates) mas não conheço o desfecho final do torneio, tendo ideia que o Sporting CP declarou-se vencedor).
Em cinco jogos, uma vitória, três empates e duas derrotas, com 12 golos marcados e oito sofridos.
CAMPEÕES
REGIONAIS DE LISBOA (1906/07 - 1919/20)
Época
|
1.ª categoria
|
2.ª categoria
|
3.ª categoria
|
4.ª categoria
|
||||
Campeão
|
SLB
|
Campeão
|
SLB
|
Campeão
|
SLB
|
Campeão
|
SLB
|
|
1906/07
|
Carcavellos
|
2.º
|
-----------
|
-----------
|
-----------
|
|||
1907/08
|
Carcavellos
|
3.º
|
-----------
|
-----------
|
-----------
|
|||
1908/09
|
Carcavellos
|
2.º
|
Internacional
|
3.º
|
CS Império
|
3.º
|
-----------
|
|
1909/10
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
-----------
|
||||
1910/11
|
Internacional
|
2.º
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
-----------
|
|||
1911/12
|
SL
Benfica
|
GS Cruz Quebrada
|
3.º
|
SL
Benfica
|
Sporting CP
|
4.º
|
||
1912/13
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
Sporting CP
|
3.º
|
|||
1913/14
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
||||
1914/15
|
Sporting CP
|
2.º
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
|||
1915/16
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
||||
1916/17
|
SL
Benfica
|
Vitória FC Setúbal
|
2.º
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
|||
1917/18
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
GD Fábrica Seixas
|
2.º
|
GF Benfica
|
2.º
|
||
1918/19
|
Sporting CP
|
2.º
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
|||
1919/20
|
SL
Benfica
|
SL
Benfica
|
União FL
|
2.ºs
|
GF Benfica
|
3.ºs
|
||
TOTAIS
|
8 em 14
57 %
|
9 em 12
75 %
|
9 em 12
75 %
|
5 em 9
56 %
|
NOTAS: Em
1908/09 o campeonato da 3.ª categoria foi organizado pelo SC Império com
autorização da Liga Portugueza de Futebol; Em 1917/18 e 1919/20 na 3.ª
categoria o SLB classificou-se em 2.º lugar na série 1 e não foi apurado para a
final entre os vencedores das séries 1 e 2; Em 1919/20 o SLB na 4.ª categoria
classificou-se em 3.º lugar na série 1 e não disputou a final entre os
vencedores das séries 1 e 2
Este era o Glorioso Benfica superiormente orientado por Cosme Damião com cinco plantéis a jogar durante uma temporada 73 jogos, movimentando mais de uma centena de futebolistas. Não havia paralelo em Portugal.
JANEIRO
EM 24 O BENFICA INICIA A TEMPORADA DE HÓQUEI EM PATINS COM A PRIMEIRA CATEGORIA A DEFRONTAR UM MISTO. NO FINAL DESTA ÉPOCA (CALENDÁRIO POR ANO CIVIL) A EQUIPA ERA IMBATÍVEL CONQUISTANDO O CAMPEONATO DE HÓQUEI (25 DE JULHO) E A TAÇA DE HONRA (16 DE SETEMBRO).
FEVEREIRO
EM 17 O BENFICA TAMBÉM SABIA ASSINALAR O CARNAVAL. COM FUTEBOL... POIS CLARO E VERMELHO!
MARÇO
EM 7 O BENFICA DESLOCA-SE A COIMBRA, PARA DEFRONTAR PELA PRIMEIRA VEZ A EQUIPA DA ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE COIMBRA ONDE JOGAVAM DUAS GLÓRIAS DO CLUBE QUE ESTAVAM A ESTUDAR NA UNIVERSIDADE: JÚLIO RIBEIRO DA COSTA e AUGUSTO DA FONSECA. AMBOS TINHAM JOGADO ANTES NO «GLORIOSO» E AMBOS SERIAM FUTUROS PRESIDENTES DA DIRECÇÃO DO SLB. O «GLORIOSO» VENCEU POR 8-1.
ABRIL
EM 17, 18 E 19 O BENFICA FAZ-SE REPRESENTAR, POR CÂNDIDO DE OLIVEIRA (EM MÉDIOS-A) E AGOSTINHO DOS SANTOS (EM LEVÍSSIMOS), NO CAMPEONATO DE LUTA GRECO-ROMANA, REALIZADO NA SEDE DO GINÁSIO CLUBE PORTUGUÊS.
MAIO
EM 19 O BENFICA DESLOCA-SE PELA SEGUNDA VEZ A COIMBRA JOGANDO COM O IMPÉRIO LC; TENDO UMA DERROTA INESPERADA (1-2) MAS QUE SERVIU DE AVISO.
JUNHO
EM 10 O BENFICA CONQUISTA O CAMPEONATO REGIONAL DE LISBOA, PELA OITAVA VEZ, EM ONZE TEMPORADAS, NA 14.ª EDIÇÃO DA COMPETIÇÃO.
JULHO
EM 24 E 25 O BENFICA ORGANIZOU O «IV CAMPEONATO DE PATINAGEM E HÓQUEI EM PATINS» COM UM PROGRAMA VARIADO E COMPLETO COMO ERA APANÁGIO DO CLUBE. ABERTO A TODOS OS CLUBES.
EM 18 O BENFICA CONQUISTA A TAÇA DE HONRA DE LISBOA, PELA PRIMEIRA VEZ, NA 5.ª EDIÇÃO DA COMPETIÇÃO.
O extraordinário e inigualável Rogério Futscher |
EM 18 O BENFICA CONQUISTA A TAÇA DE HONRA DE LISBOA, PELA PRIMEIRA VEZ, NA 5.ª EDIÇÃO DA COMPETIÇÃO.
AGOSTO
EM 22 O BENFICA ATRAVÉS DO CICLISTA ALFREDO PIEDADE VENCE UMA PROVA NO STADIUM DE LISBOA. ALFREDO PIEDADE É UMA DAS MAIORES GLÓRIAS DO CLUBE E VAI SER FUNDAMENTAL PARA FORMAR COM CRITÉRIO A GRANDE EQUIPA do «GLORIOSO» COM JOSÉ MARIA NICOLAU NO INÍCIO DOS ANOS 30.
SETEMBRO
EM 19 E 26 O BENFICA ORGANIZOU O III CONCURSO INTERCLUBES EM "SPORTS ATLÉTICOS" MANTENDO ACTIVO O ATLETISMO EM PORTUGAL. FORAM MELHORADOS QUATRO RECORDES NACIONAIS, DOIS PELO EXTRAORDINÁRIO BENFIQUISTA, ARTUR DOS SANTOS, NOS 800 METROS E 1500 METROS.
Artur dos Santos estabeleceu novos recordes nacionais em 800 metros e 1500 metros, melhorando os anteriores recordes em, respectivamente, dois segundos e seis segundos e dois décimos. Para saber mais é consultar o melhor portal de atletismo em Portugal (e sabe-se lá se para lá de Portugal) de Manuel Arons de Carvalho (clicar). Artur dos Santos era também o professor de Ginástica do Glorioso, com classe de ginástica recreativa na Sede |
OUTUBRO
EM 10 O BENFICA RECEBE NO SEU "COURT" DE TÉNIS DA SEDE A FORTE EQUIPA DO SPORTING CP PERDENDO POR RESULTADO QUE AINDA DESCONHEÇO. PELO BENFICA ALINHARAM: J. WADINGTON, FÉLIX BERMUDES, F. RESENDE, JOSÉ PICOTO, ANTÓNIO ADÃO E A. FERRÃO.
A fotografia está datada de 21 de Setembro de 1922 mas tendo Félix Bermudes nunca é de mais é sempre de menos... |
NOVEMBRO
EM 27 O BENFICA DERROTA O FC PORTO, NA DIGRESSÃO DESTE A LISBOA, VENCENDO POR 2-0, NO CAMPO DE PALHAVÃ.
DEZEMBRO
EM 26 O BENFICA REALIZA O ÚLTIMO JOGO DO ANO, VENCENDO, POR 2-0, O IMPÉRIO LC, NA 4.ª JORNADA DO XV CAMPEONATO REGIONAL DE LISBOA. O JOGO FOI NO CAMPO DO ADVERSÁRIO, EM PALHAVÃ.
Muito grande era o Benfica há 100 anos! Como não amar este Clube feito de paixão e dedicação ao longo de tantas gerações?
Alberto Miguéns
NOTA1: O critério foi o de escolher uma efeméride por mês, que ilustre a grandeza precoce do Clube, tentando descrever uma que tenha suporte na Imprensa com imagens, em 1920, o que nem sempre foi possível.
NOTA2: No final de 1919/20 houve uma sangria nos quatro plantéis do «Glorioso» com a fundação do Casa Pia AC, com destaque para a saída de quatro futebolistas: o capitão Cândido de Oliveira e António Pinho da primeira categoria; e Clemente Guerra e Silvestre Rosmaninho da segunda categoria. Titulares indiscutíveis na primeira categoria do Casa Pia AC que sucederia ao SL Benfica como campeão regional em 1920/21. O Benfica iria atravessar um dos períodos mais difíceis da sua longa história, apenas regressando à conquista do campeonato regional, em 1932/33. Não foi só a debandada dos casapianos no final de 1919/20 que afectou a organização do clube, mas também o facto de deixar de receber os melhores valores que debutavam nas equipas escolares da nobre instituição e que, como é evidente, passaram a jogar no Casa Pia AC.
NOTA3: Há a realçar dois enormes Benfiquistas que sendo casapianos recusaram deixar o Benfica: António Ribeiro dos Reis e Vítor Gonçalves, além do capitão-geral (treinador e orientador técnico do Clube), o mestre Cosme Damião.
NOTA4: No final de 1920 o protagonismo de Rogério Futscher quis sobrepor-se ao colectivo Sport Lisboa e Benfica. Ele que era o melhor hoquista português decidiu formar um novo clube, em 1 de Janeiro de 1921, o Hockey Club Portugal (HCP). Só que Cosme Damião não se deixava abater e percebendo que um dia os hoquistas que tinham vindo do "Desportos de Benfica" podiam "roer a corda" já se tinha antecipado e formara um "team Infantil" que iria em quatro temporadas começar a arrasar os veteranos do HCP. Sempre gratidão eterna ao nosso Cosme Damião.
NOTA4: No final de 1920 o protagonismo de Rogério Futscher quis sobrepor-se ao colectivo Sport Lisboa e Benfica. Ele que era o melhor hoquista português decidiu formar um novo clube, em 1 de Janeiro de 1921, o Hockey Club Portugal (HCP). Só que Cosme Damião não se deixava abater e percebendo que um dia os hoquistas que tinham vindo do "Desportos de Benfica" podiam "roer a corda" já se tinha antecipado e formara um "team Infantil" que iria em quatro temporadas começar a arrasar os veteranos do HCP. Sempre gratidão eterna ao nosso Cosme Damião.
Bom ano para si e para o nosso Benfica!
ResponderEliminarCaro Benfiquista
EliminarObrigado e desejo para si um Ano tão bom quanto espero que seja o meu.
Viva o nosso Benfica!
Alberto Miguéns
Obrigado porbtudo o que nos trouxe em 2019 e bom ano de 2020
ResponderEliminarCaro Benfiquista José Santos
EliminarAgradeço. Os meus desejos são os seus desejos.
Tudo de bom em 2020.
Gloriosas Saudações
Alberto Miguéns
Sempre um prazer aprender consigo!!!
ResponderEliminarOBRIGADO E UM BOM ANO!!!!
SAUDAÇÕES GLORIOSAS!!!!
Caro Benfiquista Amaral
EliminarAgradeço a atenção.
Um excelente Ano de 2020
Saudações Gloriosíssimas
Alberto Miguéns
Sr.Alberto,tenho dois jogos com o Império com derrota por 2-1.
ResponderEliminarUm a 10.5. outro a 19.5..
Ambos os jogos aconteceram ou é erro meu???
OBRIGADO!!!!
SAUDAÇÕES GLORIOSAS!!!!
VIVA O BENFICA!!!!