Em 67 jogos realizados pelo Benfica, o prodigioso futebolista
participou em 30, com 23 a titular (doze completos) e sete como suplente
utilizado, particularmente, no final da temporada depois de uma longa paragem
em que não foi utilizado durante 33 jogos consecutivos.
Pela
primeira vez Toni inicia a temporada para ficar toda a época
Em 1988/89, o Benfica continua a reforçar-se perante o
poderio do FC Porto - Campeão Europeu em 1986/87 e com “dobradinha”, em 1987/88,
além de mais duas conquistas: Supertaça Europeia e Taça Intercontinental. As
principais aquisições chegam do Brasil: Valdo (do Grêmio FB Porto Alegrense com
17 internacionalizações pelo Brasil) e Ricardo (do Fluminense FC com onze
internacionalizações pelo Brasil). Outros internacionais: Abel (CA Petro Luanda
com duas internacionalizações por Angola), Vata (do Varzim SC com onze
internacionalizações por Angola) e Ricky (do FC Metz com quatro
internacionalizações pela Nigéria). Mais dois brasileiros: Ademir (do Vitória
SC Guimarães numa “luta” renhida com o FC Porto que dizia ter direito ao
futebolista) e Lima (do Grêmio FB Porto Alegrense). Além dos habituais
futebolistas que se tinham distinguido na época anterior: Garrido (do GD Chaves),
Hernâni (do Vitória FC Setúbal), Miranda (do Varzim SC com Vata incluído no
“pacote”) e Tiano (do Gil Vicente FC depois cedido ao SC Braga). Além de uma
aquisição inesperada mas que iria surpreender: Vítor Paneira (formado no FC Famalicão
mas depois surgiu o FC Vizela, a competir na zona norte da II Divisão e o Benfica, ficando decidido que em 1987/88 jogaria em Vizela uma temporada).
Nos 21 jogos
iniciais da temporada
Chalana ainda que não mostrasse a regularidade pré-Bordéus
estava muito melhor que há um ano. Participou em todos os 21 encontros, 19 como
titular (onze completos) e dois como suplente utilizado. Dos 1 890 minutos disputados pelo «Glorioso», esteve em 1 509, ou seja, em 80 por cento do
tempo jogado pelo Clube. Excelente. E marcou quatro golos: dois no campeonato
nacional (Académico FC Viseu em… Viseu e CF “Os Belenenses” na «Saudosa
Catedral») e dois na Taça UEFA (Montpellier HSC na «Saudosa Catedral» e RFC Liége,
em… Liége). Não voltaria a marcar nos nove jogos em que participou (em 46
realizados pelo Clube) até final da temporada.
Inconstância
Entre 2 de Novembro e 2 de Dezembro de 1988 o Benfica disputa
sete jogos (630 minutos) com Chalana a participar em quatro, três a titular –
60, 90, 36 minutos – e um como suplente utilizado nos últimos 13 minutos. Só
entre o jogo em que foi substituído aos 36 minutos (campeonato nacional; 13.ª jornada;
empate sem golos; SC Braga; Braga) e o jogo (campeonato nacional; 15.ª jornada;
vitória por 1-0; CD Nacional; estádio dos Barreiros; Funchal) em que entrou,
aos 77 minutos, foi suplente não utilizado no encontro da 14.ª jornada. Nos outros dois nem no banco de
suplentes se sentou. Adivinhavam-se tempos difíceis.
Apagamento
Seguiram-se, entre 4 de Dezembro de 1988 e 7 de Junho de 1989, 33 jogos
realizados pelo «Glorioso» sem a participação de Chalana.
Derradeira
tentativa
Regressa na digressão aos EUA, Canadá e Coreia do Sul mas
joga pouco. Na Canadá não sai do banco de suplentes, jogando depois,
respectivamente, 9 (11 de Junho de 1989), 15, 32 e 24 minutos, sempre como suplente utilizado. Em 26 de Junho de 1989, no
derradeiro encontro da temporada é titular, frente ao Brondby IF, mas é
expulso, aos 61 minutos, por se ter envolvido "indevidamente" com um adversário.
Campeão
Nacional 1988/89
Entre os 25 futebolistas que contribuíram para a conquista do
28.º titulo de Campeão Nacional (em 55 edições, ou seja, 51 por cento) numa
competição com 38 jornadas (3 420 minutos) e 60 golos marcados, Chalana
foi o 18.º futebolista mais utilizado, com 943 minutos (28 por cento do tempo
jogado pelo Clube nas 38 jornadas) em 14 encontros, marcando dois golos.
Cifras que
descambaram
Se no início da temporada Chalana estava a ter um desempenho razoável depois tudo mudou. O Benfica jogou, em 1988/89, um total de 6 060
minutos, com 66 encontros com 90 minutos e um com 120 minutos. Chalana jogou
30 encontros, com um total de 1 849 minutos, ou seja, 30 por cento de todo o
tempo jogado pelo «Glorioso». Recorde-se que ao 21.º jogo da temporada a cifra
era de 80 por cento!
Se nem Toni conseguia trazer de volta o nosso Chalana ninguém mais o
conseguiria. Resta 1989/90!
Alberto
Miguéns
Caro ALberto.
ResponderEliminarFaz-me confusão o Glorioso desperdiçar o seu acervo acerca da gloriosa estória.
Presumo que houve um futebolista de nome Simões, vindo da Académica e que durnte unstempos os benfiquistas desejavam um substituto do chalana.
Nunca mais ouvi falar dele.
Confirma-se o meu raciocínio ?
Lembro-me do saudoso jorge Perestrelo apelidar o Chalana, de pequeno genial.
ResponderEliminarCaro Benfiquista Jorge
ResponderEliminarEra o Luís Simões que depois se "perdeu" no SC Beira-Mar.
Não lhe faça confusão. É "próprio dos tempos deste Benfica" como dizia o meu saudoso pai, dar importância ao acessório em detrimento do essencial.
Viva o Benfica! Sempre!
Gloriosíssimas Saudações
Alberto Miguéns
Boa noite dr. Alberto
ResponderEliminarAgradeço o esclarecimento.
Lembro-me do simoes ser canhoto e ter alguma qualidade o que deixou os adeptos com esperança num substituto com qualidade.
Viva o GLORIOSO.