EM VEZ DE CELSOPATIA. É O QUE SE PRETENDE.
Celso é daqueles futebolistas impossíveis de avaliar em termos de todo o potencial que tinha para engrandecer o «Glorioso». Pode ser descrito o que fez no Clube. Tal como todos. Só esteve uma temporada no Clube. A sua carreira foi interrompida, abruptamente e irremediavelmente, por causas extra-futebol.
Só uma época (1977/78)?
Foi obrigado a que isso seja um facto. O acidente, em 20 de Julho de 1978, é que fez terminar a sua ligação ao futebol do Benfica. E para sempre ao Futebol. E quase à vida! O resto é especulação. Teoricamente podia ter saído no final dessa temporada, tal como todos os que, com ele, faziam parte do «Glorioso Plantel 1977/78» assim como podia permanecer x anos/temporadas, jogar mais uns milhares de minutos, umas centenas de jogos e golos, ser titular em umas quantas épocas e terminar a carreira como um dos melhores avançados de sempre do Benfica! Não sabemos! Nunca saberemos! O acidente após, apenas, uma temporada com o «Manto Sagrado» não o permite saber!
Quase sempre a suplente utilizado?
Pois, mas sendo avançado num plantel que jogava com dois (geralmente Victor Batista e Néné) e ainda tinha Chalana, muitas vezes como se fosse "falso avançado" como iria Celso conseguir "tirar o lugar" a Néné, tendo ainda Victor Batista no plantel? Além de três "jovens avançados formados no Benfica" que eram apontados como tendo enorme potencial: Rui Lopes, Cavungi e Jorge Silva. Aliás, em teoria, só o facto de Victor Batista ter a vida que tinha, treinar como treinava, jogar por vezes tão mal por questões emocionais como jogava (substituído a meio da... primeira parte), permitiu que Néné fosse mais utilizado em "frente à baliza" e marcasse tantos golos. Em "condições" normais seria Victor Batista o futebolista goleador, com Néné pela direita e Chalana pela esquerda. Néné como "segundo avançado" no apoio a Victor Batista e Chalana mais recuado. Celso ainda teria mais dificuldades - num primeiro ano de Benfica - frente a estes colossos. Victor Batista na "boa-vai-ela" permitiu que, mesmo assim, Celso jogasse o que jogou!
É que nesses tempos de Benfica...
Jogando com quatro centrocampistas os treinadores tendo, desde 1968/69, a possibilidade de fazer duas substituições, geralmente optavam por alterar o meio-campo, trocando um médio mais defensivo por um mais ofensivo (com golo e destreza para assistir os avançados) em situações com necessidade de marcar golos ou colocando um médio mais defensivo (por troca com outro mais ofensivo) quando era necessário pausar o jogo e "segurar o resultado para assegurar o sucesso". Trocas de avançados só em caso de algum estar desgastado ou ser necessário alterar as características - físicas, técnicas e/ou tácticas - dos atacantes do Benfica.
Celso já para amanhã!
Alberto
Miguéns
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