Não discuto a qualidade dos futebolistas. Não discuto as
diferenças entre eles. Não discuto as opções. Discuto o equilíbrio e soluções na globalidade do plantel. Discuto a quantidade, partindo de
alguns princípios (que também são fins).
No futebol cá da terra (Portugal)
Um clube como o Benfica só terá vantagens em ter o plantel o mais
curto possível. Pois:
1. Tem uma Equipa B bem estruturada e com qualidade a jogar no
segundo escalão;
2. Os jogos de futebol em que participa o "Glorioso",
mais de metade, numa temporada, são de intensidade baixa;
3. Concentração de investimento significa mais qualidade.
Vinte dois
futebolistas
É o que faz sentido. Dois com qualidade semelhante por posição. Se
o orçamento é X. Então X a dividir por 27 ou 29 obrigará sempre a que alguns
futebolistas sejam apenas "esperanças". O orçamento X a dividir por
22 faz com que seja possível ter futebolistas de «valor» semelhante por
posição.
Não há mais
que vinte (em cerca de 60 jogos)
A um nível elevado: uns sete no campeonato - os dois no
"Dérbi de Lisboa", os dois no "Clássico de Portugal" e
depois três/quatro encontros em terreno alheio frente a adversários a jogar bem; os
seis/oito na Liga dos Campeões; dois ou três na Taça de Portugal e outros
tantos (ou menos) na Taça da Liga.
Um plantel
de 22 futebolistas, mesmo assim
Obriga a que quatro não sejam escalados para os 18 de cada jogo, pois
só este número faz parte do Regulamento. Mesmo havendo lesões e castigos - mesmo assim - dificilmente não
ficará alguém "de fora" dos 18. Até em situações mais extremadas a lista
de 18 - faltando algum dos 22 - pode sempre ser ajustada com futebolistas do
plantel da Equipa B. Porque será sempre pontual. É que dos 18 só 14, no máximo,
podem jogar cada encontro.
A equipa B
Pode ceder sempre futebolistas que não serão inferiores - podem
ter menos experiência e qualidade, mas compensam em competitividade - em
relação a plantéis vastos (27/30 futebolistas) em que alguns jogarão pouco. Se
é para entrar a cinco minutos dos 90 ou no tempo de compensação servem. Até
para mais do que isso.
O
"caso do terceiro guarda-redes"
Mesmo que nas convocatórios prévias (19 a 22 futebolistas
convocados para escolher 18) só apareçam dois guarda-redes é sabido que são
sempre convocados três elementos pois até ao apito inicial para cada jogo há sempre o risco de
um percalço e depois não se pode fazer um jogo sem um guarda-redes no banco como
suplente. Tendo equipa B não faz qualquer sentido ter três guarda-redes no
plantel "A". Chegam dois só podendo jogar um de cada vez. Em casos
pontuais convoca-se para o "banco" o da equipa B que até está mais "ritmado" e é
competitivo que o "terceiro da A" que nem para o banco de suplentes da "A" vai!
Rotações e
rotatividade
Mesmo que se queira em jogos da Taça da Liga e eliminatórias
iniciais na Taça de Portugal proteger os futebolistas mais utilizados, chegam
os menos utilizados e dois ou três da Equipa B pois alguns desses jogos até são
frente a equipas de clubes do segundo escalão ou mesmo de escalões inferiores.
NOTAS:
Minutos jogados; Titular; Suplente utilizado; Suplente utilizado substituído; Suplente não utilizado; Convocado
não utilizado; L - Lesionado; F – Férias; NC - Não Convocado; S - Suspenso
quatro jogos (processo disciplinar); B - Equipa B; A –
Assistências para golo; G – Golos
Ter 22
futebolistas não é um valor absoluto (como se sabe) durante uma temporada (dez
meses)
As temporadas são de cinco + cinco meses. Faz mais sentido emprestar
futebolistas que se sabe serem - no futuro imediato - pouco utilizados, a
outros clubes, mas com cláusula de opção de poderem regressar no chamado
"Mercado de Inverno" (Janeiro). Não todos, mas os mais promissores ou
mais "adultos". É preferível tê-los a jogar nos adversários, na
Primeira Liga, que estarem parados sem competir. Ter 22 futebolistas permite
emprestar três ou quatro com cláusula de ingresso em Janeiro e outros tantos
até final da época.
Mas tudo
isto só tem sentido
Se o número de futebolistas, parados em simultâneo, devido a
lesões for o "normal". A ser como em 2016/17 e pelo que se vai vendo,
em 2017/18, então o que faz sentido é ter 33 futebolistas. Três de «valor»
idêntico por posição.
Vamos Benfica!
Alberto Miguéns
NOTA: No Quadro dos Gloriosos Futebolistas, em relação ao último jogo (Rio Ave FC) mesmo com 21 convocados (a vermelho) e quatro lesionados (a preto), ainda ficaram "de fora" quatro ou cinco se contabilizarmos o André Horta. A que se juntaram depois mais três: 21 - 18 = 3! Oito "parados". Quase uma outra equipa!
Raciocínio como sempre bem elaborado e bem pensado. os meus parabéns!
ResponderEliminarInfelizmente no meio campo só existe Pizzi excelente jogador, mas lento, Felipe Augusto não tem lugar neste Benfica e duvido que tivesse alguma vez lugar, atabalhoado, faltoso (em qualquer área do campo e até em frente à grande área). André Horta fez excelentes jogos no início da época transacta e de repente nem para suplente servia (não se entende) em meu entender promissor mas...cedido ao Braga segundo as notícias de ontem. Portanto, no meio campo o Nosso Benfica precisava de um jogador mais possante ao estilo de Matic (o que se pagou pelo Rafa, até hoje não justificado, deveria ter merecido um investimento num jogador possante do meio campo para a frente) assim teríamos três jogadores bons para o meio campo e o Benfica precisa. Por outro lado, continuo a achar tal como já fiz noutro meu post há dias, que o Benfica não tem defesa. Não se pode vender tudo se não forem bem substituídos como é o caso! Na frente o Benfica oarece estar bem servido mas eu venderia o Raul Jimenez e iria buscar um jovem ue fosse realmente bom para poder render Jonas (que tem idade e já muito futebol nas pernas e nota-se isso perfeitamente no campo). O ataque precisa de força e explosão e não existe no nosso Benfica. Qualquer lesão colocar-nos-á em dificuldades. A não substituição de jogadores por outros de idêntica qualidade, vai trazer grandes dificuldades ao Benfica para repor um plnatel de qualidade pois vai ficar deficitário em todos os sectores. O meu abraço