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17 junho 2016

Entre o Implícito e o Explícito

17 junho 2016 7 Comentários
É QUE NEM SE PERCEBE A QUESTÃO COLOCADA ACERCA DO NÚMERO DE TÍTULOS.


Pelo facto da FPF no seu Relatório de 1938 ter sido tão explícita!

Se não houvesse o artigo VI desse Relatório a contabilidade de títulos em relação ao Benfica, a 17 de Junho de 2016, seria:

32 Campeonatos Nacionais (78 edições entre 1938/39 e 2015/16);

25 Taças de Portugal (76 edições entre 1938/39 e 2015/16);

3 Campeonatos da I Liga (Quatro edições entre 1934/35 e 1937/38);

3 Campeonatos de Portugal (17 edições entre 1921/22 e 1937/38).

Quando a FPF no seu Congresso, no Verão de 1938, decidiu alterar a designação das competições, regulamentou essa decisão no seu Relatório anual (páginas 6 e 7).

(clicar em cima da imagem para melhorar a visualização)

Em destaque o artigo 6.º

(clicar em cima da imagem para melhorar a visualização)

Com este artigo as competições continuaram com nomes diferentes, mencionou-se a nova designação e houve equiparação das mesmas.

Com base neste artigo - e só com base nele - a contabilidade de títulos em relação ao Benfica, a 17 de Junho de 2016, é:

35 Campeonatos Nacionais (82 edições entre 1934/35 e 2015/16);

28 Taças de Portugal (93 edições entre 1921/22 e 2015/16).

Para quem seja alfabetizado e não sofra de iliteracia. 

Isto é assim tão difícil de entender? 

É enigmático perceber o que está definido no Artigo VI - Provas

É complexo interpretar o significado de «...passaram a designar-se, respectivamente,»?

Por favor! 

Alberto Miguéns 


7 comentários
  1. clarinho...mas o grande argumento da lagartada é: se sao campeonatos de portugal...os vencedores sao campeões de portugal.é nesse argumento..e nao me admira que porto e belem vao na onda da coisa.

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    1. Pois, caro Ferreira,

      Só que esse argumento deles não cola, até por exemplos externos.
      Pegando na mais velha prova organizada nacionalmente do mundo, a Football Association Cup de Inglaterra, pelo raciocínio do Sporting, todos os que ganharam a FA Cup ANTES de haver uma LIGA nacional, eram campeões nacionais. Este argumento, se o perguntar a um qualquer adepto inglês, oriundo da mais antiga cultura futebolística (onde estes formatos foram "inventados"), ele dir-lhe-á que não faz sentido. Aliás, o que o artigo apresentado aqui, de 1938, quis fazer foi precisamente equiparar-se ao padrão inglês:

      - https://en.wikipedia.org/wiki/FA_Cup
      - https://en.wikipedia.org/wiki/1888%E2%80%9389_Football_League
      (os artigos em inglês estão mais correctos e completos, mas clique em Português, na coluna da esquerda da página do Wikipédia, se preferir)

      Foi para se acertar aos padrões acima referidos, vindos de Inglaterra (em que formato por eliminatórias é Taça e formato de todos contra todos é Liga) que este acordão foi produzido.

      Nós estamos aqui a debater, reactivamente, apenas por capricho de gente sem seriedade nem dignididade (Bruno de Carvalho). Ainda assim, é importante deixar o registo claro disto, como o Alberto bem promoveu.

      Cumprimentos!
      Isaías

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  2. Os títulos deles são iguais aos 80 milhões, é só treta.

    Saudações Benfiquistas.

    NS

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  3. O que eu quero e ganhar mais Campeonatos e mais Tacas porque temos poucas.

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  4. O campeonato das Ligas não atribuía o título de campeões, dizem eles:

    https://c3.staticflickr.com/8/7364/27781119386_e0647893c2_b.jpg
    https://c3.staticflickr.com/8/7444/27781119426_0bf345ca23_k.jpg
    https://c5.staticflickr.com/8/7318/27537546980_3053dd1c96_k.jpg

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    Respostas
    1. Caro Octávio Carmo.

      Eu tenho ideia que o SCP diz é que não atribuíam o título de campeão nacional.É verdade. Havia jornais que noticiavam vencedor do torneio das ligas (para a I e a II) e outros (a maioria) campeão da I Liga e campeão da II liga, pois as competições designavam-se campeonatos.

      Seguia-se o Campeonato de Portugal que apurava o campeão de Portugal (nacional).

      Tudo bem até 1938 quando a FPF em Congresso (ou seja todas as associações e agentes do futebol português) decidiram colocar ordem no que era uma desordem (designar competições que nada tinham a ver com a forma de disputa com o que se passava no resto da Europa) e fazer equivaler as competições.

      Designar Taça de Portugal ao que era Campeonato de Portugal (mas não era pois disputava-se por eliminatórias) e designar Campeonato Nacional a competição que era campeonato. E decidiu que tinha efeitos retroactivos. Os campeões da I Liga passaram a ser considerados campeões Nacionais e os campeões de portugal passaram a ser vencedores da Taça de Portugal. É assim em todos (ou quase) os países da Europa. As "Taças" iniciaram-se antes dos campeonatos só que nunca cometeram foi o erro de lhes chamar o que não eram. Designá-las como Campeonatos!

      A FPF (ou seja com a concordância das associações Regionais em que os clubes estavam/estão filiados) é que decidiu em 1938 que era assim. Se decidiram bem ou mal isso não é da nossa conta. Pelo menos da minha não é! Foi assim em 1938 terá de continuar a ser assim. A FPF é que ao não querer tomar posição deixa que cada um interprete à sua maneira. Como se a decisão de 1938 não existisse.

      Aliás os troféus ilustram bem a decisão. As Taças de Portugal são semelhantes (a 70 por cento) às do campeonato de Portugal. E só porque dizia-se que eram taças atarracadas as do Campeonato de Portugal e a FPF aproveitou a mudança de designação para fazê-las maiore. Menos atarracadas! Os troféus de Campeão nacional são praticamente iguais (a 90 por cento) às da I Liga. Se o Campeonato Nacional da I Divisão fosse a continuação do Campeonato de Portugal o troféu para o Campeão Nacional seria igual ao troféu do Campeonato de Portugal, ou seja, igual à actual Taça de Portugal. E como todos sabemos não é!

      Saudações

      Alberto Miguéns

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  5. Claro como a água, como sempre. Obviamente que o comparativo com outros países, o conhecimento dos regulamentos da FPF e a leitura da imprensa da época é fundamental para se ter uma opinião séria sobre este assunto, coisa que muito admito em si. Abraço!

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