O
que é que esta notícia tem de errado?
Em
que é que esta notícia nos incomoda?
Quando li a notícia
detectei um erro e uma incongruência. Vamos primeiro ao erro.
Em Portugal, em 1906, nunca
poderia existir um clube denominado “Velo Club de Ciclismo” porque Velo era o
nome pelo qual era conhecido em Portugal o Ciclismo, daí que a actual Federação
Portuguesa de Ciclismo (F.P.C.) tenha sido fundada em 14 de Dezembro de 1899
com o nome de U.V.P. – União Velocipédica Portuguesa. O clube citado na
notícia, muito importante – porque muito forte - na época, e rival do “Glorioso” era o
“Velo Club de Lisboa” tal como existiam outros Velo Club’s do Porto, Coimbra,
etc. Detectado o erro questionei se não seria um preciosismo da minha parte tendo em conta aspecto tão específico.
Para ponderar, nada melhor que dar a conhecer a notícia a alguém que perceba da história do
ciclismo, para verificar o “grau” de inexactidão e repercussão da incorrecção. Mostrei o
recorte de jornal (se bem que eu tivesse tido conhecimento, em 1.º lugar,
através da BenficaTV) a um antigo dirigente da UVP/FPC. Assim que leu a primeira
parte da notícia riu-se dizendo que o nome do clube estava incorrecto! Ou como
se referiu – “nome aldrabado, pois velo é sinónimo de ciclismo". Transpondo para
o futebol era como se houvesse um clube chamado – Foot Club de Futebol.
É “uma aventura” fazer legendas no futuro Museu do Benfica com inexactidões
deste tipo. O Museu deve ser um espaço lúdico, didáctico, educativo,
exemplificativo para todos, ou seja, deve primar pela pedagogia, cultura,
exigência e rigor, para quem pouco entenda dos assuntos mas também para
peritos, que ao depararem-se com os conteúdos não ridicularizem o nosso Museu.
O segundo aspecto está
relacionado com o critério de selecção dos materiais e artefactos a expor. A
grandeza do “Glorioso” exige que se seja muito criterioso, isto é, que se
separe o essencial do acessório. Num clube como o nosso, quem escolher estará
sempre a excluir muito mais, por isso há que estabelecer “malhas de rigor”
para seleccionar (pois está-se, essencialmente, a excluir). Não parece acertado
que sendo obrigado a excluir TANTO daquilo que é nosso - do que foi conquistado pelos
atletas de “Manto Sagrado” - se possam seleccionar objectos que não estejam
ligados directamente ao clube, mas sim indirectamente porque pertenceram a associados ou
simpatizantes, alguns até conquistados “contra” nós, o que pode (parece) ser o caso. E nem se
devem dar falsas expectativas de futura exposição aos proprietários ou familiares.
Será um duplo erro. Porque não é sério e pode criar ilusão.
É preciso rigor porque a
História do Benfica não pode ser motivo de chacota. Nem de exclusão.
Alberto
Miguéns
Estou em pulgas.....
ResponderEliminarCaro BENFIQUISTA pelo que me dá a entender pela leitura do artigo trata-se de um lapso quando foi referido o Velo Club de Ciclismo, já que logo a seguir se refere que tem uma outra peça em que tem a faixa do Velo Club de Lisboa e outra peça com as medalhas do sogro, logo o mesmo terá sido ciclista do Velo Club de Lisboa.
ResponderEliminarViva o BENFICA
Caro Luís Moura
EliminarClaro que foi um lapso. Espero que no Museu eles estejam ausentes ou reduzidos ao mínimo.
Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns
Inês Mata, do Departamento de Reserva, Conservação e Restauro, falou da antiguidade da peça, “A peça mais antiga que tínhamos, com data visível, era do ano de 1906. Com esta doação, este é o objecto mais antigo do espólio do Sport Lisboa e Benfica. Apesar de não estar directamente ligado ao nome do Clube, é importante pelos seus antecedentes”, afirmou
ResponderEliminarCaro Anónimo
ResponderEliminarEspero é que, se aceitam objectos que não estão ligados ao Benfica (até ganhos "contra" atletas do Clube) nunca recusem objectos (mesmo que os considerem insignificantes) de atletas que os conquistaram/ obtiveram a servir o Clube.
Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns