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26 janeiro 2012

Beijo da Morte: Feitiços & Feiticeiros

26 janeiro 2012 1 Comentários
ADVERSÁRIOS
 
O Sporting CP como clube de respeito está a “dar as últimas”. Em termos de associativismo acabou-se. Pode ser que se salve como se salvam alguns clubes no estrangeiro (Inglaterra, Espanha e França), através de “Xeques” árabes ou russos, que comprem a Sporting S.D.F. SAD.

FEITIÇOS

E tudo começou…
Com o Projecto Roquette. Pinto da Costa soube (num estudo de mercado) que a diferença entre FCP e SLB era tão grande – em número de simpatizantes e amor aos clubes - que não seria possível ultrapassar o Benfica mesmo “mais organizado”. A solução seria manter o Benfica desorganizado para vencer mais competições que o Benfica. José Roquette soube (numa sondagem) que a dimensão do Benfica era incomparável e mesmo com o Sporting CP a ter maiores percentagens (mesmo assim minoritários) de adeptos nas classes mais altas (daí a célebre frase – os sportinguistas têm mais Mercedes e BMW’s) não seria possível competir de igual com o SLB.

Com a cortina de fumo “Encontros Para Aproveitar Sinergias na Construção dos Novos Estádios” estabeleceram um plano para o futebol e modalidades. O Sporting CP aceitava que o FC Porto era o clube mais importante de Portugal e o FCP tudo faria para proteger o SCP a fim deste conseguir na zona centro-sul rivalizar com o Benfica. O FCP e SCP não se digladiariam publicamente, trocariam jogadores e actuariam de forma concertada de modo a desgastar o Benfica. Na prática o FCP seria mais vezes campeão nacional (em anos de infortúnio o SCP poderia ser campeão nacional), mas o SCP garantiria o 2.º lugar, pois tentariam isolar o Benfica de modo a dificultar o acesso deste aos lugares (1.º e/ou 2.º) de qualificação para a Liga dos Campeões, onde haveria o “perigo” de fazer dinheiro e tornar-se “perigoso”.

Foram poucos os sportinguistas que se insurgiram no Conselho Leonino contra esta subserviência do SCP ao FCP. Um dos poucos foi João Rocha, como deu conta numa entrevista ao “Record” mas da qual os “jornalistas” portugueses não ligaram, por medo, desprezo ou incompetência.





Nas primeiras épocas até deu resultado…
Com o Benfica em dificuldades o Projecto Roquette (e a parceria com o FCP) resultou em pleno, permitindo com um folgado FC Porto (com Pinto da Costa alheado, embevecido por Carolina Salgado, a passar semanas sem frequentar as Antas “presidindo” por bilhetinhos) ao SCP conquistar dois títulos de campeão nacional, com o “Glorioso” em 6.º e 4.º lugar, afastado não só da Liga dos Campeões como das competições europeias. Afinal, o Projecto Roquette resultava e até parecia que era o Sporting CP a surgir como maior clube português. Eis que surge um factor imprevisto.

O presidente do Sporting CP, Dias da Cunha (cooptado em 1 de Agosto de 2000) “revolta-se”e com o “Rei na Barriga” risca do acordo a subserviência do SCP ao FCP dando nomes aos rostos do Sistema: Pinto da Costa e Valentim Loureiro. Estávamos em 11 de Novembro de 2002. Os “rostos do Sistema” não lhe perdoam – Sporting CP passa de dois títulos de campeão nacional em três temporadas a 3.º classificado, com o Benfica mais organizado devido à acção de Manuel Vilarinho e Luís Filipe Vieira (na SAD) a conseguirem o 2.º lugar, numa época (2003/04) onde houve viciação – audível – de jogos como provaria o Processo “Apito Dourado”.

E o “melhor ainda estava para vir”. Em 24 Abril de 2004 surgem as detenções de várias pessoas devido às escutas do Apito Dourado, com muitos árbitros comprometidos, sem saberem o que “iria dar o Apito Dourado”. Em 2004/05, as arbitragens deixam de proteger o FC Porto, é só fazer a correlação entre as amostragens de cartões amarelos e vermelhos aos portistas, antes e depois… O futebol do Benfica bem dirigido (com experiência e juízo…) por Trapattoni, consegue para o clube o 31.º título de campeão nacional. Quem foi “borda-fora”? Dias da Cunha que havia “desafiado o Sistema”!

Depois, com os sucessivos arquivamentos dos processos do Apito Dourado, tudo voltou ao normal, com FC Porto campeão e Sporting CP – de regresso à subserviência, com Soares Franco – em 2.º lugar (ou vice-campeão), como eles gostam de se intitular. 



      POSIÇÕES RELATIVAS DO SLB, FCP
      e SCP NAS ÚLTIMAS 12 TEMPORADAS

Épocas
1.º
2.º
3.º
99/00
SCP
FCP
SLB
00/01
FCP (2.º)
SCP (3.º)
SLB (6.º)
01/02
SCP
FCP (3.º)
SLB (4.º)
02/03
FCP
SLB
SCP
03/04
FCP
SLB
SCP
04/05
SLB
FCP
SCP
05/06
FCP
SCP
SLB
06/07
FCP
SCP
SLB
07/08
FCP
SCP
SLB (4.º)
08/09
FCP
SCP
SLB
09/10
SLB
FCP (3.º)
SCP (4.º)
10/11
FCP
SLB
SCP


O tempo encarregou-se de fazer justiça
O SCP, mesmo subserviente, nada pode fazer frente ao Benfica tal a diferença de dimensão. O FC Porto é que ficou a ganhar, pois conseguiu abrir uma frente dupla ao Benfica, como é visível nos programas tripartidos nas TV’s em que são sempre dois contra um, excepto quando há FCP vs SCP. Adeus Sporting… Quando podias não quiseste. Fizeste o jogo deles. Foste enganado e enganaste-te. Agora é tarde de mais.

FEITICEIROS

Vendedor de ilusões
A imprensa portuguesa, mas também a rádio e televisão, se bem que mais difícil de reproduzir pela forma de difusão, são verdadeiramente caricatas. São capazes de tudo e servirem-se de tudo e todos para sacarem dinheiro aos incautos. Repare-se no que foi escrito em 4 de Dezembro de 2011: “A luta pelo título está acesa, como há muito não se via, e é bem possível que tudo seja resolvido por quem chegar a esse período de incontornável desgaste e estiver melhor física e mentalmente. Uma curiosidade: quem está em todas as frentes e com excelente comportamento é o Sporting.” Blá, blá, blá… Eram resmas e resmas de papel a criar a ilusão nos sportinguistas, de que o SCP – escondendo que o clube teria, ainda, de ultrapassar as jornadas mais difíceis - podia ser campeão nacional.

A Bola 4 de Dezembro de 2011

Cobrador de desilusões
E depois de tudo o que se escreveu, eis o que se escreve, pouco mais de um mês e quatro jornadas depois, em 17 de Janeiro de 2012: “É tão fácil criar ilusões no futebol como sofrer desilusões. E como é grande a desilusão dos adeptos leoninos que chegaram a pensar numa época de luminoso regresso à sólida e persistente discussão do título.” Blá, blá, blá… Inqualificável! Vergonhoso!



A Bola 17 de Janeiro de 2012

É preciso ter lata. Ou melhor latão…

Alberto Miguéns


1 comentários
  1. Esse tal de Serpa da bola merece estas, fortes, grossas e curtas e muito mais Sr. Alberto Miguéns

    Um pateta mas iluminado da pena das trocas tintas dos euros na ex-bíblia do futebol a viver a nossa custa.

    Continue a dar umas lições a estes pulhas do jornalismo de lixo desportivo Sr. Alberto Miguéns

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