A ATUAL IDADE (43 ANOS) PARA PODER SER ELEITO PRESIDENTE DE UM DOS TRÊS ÓRGÃOS SOCIAIS DO CLUBE É UM ABSURDO.
Quando na anterior revisão estatutária (2010) foram votadas várias alterações inexplicáveis, houve duas que roçaram a iniquidade: se a que permitiu que passasse de 20 para 50 votos me envergonhou a que passou da idade mínima de 23 anos para 43 anos para se poder concorrer a um cargo e ser eleito presidente de um dos três Órgãos Sociais causou indignação pois foi um absurdo. Lembro-me de "fazer as contas" (18 anos de idade + 25 anos de sócio = 43 anos de idade) e ter comentado com um associado - que tinha a idade para ser meu pai - e que estava a meu lado: «Não faz sentido, qualquer sentido! Então um associado do Benfica pode ser Presidente da República (aos 35 anos), cumprir um mandato (até aos 40 anos) e se quiser concorrer a uma presidência do Clube ainda terá de esperar três anos?» Respondeu-me: «E bem! Ser presidente do Benfica é mais importante que ser Presidente de Portugal!». Respondi: «Para mim é um absurdo, por isso não tem nexo, qualquer nexo»!
É sempre bom recordar que quando se passou a exigir anos de associado acima da maioridade (que era de 21 anos até 1974)
Nem foi devido à eleição de alguém muito novo pois isso dependeria sempre de os associados optarem por alguém muito novo em detrimento de alguém mais experiente com uma vida profissional já com currículo para avaliação. A imposição de cinco anos de sócio efectivo deveu-se ao facto de se temer que houvesse a tentação de alguém ou vários associados muito jovens organizarem listas e concorressem a Eleições podendo baixar o nível da "campanha eleitoral" aproveitando-se da grandeza do Clube para provocar desvarios tendo visibilidade, achincalhando e podendo, até, afastar a apresentação de listas por outros associados mais experientes por temerem que sofreriam desses prováveis (ou possíveis) desvarios por parte de quem era mais novo.
É que apresentar-se a actos eleitorais depende apenas da capacidade dos associados na criação de Listas
Já ser eleito dependerá SEMPRE dos associados do Clube votarem ou não nessas listas. Dificilmente alguém acreditará que os associados do «Glorioso» tendo opções entre alguém com 18/20 anos e outros com 30/40/50 anos optariam por escolher alguém com 18/20 anos! Seria um absurdo tão grande como é actualmente, só com 43 ou mais anos, poder exercer uma presidência. Volto a referir o seguinte:
Dois mil Benfiquistas...
Fariam dois mil estatutos diferentes
Numa proposta de revisão optaria sempre por valorizar a dedicação associativa
Desinteressando-me da idade biológica que tem pouco sentido no Clube em que a filiação de alguém no Benfica é sempre um acto voluntário decidido durante a sua vida e não um estatuto adquirido à nascença.
Não vejo qualquer problema em rejuvenescer o dirigismo Benfiquista, salvaguardando a qualidade das campanhas eleitorais e possibilitando uma maior faixa etária para exercer cargos de dirigente no «Glorioso».
Quinze anos de sócio efetivo (mínimo 33 anos) para exercer uma das três presidências do Benfica parece-me adequado (e não aos 35 anos) ou 30 anos de filiação (por isso alguém sendo sócio desde que nasceu, aos 30 anos) valoriza a dedicação; Cinco anos como efectivo (mínimo 23 anos) ou 25 anos de filiação (por isso alguém sendo sócio desde que nasceu, aos 25 anos) pode rejuvenescer o dirigismo Benfiquista;
Esta seria a minha proposta, mas parece-me que será a de ter no mínimo 15 anos de filiação associativa efectiva ou 35 anos de idade biológica a que será consagrada nesta revisão estatutária para exercer as presidências
A situação actual, aprovada em 2010, é que não poderá continuar...
Proximamente talvez escrever acerca do absurdo da diferença de votos: 1 - 5 - 20 - 50.
Alberto
Miguéns