MAS DEPOIS DO QUE SE VIU NA PRIMEIRA MÃO O QUE É
SEMPRE INCÓGNITA…
Tornou-se imprevisível. Aquele Benfica que mesmo com menos
capacidade financeira, na «Catedral» olhava os adversários “olhos-nos-olhos”,
jogando limpo sem arruaça e desprezo pela integridade física dos oponentes, e
que encantava por isso, adversários e adeptos do Futebol, deixou de existir. Passou a Fiel Defunto.
O Benfica
“aprendeu” em 2020/2021, frente ao Arsenal FC, o que os clubes pequenos…
Há muito sabem. Jogando com “autocarros” – foi o que o
Benfica fez - arriscam-se a perder por poucos e um jogo como o Futebol até
permite vencer (mesmo sem rematar à baliza, beneficiando de um autogolo). Ora,
o Benfica, jogando “à clube pequeno” tem muitos futebolistas de clube grande
por isso ainda ficará, sempre, mais próximo de causar surpresa – jogar à defesa
e vencer! E ultrapassar eliminatórias.
Em teoria
ter acabado com a valorização dos golos marcados no terreno do adversário
Pode ter alterado os desfechos das eliminatórias. Na prática,
só o futuro provará, ao compara, estatisticamente, o que ocorrera antes e
depois.
A
valorização dos golos “fora” vigorou entre 1967/68 e 2020/21
Em 2023/24, já sabemos:
1. Que o «Glorioso» se
estiver a perder, em França, por 0-1 no final do tempo regulamentar (2-2 no
agregado das duas mãos) não está eliminado terá de jogar o prolongamento de 30
minutos e mantendo-se será desempatado através de pontapés na marca de grande
penalidade que não são grandes penalidades, pois estas permitem recarga e os de
desempate não;
2. Que o «Glorioso» se
estiver a vencer, em França, por 2-0, o adversário não necessita de marcar
quatro golos (4-2) pois 3-2 (4-4 no agregado) permite jogar o prolongamento de
30 minutos e mantendo-se será desempatado dos pontapés de grande penalidade.
Resultado imprevisível
No
futebol há sempre muito imprevisibilidade, mas este de 2-1 e o zero-a-zero são,
em minha opinião, os mais difíceis de perceber se são vantagem ou desvantagem
para quem disputa a 1.ª mão em "casa". Como mostra o quadro com as
doze eliminatórias já resolvidas: sete passagens e cinco eliminações.
VITÓRIAS,
POR 2-1, NA 1.ª MÃO, EM CASA, NAS ELIMINATÓRIAS DAS COMPETIÇÕES DA UEFA
Época |
Com |
Elim |
Res. 2.ª
mão Fora |
Adversário |
Conse- quência |
62/63 |
TCE |
1/4 |
E 0-0 |
AC Dukla Praga
(Checoslováquia) |
Passagem |
63/64 |
TCE |
1/8 |
D 0-5 |
BV Borussia 09 Dortmund (RFA) |
Eliminação |
71/72 |
TCE |
1/8 |
E 0-0 |
CSKA Sófia
(Bulgária) |
Passagem |
82/83 |
TUE |
1/32 |
V 2-1 |
Real Bétis B.
(Espanha) |
Passagem |
92/93 |
TUE |
1/4 |
D 0-3 |
Juventus FC
(Itália) |
Eliminação |
93/94 |
TVT |
1/2 |
D 0-1 * |
Parma AC (Itália) |
Eliminação |
07/08 |
LC |
PE |
V 1-0 |
FC Copenhaga
(Dinamarca) |
Passagem |
09/10 |
LE |
1/4 |
D 1-4 |
Liverpul FC
(Inglaterra) |
Eliminação |
10/11 |
LE |
1/16 |
V 2-0 |
VfB Estugarda
(Alemanha) |
Passagem |
1/8 |
E 1-1 |
Paris Saint-Germain
FC (França) |
Passagem |
||
1/2 |
D 0-1* |
SC Braga (Portugal) |
Eliminação |
||
13/14 |
LE |
1/2 |
E 0-0 |
Juventus FC
(Itália) |
Passagem |
21/22 |
LC |
4PE |
E 0-0 |
PSV Eindhoven
(Países Baixos) |
Passagem |
23/24 |
LE |
A1/8 |
? |
Tolosa FC (França) |
? |
Roger
Schmidt tem o seu método de trabalho e só ele responderá por ele
No final da temporada será feita a análise final, por
enquanto apenas parcial. Se tiver sucesso é garantia de qualidade. Não tendo
sucesso, em final de Maio de 2024, é porque as suas ideias não se adequam ao
«Glorioso». O Futebol é um jogo simples de entender, apreciar (por isso teve
mais sucesso que outros desportos) e simples de analisar para tomar decisões
estratégicas: no jogo e para o Futuro.
Acorda,
Benfica!
Alberto
Miguéns