CONSTA QUE HÉRCULES TEVE QUE EXECUTAR DOZE TAREFAS PARA RECUPERAR A "HONRA PERDIDA".
Pois qualquer treinador que chegue ao Benfica tem que fazer outro tanto - nunca os contabilizei em número - para ter sucesso.
Fico sempre desconfiado que chega um treinador estrangeiro (desde os Anos 80)
Não pelo seu valor mas por duas realidades que não controla: a habitual displicência dos dirigentes do Benfica e as armadilhas próprias de um futebol que tem 18 Leis em vez de 17, o «Futeluso». Isto enquanto vai conhecendo o plantel com que tem de trabalhar numa espécie de trabalho redobrado.
Quanto a este acréscimo com Roger Schmidt tal não é "problema"
Se há treinador que não trabalhe em Portugal, que conhece bem o plantel do Benfica, é ele. Estudou-o aquando da última pré-eliminatória de acesso ao sorteio para a fase de grupos da Liga dos Campeões 2021/2022, entre o SL Benfica e o PSV Eindhoven.
Face a isto e sendo ele um treinador de elite
Sabe as virtudes e defeitos, ou seja, o que conseguem fazer todos os futebolistas (Lucas Veríssimo ainda estava apto) do plantel de 2021/22 em 2022/2023. Sabe o que quer deles e como quer que joguem. Sabe os que conseguirão fazer tal tipo de jogo com facilidade, os que terão mais dificuldade mas podem conseguir e aqueles que não conseguirão estar ao nível mínimo exigido. Saberá indicar quais as alternativas para colmatar estas saídas.
Conseguirão os responsáveis da Benfica Futebol SAD corresponder?
Certamente já houve conversas e Roger Schmidt deve ter imposto algumas condições, em termos da constituição do plantel, que considerará mínimas para aceitar ser o treinador, do «Glorioso», para 2022/2023.
Tenho mais receio da inactividade dos de cá que dos que chegarem de lá
O maior obstáculo vai ser a habitual Lei 18: todas as anteriores 17 Leis do IFAB serão aplicadas segundo o interesse e interesses favoráveis ao FC Porto! Por isso é que este clube não tem interesse em ter futebolistas com classe, internacionais de valia em grandes selecções europeias, mas sim jogadores que possam, com maior ou menor dificuldade, enquadrar na filosofia de ódio aos adversários que gostam de incutir. Entre alguns dos doze trabalhos de Roger Schmidt está lidar com isto, em alguns dos futebolistas, treinadores, dirigentes e até comentadores portugueses (muitos deles ex-treinadores ou que querem ser treinadores). Não tendo protecção estará muito exposto!
Enquanto não chega o primeiro dia do resto da temporada de 2022/2023 vão ser todos os dias:
Alberto Miguéns