MESMO SABENDO MUITO POUCO OU NADA DAQUILO QUE FALA. EU NÃO SOU EXCEPÇÃO!
Li (tenho-o) todo (147 páginas, ufa, ainda bem que não quis estudar Direito preferindo a Faculdade que lhe fica à frente, indo lá só para jogar matraquilhos pois eram de "borla" e apostando umas minis com eles era aposta ganha pois aqueles futuros governantes do País - o doutor primeiro-ministro António Costa andava por lá - eram um bocado manetas e geralmente perdiam...) a "Decisão Arbitral" do chamado "caso Palhinha" e percebo os legisladores, conselheiros, árbitros (os três juristas do TAD (formando o Colégio Arbitral) também se designam por...árbitros, mas no texto seguinte os "meus árbitros" são os que nós vemos nos jogos...) e os imbróglios, consequências e necessidades, mas...
Mantenho a opinião que tenho há anos acerca deste assunto
Uma questão moral e ética. A questão moral. Um futebolista que seja castigado injustamente (se assim for considerado por quem o castigou) deve ser despenalizado pois darem-lhe razão depois de já ter cumprido o castigo é imoral a dois níveis. Como cidadão e como trabalhador (pois foi impedido de trabalhar).
O Futebol há muito que deixou de ser um desporto universalista
Ou seja igual em todo o Mundo. Começou por haver divisão entre amador e profissional. O VAR é o mais recente diferenciador. Há competições que têm e outras que não têm. Há até competições que começam por não ter e depois têm (Liga Europa e Taça de Portugal). Os processos disciplinares relativos ao primeiro escalão deveriam ter apreciação prioritária e diferenciadora. Depois, havendo meios, deveria ser alargada aos escalões seguintes.
Um clube ou futebolista é punido com suspensão
Decide recorrer dessa punição para o Conselho de Justiça. Tal deveria ter efeito suspensivo. Deveria ser aberto um inquérito. Ouvido quem foi punido e quem puniu e se este considerar que errou deve ser despenalizado quem foi vitima da injustiça. No caso de um futebolista não uma qualquer admoestação por cartão amarelo. Apenas uma que obrigue a suspensão por acumulação de admoestações com cartão amarelo. No caso dos cartões vermelhos é diferente pois houve apreciação pelo VAR, segundo consta - ouço dizer - do protocolo do VAR. Por isso este valida o que o árbitro decidiu. No caso das admoestações por cartão amarelo que tenham como efeito suspender por acumulação, se o árbitro mantiver que viu todo o lance sem qualquer interferência que tenha implicado ter perspectiva diferente e alterando a decisão (considerando que foi excessiva a mostragem do cartão amarelo) o futebolista deve ver anulada essa admoestação.
Questão ética. Continuo a pensar o mesmo que penso há anos, mais de vinte!
Um futebolista que seja punido com suspensão por um jogo ou dois jogos não os deve cumprir imediatamente a seguir. O Conselho de Disciplina deve sortear os jogos - nos próximos cinco ou seis, por exemplo - em que o futebolista deve ficar suspenso o jogo ou dois jogos (que podem nem ser consecutivos). Perceber-se que há futebolistas que provocam o árbitro para serem admoestados para ficarem suspensos no jogo seguinte - considerado mais acessível - é das maiores aberrações e sujeiras que um profissional é obrigado a fazer. Faz dele um trabalhador desonesto e do árbitro um apatetado. E este sabe que está a ser provocado para ser taralhouco mas tem de o ser mesmo contra vontade. É das cenas mais lamentáveis a que assisto. Por nem haver dúvidas se houve ou não diferente interpretação da ocorrência. Foi mesmo provocar o árbitro para ser admoestado. E depois - como é anunciado nos media que vai, ou que pode, ocorrer - é sentir os adeptos no estádio à espera de qual será o momento e forma escolhida. É uma das situações em que o «Futeluso» mais se assemelha às brincadeiras que havia nos "Inter-turmas", no Liceu Nacional de Gil Vicente, em Lisboa, nos cinco anos que por lá andei e joguei. Para aligeirar ainda mais este texto diga-se que na equipa de um «craque-de-turma» que se dizia Benfiquista e acabou como futebolista no...Sporting CP, nos Anos 80, do século XX. Mário Jorge! Regressando "aos amarelos a pedido": simplesmente patético num desporto que usa e abusa de milhões, muitas vezes, à custa de quem se sacrifica para juntar uns tostões para adicionar a outros tantos tostões para gerar esses milhões! Uma vergonha.
Só que o Futebol não é um caso de vida ou morte. É muito mais do que isso. Principalmente para os adeptos que, na generalidade (não todos) vêem só virtudes no que gostam e apenas defeitos nos que não gostam até odeiam.
Para mim continuará sempre a ser o mais importante daquilo que não é importante. Por isso haveria desde logo teorias de que nem sorteio havia mas sim escolha dos jogos mais complexos onde os futebolistas cumpririam os jogos de suspensão.
E não confundo futebolistas e equipas destes com clubes. Equipas formadas de futebolistas pelo clube Benfica. O Benfica é o BENFICA!
Alberto
Miguéns
Na minha opinião de "achador", ahahahahahah, uma decisão do arbitro em campo só deve ser revertida em campo. Ou por aplicação de tecnologias ou por conferência entre árbitros (quantas vezes um fiscal de linha já chamou o arbitro para lhe dar uma perspectiva diferente do lance?
ResponderEliminarO problema, é que a grande maioria dos árbitros não tem estatura moral, nem capacidade técnica para que se confie na sua isenção e na bondade da sua prática na arbitragem.
Quanto ao paragrafo que escreveu sobre a ética, subscrevo na totalidade.
Viva o Benfica.
Caro Benfiquista
EliminarRespeito todas as opiniões. Só recordo que antes desta presidente do Conselho de Disciplina (Cláudia Santos) havia decisões dos árbitros que eram alteradas (por estes admitirem que se equivocaram/erraram depois de analisar imagens) o que aconteceu foi que não tinham consequências pois os castigos eram sumários. Ou seja, o futebolista foi despenalizado à posteriori mas já tinha cumprido castigo. Penso que em sua opinião isto, também, nunca deveria ocorrer, mas que era prática (ainda que rara) era. E até houve despenalizações com efeitos práticos, ou seja, o futebolista jogou:
https://maisfutebol.iol.pt/liga/conselho-disciplina/sporting-bolasie-foi-despenalizado-e-pode-defrontar-fc-porto
Quem mudou o procedimento foi esta presidente do CD da FPF.
Glorioso abraço
Alberto Miguéns
Caro Alberto Miguéns,
Eliminarpor maioria de razão, e tendo em conta que tal prática anterior tinha consequências diversas, ou seja, numas ocasiões o futebolista cumpriu castigo e noutras não cumpriu, não se observavam os princípios de justiça equitativa e isenta.
Eu fui arbitro de basquetebol, e para mim um arbitro sério e isento é como um jogador também sério, desempenha a sua missão com o melhor das suas capacidades, tomando decisões que muitas vezes influenciam o resultado de um jogo.
Se o arbitro tomou uma decisão errada, essa decisão faz parte do jogo e se essas decisões são revertidas acabam por criar uma distorção na competição, tendo em conta que o erro é fortuito, acidental e aleatório.
Salvo opinião mais fundamentada.
Viva o Benfica.
Eu percebo isso. Mas o VAR veio alterar a decisão do árbitro.
EliminarÉ só alterar o protocolo do VAR. Se o VAR passar a poder intervir em qualquer situação de admoestação com cartão amarelo deixa de haver possibilidade de recurso. Só há essa possibilidade porque o VAR não tem capacidade de intervenção nesta situação.
Mas já houve alteração da norma - regressou-se ao que se fazia anteriormente (o que não quer dizer que o Caro Benfiquista tenha de estar de acordo) - devido ao receio da presidente Cláudia Santos de voltar a ser desautorizada por um tribunal civil e, ainda mais grave, pelo Tribunal Constitucional.
https://www.ojogo.pt/futebol/noticias/processos-sumarios-do-conselho-de-disciplina-da-fpf-vao-permitir-defesa-13340286.html
Gloriosas Saudações
Alberto Miguéns
Talvez fosse mesmo a melhor solução alterar o protocolo do VAR.
ResponderEliminarNão tinha conhecimento dessa alteração.
Obrigado.
Viva o Benfica.