Má imprensa e inépcia dos responsáveis do Benfica a quanto
obrigam.
Questões de
prioridades
A principal para este blogue será sempre defender quem nos honrou
o passado da ingratidão e desinteresse dos media e dos (ir)responsáveis pelo
clube. O modo como todos se aproveitaram da história e a adulteraram foi
vergonhoso para com Vítor Gonçalves e Lipo Herczka.
Depois como
segunda prioridade
É mostrar a grandeza do clube bem como o seu passado ímpar e
glorioso. Espero, bem, que a partir de amanhã seja possível começar a publicar
textos acerca dessa grandeza homenageando os 378 futebolistas que permitiram a
conquista dos 37 títulos de Campeão Nacional em 85 edições do campeonato
nacional. Finalmente...
Hoje ainda
há que fazer justiça aos futebolistas do passado
Que andam a "levar" com a estorieta dos 103 golos
marcados nesta edição "igualando" o que os «Gloriosos» de 1963/64
fizeram. Pois fizeram. Pois marcaram. Em 2018/19 como em 1963/64. Mas... em 1963/64 marcaram em 26 jogos e em 2018/19 os
103 golos foram obtidos em 34 jornadas. Mais oito jogos. Só que isso nunca foi
referido procurando enganar os leitores e espectadores por contar
"meias-verdades". Isto sim são meias-verdades ou falácias.
O 37.º, em
2018/19, foi um campeonato a golear
Não há que tirar mérito ao Benfica de 2018/19, a marcar 103
golos, em 34 jogos, pois é uma marca extraordinária. Nas 21 edições do
campeonato nacional, com 34 jogos, o Benfica tinha como melhor registo, os 88
golos em 2015/16, ou seja, menos 15 que o valor obtido na 37.ª conquista!
Nessas 21 edições, o melhor registo do FC Porto são 85 golos (1998/99), ou
seja, menos 18 e o do Sporting CP são 79 golos marcados (2015/16), ou seja,
menos 24! Não é fácil!
Comparar realidades
diferentes (I: tipo de jogo)
O Benfica é o único clube em Portugal que conquistou títulos
oficiais em todos os Regimes Políticos sem ser de nenhum, nem ter necessidade de
"lamber as botas do poder" (ver NOTA FINAL). Mas como é evidente o
futebol, em 115 temporadas, mudou tanto que pouco se pode comparar. O que é
certo é que o Benfica teve SEMPRE dos melhores futebolistas a jogar em Portugal.
Isso é inquestionável. É difícil comparar os «Gloriosos Plantéis» dos Anos 00 ou 10
do século XX com os dos anos 00 ou 10 do século XXI, mas comparar os plantéis do
Benfica com os dos outros clubes é fácil. E também com a qualidade do futebol
português a cada momento. O Benfica teve, quase sempre, os melhores dos melhores.
Comparar realidades
diferentes (II: tipo de competições)
Em campeonatos até 22 jornadas é praticamente impossível fazer
100 golos. Com 14 jornadas para marcar 103 golos a média teria de ser 7,36 por
jogo! Com 18 jornadas a média por jogo continua elevada: 5,72. Com 22 jogos a
média seria de 4,68 golos por jogo. A melhor média pertence ao Sporting CP (e
deverá ser vitalícia) com 4,73 mas até foi num campeonato de 26 jornadas
(1946/47). O Sporting CP conseguiu uma média de 4,23 no campeonato nacional em
1941/42: 93 golos em 22 jornadas. Também só houve duas edições com 22
jornadas: 1941/42 e 1945/46 (conquistado pelo CF "Os Belenenses" com
74 golos). Neste campeonato nacional da I Divisão, em 1945/46, o Benfica marcou 82 golos.
Comparar realidades
diferentes (III: valores absolutos e relativos)
Qualquer miúdo ou miúda com o 9.º ano de escolaridade sabe
que para comparar grandezas diferenciadas resultantes de "universos
estatísticos desiguais" não se utilizam os valores absolutos, mas sim os
relativos (média, moda e/ou mediana). Utilizando a média, a temporada de
2018/19 é a 20.ª melhor. A melhor é a de 1944/45 com 4,38 golos marcados por
jogo. Em 1963/64, os 103 golos marcados em 26 jogos correspondem a 3,96 de
média. A quarta melhor de sempre. Mas também há uma realidade: com 26 ou 34
jogos o que é certo é que em 2018/19 o Benfica com 103 jogos igualou o maior registo
de sempre: 103 golos. Pode não ser o melhor (1944/45) mas é o maior ex-aequo, em 2018/19 e 1963/64. Notável!
MÉDIAS DE GOLO-RIOSOS NOS 85 CAMPEONATOS NACIONAIS
Como não ter
orgulho no «Glorioso»
Em 85 edições, apenas em 23 (27 por cento) um dos Gloriosos
Goleadores não conseguiu ficar entre os três melhores marcadores do campeonato
nacional. Em 29 edições (34 por cento) o Benfica teve um futebolista como melhor
marcador dessa edição do campeonato nacional, embora em três edições ex-aequo: 1965/66 - Eusébio e Figueiredo
(Sporting CP); 1983/84 - Néné e Gomes (FC Porto); e 2002/03 - Simão Sabrosa e
Fary (SC Beira-Mar).
Obrigado,
Benfica!
Alberto
Miguéns
NOTAS FINAIS:
1. O Benfica conquistou títulos oficiais em todos os Regimes. Por
exemplo (só o primeiro título):
1909/10 - Monarquia Constitucional - Campeão Regional de
Lisboa;
1911/12 - Primeira República - Campeão Regional de Lisboa;
1929/30 - Ditadura/Estado Novo - vencedor da Taça de Portugal
(então denominada «Campeonato de Portugal»);
1975/76 - Democracia (Segunda República) - Campeão Nacional
da I Divisão.
2. O Benfica
nunca necessitou de lamber as botas ao Poder Político (antes pelo contrário).
Por exemplo (só um!):
Monarquia Constitucional - 22 de Novembro de 1906 - eleição para
presidente da Direcção de Januário Barreto (republicano e activista
anti-monarquia);
Primeira República - 22 de Julho de 1917 a 8 de Agosto de 1926 -
eleição e reeleições anuais do presidente da Direcção, Bento Mântua
(monárquico);
Ditadura/Estado Novo - 15 de Agosto de 1930 - Primeira eleição de
Manuel da Conceição Afonso (sindicalista dos tipógrafos e dirigente da UON - União
Operária Nacional) Não acredita? Então clique;
Democracia - Com
Luís Filipe Vieira o Benfica tornou-se o clube do Partido Socialista: Rui Pereira
(maçon e dos mais graúdos em Portugal. Clicar para uma notícia "fofinha" (sem avental) pois há umas mais "duronas" dos "pedreiros-livres"), Sócrates (vigarista), Centeno (cativista) e António Costa (impostorista). Isto é a gozar! Certo?! Ironia, certo?!