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30 janeiro 2019

Querer o Que É Impossível

30 janeiro 2019 1 Comentários
ENQUANTO JANTAVA EM CASA, DEPOIS DO REPASTO FUTEBOLÍSTICO NA «CATEDRAL"... 


Tive a má decisão de fazer o que nunca faço desde há alguns anos ou temporadas, por considerar que é tempo perdido e o tempo é demasiado valioso quando se gosta da ocupar o tempo livre depois da profissão e da família.

NOTA: Claro que não foi a melhor exibição da época! Nem podia! Essas, as melhores exibições, estão sempre reservadas para vitórias inequívocas frente a equipas do mesmo valor ou de valor superior. Para plantéis que tenham capacidade de dar réplica ao «Glorioso». Ou o Benfica frente a clubes com plantéis superiores ao nosso.


Ouvi que "isto" ainda está pior do que eu pensava
No que diz respeito ao modo como se analisam os jogos de Futebol. Não na opinião de cada um pois esta é sagrada. Todos têm direito a ter opinião, e mais importante, a poder expressá-la/divulgá-la se entenderem que o querem fazer. Depois a coerência e credibilidade terão que ser os interlocutores, os que as ouvem, a validar e valorizar.

Agora há conceitos básicos que são universais e basilares
Não se pode exigir a uma equipa que é, na prática - pela qualidade dos futebolistas que tem no plantel - muito superior ao adversário que defronta que faça um jogo fantástico. Tem é de ser competente. Fiquei incrédulo (embora tudo seja de esperar) quando ouvi dizer - pelo menos quatro comentadores em três televisões - algo do tipo: «O Benfica não fez um grande jogo; o Benfica esta temporada já jogou melhor; o Benfica até frente ao FC Porto no jogo que perdeu, na meia-final da Taça da Liga, jogou melhor». Mas... isto é estar a comparar o que não pode ser comparável. E por exemplo, o ex-guarda-redes júnior do Benfica (Jorge Amaral que debita na CMTV) foi futebolista. Sabe disso. Dizê-lo é ser desonesto intelectualmente. Ele de certeza que nunca fez exibições brilhantes, pelo FC Porto, frente a adversários menos apetrechados pois simplesmente não tinha remates para defender. Ou tinha um ou dois! Geralmente fáceis! E se em algum jogo pelo FC Porto foi o melhor em campo (ou dos melhores) isso foi porque o FC Porto foi incompetente pois tinha obrigação de dominar um adversário mais debilitado.

A corruptela do futebolês: jogar contra ou jogar com?
É desta simplificação que por vezes se extraem ideias feitas.  Num jogo de futebol (ou de qualquer modalidade colectiva) uma equipa não joga contra outra. Joga com a outra. Mistura-se em campo, perde e ganha a bola. Não joga contra um muro, obstáculo ou uma parede. Joga frente a um adversário que envolve procurando um deles superiorizar-se ao outro.

O SL Benfica jogando com o Boavista FC
Face ao poderio dos dois plantéis actuais, em 2018/19, e jogando na «Catedral» só tem que fazer cumprir a velha máxima que, diz-se, existe desde que o Futebol foi inventado, em 26 de Outubro de 1863: «A equipa que é menos apetrechada, mais débil, só joga o que a equipa mais forte deixa». Foi isso que aconteceu ao Boavista FC no jogo de ontem. O Benfica sendo superior não deixou o adversário jogar. O Benfica foi competente e marcando cinco golos para um sofrido foi categórico. Era impossível exigir ao Benfica que brilhasse como se estivesse a defrontar um adversário com futebolistas de igual capacidade. O Benfica fez o que tinha possibilidade de fazer. Tendo um adversário menos apetrechado, limitou-o e soube aproveitar as fragilidades. Não consigo perceber como se podia exigir ao Benfica mais do que fez. Por vezes até se faz "tudo bem feito" e até se perde. No Futebol até é possível uma equipa fazer dezenas de remates em direcção à baliza contrária, tem 70 por cento de posse de bola, e perder um jogo frente a um adversário que nem rematou uma única vez à baliza. Pode apenas beneficiar de um autogolo num atraso de uma bola ao guarda-redes, por exemplo.

Muito diferente é quando se encontram duas equipas que resultam de dois plantéis semelhantes em qualidade e quantidade
Neste caso havendo equilíbrio nenhuma delas tem obrigação de não deixar a outra jogar pois são ambas da mesma valia ou de valor semelhante. Há sempre o factor "casa" que ajuda a favor de quem está a jogar nesta situação, mas o mais importante são ouros aspectos como a entrega, estudo do adversário (aproveitar os pontos mais fracos e não deixar explorar os seus), treinador sagaz a escolher o onze titular e fazer as substituições, apoio dos adeptos, capacidade de gerir emoções, ter um ou dois estrategas no onze que saibam gerir os tempos e as situações de jogo, etecetra, que o que eu estou para aqui a escrever é o que qualquer adepto sabe. Mas parece que há comentadores que ignoram. Só nestes jogos se pode considerar que houve ou não exibições brilhantes. Exibições brilhantes é o Benfica superiorizar-se a adversários com mais capacidade (FC Barcelona, Juventus FC, Real Madrid CF, Manchester City FC, por exemplo) ou não deixar jogar o FC Porto ou o Sporting CP, conseguindo fazer das equipas destes clubes parecerem equipas menos apetrechadas. Nestes casos sim, pode-se falar de exibições brilhantes, porque é estar a jogar com adversários com o mesmo potencial ou até maior capacidade e derrotá-los inequivocamente. Agora desvalorizar uma vitória, por 5-1, frente ao Boavista FC porque não se foi exuberante? Balelas! Para se poder ser excelente tem que se ter do outro lado também excelência. Jogar frente a um adversário de excelência, jogar com essa capacidade, frente a (ou com... não contra) ela e saber dominá-la!

Cada um tem direito a poder criticar como entender mas por vezes perde-se a paciência!

Alberto Miguéns

NOTA: E ainda houve quem tentasse o que é habitual. O adversário (neste caso o Boavista FC) é que jogou pouco/facilitou! Mas para estes nem vale a pena... ter pena!
1 comentários
  1. Raramente ouço essa gente, raramente, são parciais e procuram com cada palavra desmerecer desprestigiar e criar "confusão e mal-estar no Benfica", são gente ( e sim é esta palavra politicamente incorrecta) de merda, que não sabe estar, que não respeita o outro, que é invejosa e gananciosa por isso faz tudo para derrubar o mais forte, não olha a meios, discípulos acérrimos de Maquiavel, "o fim justifica os meios".

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