Tive a má decisão de fazer o que nunca faço desde há alguns
anos ou temporadas, por considerar que é tempo perdido e o tempo é demasiado
valioso quando se gosta da ocupar o tempo livre depois da profissão e da
família.
NOTA: Claro que não foi a melhor exibição da época! Nem podia! Essas, as melhores exibições, estão sempre reservadas para vitórias inequívocas frente a equipas do mesmo valor ou de valor superior. Para plantéis que tenham capacidade de dar réplica ao «Glorioso». Ou o Benfica frente a clubes com plantéis superiores ao nosso.
Ouvi que
"isto" ainda está pior do que eu pensava
No que diz respeito ao modo como se analisam os jogos de
Futebol. Não na opinião de cada um pois esta é sagrada. Todos têm direito a ter
opinião, e mais importante, a poder expressá-la/divulgá-la se entenderem que o
querem fazer. Depois a coerência e credibilidade terão que ser os
interlocutores, os que as ouvem, a validar e valorizar.
Agora há
conceitos básicos que são universais e basilares
Não se pode exigir a uma equipa que é, na prática - pela
qualidade dos futebolistas que tem no plantel - muito superior ao adversário
que defronta que faça um jogo fantástico. Tem é de ser competente. Fiquei
incrédulo (embora tudo seja de esperar) quando ouvi dizer - pelo menos quatro
comentadores em três televisões - algo do tipo: «O Benfica não fez um grande
jogo; o Benfica esta temporada já jogou melhor; o Benfica até frente ao FC
Porto no jogo que perdeu, na meia-final da Taça da Liga, jogou melhor». Mas...
isto é estar a comparar o que não pode ser comparável. E por exemplo, o
ex-guarda-redes júnior do Benfica (Jorge Amaral que debita na CMTV) foi
futebolista. Sabe disso. Dizê-lo é ser desonesto intelectualmente. Ele de certeza
que nunca fez exibições brilhantes, pelo FC Porto, frente a adversários menos
apetrechados pois simplesmente não tinha remates para defender. Ou tinha um ou
dois! Geralmente fáceis! E se em algum jogo pelo FC Porto foi o melhor em campo
(ou dos melhores) isso foi porque o FC Porto foi incompetente pois tinha
obrigação de dominar um adversário mais debilitado.
A corruptela
do futebolês: jogar contra ou jogar com?
É desta simplificação que por vezes se extraem ideias feitas.
Num jogo de futebol (ou de qualquer
modalidade colectiva) uma equipa não joga contra outra. Joga com a outra.
Mistura-se em campo, perde e ganha a bola. Não joga contra um muro, obstáculo ou uma parede. Joga frente a um adversário que envolve procurando um deles
superiorizar-se ao outro.
O SL Benfica
jogando com o Boavista FC
Face ao poderio dos dois plantéis actuais, em 2018/19, e
jogando na «Catedral» só tem que fazer cumprir a velha máxima que, diz-se,
existe desde que o Futebol foi inventado, em 26 de Outubro de 1863: «A equipa que é menos
apetrechada, mais débil, só joga o que a equipa mais forte deixa». Foi isso que aconteceu ao Boavista FC no jogo de ontem. O
Benfica sendo superior não deixou o adversário jogar. O Benfica foi competente
e marcando cinco golos para um sofrido foi categórico. Era impossível exigir ao
Benfica que brilhasse como se estivesse a defrontar um adversário com
futebolistas de igual capacidade. O Benfica fez o que tinha possibilidade de
fazer. Tendo um adversário menos apetrechado, limitou-o e soube aproveitar as
fragilidades. Não consigo perceber como se podia exigir ao Benfica mais do que
fez. Por vezes até se faz "tudo bem feito" e até se perde. No Futebol
até é possível uma equipa fazer dezenas de remates em direcção à baliza
contrária, tem 70 por cento de posse de bola, e perder um jogo frente a um
adversário que nem rematou uma única vez à baliza. Pode apenas beneficiar de um
autogolo num atraso de uma bola ao guarda-redes, por exemplo.
Muito
diferente é quando se encontram duas equipas que resultam de dois plantéis
semelhantes em qualidade e quantidade
Neste caso havendo equilíbrio nenhuma delas tem obrigação de
não deixar a outra jogar pois são ambas da mesma valia ou de valor semelhante.
Há sempre o factor "casa" que ajuda a favor de quem está a jogar nesta
situação, mas o mais importante são ouros aspectos como a entrega, estudo do
adversário (aproveitar os pontos mais fracos e não deixar explorar os seus),
treinador sagaz a escolher o onze titular e fazer as substituições, apoio dos
adeptos, capacidade de gerir emoções, ter um ou dois estrategas no onze que
saibam gerir os tempos e as situações de jogo, etecetra, que o que eu estou
para aqui a escrever é o que qualquer adepto sabe. Mas parece que há
comentadores que ignoram. Só nestes jogos se pode considerar que houve ou não
exibições brilhantes. Exibições brilhantes é o Benfica superiorizar-se a
adversários com mais capacidade (FC Barcelona, Juventus FC, Real Madrid CF,
Manchester City FC, por exemplo) ou não deixar jogar o FC Porto ou o Sporting
CP, conseguindo fazer das equipas destes clubes parecerem equipas menos
apetrechadas. Nestes casos sim, pode-se falar de exibições brilhantes, porque é
estar a jogar com adversários com o mesmo potencial ou até maior capacidade e
derrotá-los inequivocamente. Agora desvalorizar uma vitória, por 5-1, frente ao
Boavista FC porque não se foi exuberante? Balelas! Para se poder ser excelente
tem que se ter do outro lado também excelência. Jogar frente a um adversário de
excelência, jogar com essa capacidade, frente a (ou com... não contra) ela e
saber dominá-la!
Cada um tem direito a poder criticar como entender mas por vezes
perde-se a paciência!
Alberto
Miguéns
Raramente ouço essa gente, raramente, são parciais e procuram com cada palavra desmerecer desprestigiar e criar "confusão e mal-estar no Benfica", são gente ( e sim é esta palavra politicamente incorrecta) de merda, que não sabe estar, que não respeita o outro, que é invejosa e gananciosa por isso faz tudo para derrubar o mais forte, não olha a meios, discípulos acérrimos de Maquiavel, "o fim justifica os meios".
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