A terceira que eu li. E a melhor de todas.
Superior às outras duas, mas...a larga distância das outras duas. Muitíssimo superior. Extraordinária.
Aborda toda a vida do treinador que orientou o Benfica para a conquista de dois títulos de Campeão Europeu, em 1960/61 e 1961/62.
Superior às outras duas, mas...a larga distância das outras duas. Muitíssimo superior. Extraordinária.
Aborda toda a vida do treinador que orientou o Benfica para a conquista de dois títulos de Campeão Europeu, em 1960/61 e 1961/62.
Da esquerda para a direita: Mário João, (provavelmente um dirigente por enquanto não identificado), José Águas, Cavém e José Augusto |
A dificuldade
para o Benfica ser campeão europeu no início dos Anos 60
Era tão difícil como agora. Aliás agora será mais difícil
devido ao número de jogos, pois quanto aos adversários os clubes que o Benfica
enfrentou eram os «pesos-pesados» daquele tempo. É só comparar os resultados da
selecção portuguesa, em finais de 50 e início de 60 com as selecções da Alemanha
(um clube adversário), Áustria (dois clubes adversários, um em cada
temporada), Hungria (um clube), Escócia (um clube), Espanha (dois clubes adversários, um em cada final) e Inglaterra (um clube). O mais acessível foi o clube dinamarquês. A maior
facilidade foi no número de jogos - nove (cinco adversários, em 1960/61) e sete (quatro adversários, em 1961/62) - enquanto na actualidade
são necessários treze jogos (podendo até serem mais se houver pré-eliminatórias no apuramento para a fase de grupos).
Costa Pereira, Germano e Puskas (Real Madrid CF) |
Mas o texto
de hoje até tem outro objectivo
Dou por finalizado os textos acerca da suposta «Maldição de
Guttmann» de que ele teria dito que o Benfica nunca mais seria Bicampeão Europeu,
depois passou a nunca mais ser Campeão Europeu nos próximos cem anos, seguiu-se
não conquistar nenhum troféu europeu (mesmo a Liga Europa). Até estamos com
sorte de ninguém ter inventado que Guttmann disse que o Benfica nunca mais
venceria um jogo europeu , pois o "Glorioso" tem neste momento um
acumulado de sete derrotas consecutivas. Provavelmente nunca mais empatará
sequer um jogo para a Liga dos Campeões ou para a Liga Europa! Nos próximos duzentos anos!
Já por duas
vezes se mostrou neste blogue que Guttmann desejava (e acreditava)
Que o Benfica voltaria a ser campeão europeu, quer em 1963 (clicar para um texto publicado neste blogue em 24 de Maio de 2014) quer em 1974 (clicar para um texto publicado neste blogue em 14 de Setembro de 2017). Com o texto de hoje - baseado na maior investigação feita até hoje à vida e declarações do treinador do Benfica - fica completa a trilogia: 1963 (após a primeira passagem), 1966 (após a segunda passagem) e 1974 (final da sua longa carreira ligada ao Futebol).
O autor
inglês David Bolchover aborda o assunto
E também nunca encontrou, NUNCA, muito menos nos Anos 60,
qualquer referência a essa maldição e escreveu-o na página 244 do livro editado
(Biteback Publishing), em 18 de Maio
de 2017, no Reino Unido e em Portugal, em 19 de Fevereiro de 2018, pela editora
«Oficina do Livro».
Três notas
1. Guttmann disse e bem que aquelas duas estavam ganhas e foi
ele. Jamais seriam de outros. Foi ele o treinador das conquistas de 1960/61 e
1961/62. Não foi nenhum outro nem jamais aqueles dois títulos poderiam ser
atribuídos a outros. Só dele. Ninguém mais os poderia ganhar...estando ganhos! Se
quisessem tirar Guttmann da História do Bicampeonato Europeu até "à metralhadora"
ele resolvia o dilema;
2. Guttmann é bem explicito deixando antever o Futuro. «Qualquer outro técnico para fazer esquecer Guttmann precisa, pelo
menos, de igualar o que eu fiz - ou ajudei a fazer». Não disse que ninguém mais conseguiria ser Bicampeão Europeu ou conquistar dois títulos na Taça dos Clubes Campeões Europeus. Que seria impossível. Que não queria. Que não podiam. Que nenhum outro treinador conseguiria igualar ou mesmo ultrapassá-lo". Que seria (e será possível) tem é de ser feito para igualar ou suplantá-lo. Até esta época (2017/18) não foi conseguido mas Guttmann deixa a possibilidade. Veremos quando ocorrerá;
3. Guttmann tinha Cultura Benfiquista. Como era o Benfica nesse tempo e até antes e até algum tempo depois. As
conquistas eram do Benfica, não deste ou daquele. Guttmann sabia o que era o Benfica e que ele era apenas a "peça" certa e ajustada na engrenagem. Ele não disse que as conquistas eram dele. Disse: «...que eu ajudei a ganhar!...» e «...ou ajudei a fazer». Nem
nunca li o presidente Maurício Vieira de Brito dizer, em três/quatro
entrevistas, que era ele que tinha ganho. O Benfica é que ganhou!
Os
Benfiquistas que se deixem de tretas
E não sejam caixa de ressonância - fazendo o jogo - dos
"outros" que inventam maldições para pressionar os «nossos» e
permitir livre arbítrios aos «outros» alguns batoteiros. Por mim esgotou-se com este terceiro texto o assunto. Só existe "maldição" para quem tem interesse em que exista o que nunca existiu nem pode existir.
Acredita,
Benfica!
Alberto
Miguéns
NOTA: É incompreensível que quem fez a tradução
do inglês para o português não tenha o rigor que era obrigatório ter, colocando
entre aspas, uma citação que não corresponde ao que realmente foi dito. Percebe-se
que o autor (David Bolchover) tenha traduzido do português para o inglês pois
ninguém entenderia a frase em português retirada de um jornal português, mas o
tradutor português (José Mendonça da Cruz) não deveria traduzir do inglês para
português. Deveria publicar, entre aspas, a frase verdadeira pois ela foi
pronunciada em português! Por respeito a quem compra e lê o livro!
Excelente Alberto. Uma boa publicação para ler neste dia que vai ser difícil de passar...
ResponderEliminarSaudações TETRAGloriosas.
Já namorei o livro - versão Inglesa - ainda quando estava disponível numa livraria perto do Estádio. Fiz bem em esperar. A comprar e ler brevemente.
ResponderEliminarA vida de Béla Guttmann é em parte mistério, lenda, Glória, tragédia, amargura e celebração. Viveu de forma plena, escapou a uma morte horrorosa, semeou conhecimento e espalhou ideias positivas.
Guttmann não merecia que até de ideias que no fundo valorizavam muito justamente o que ele conseguiu, conseguissem arranjar algo para condicionar e rebaixar o SLB.
Há que dizer que no seu tempo nem sempre Guttmann foi devidamente tratado no nosso Clube. Apear disso estou certo que em nenhum caso ele deixaria de manifestar o seu Amor e cuidado para com o bem do Benfica.
Foi da boca dele que se proferiu uma das declarações mais tocantes e justas de Amor ao Clube de sempre.
"Chove? Está frio? Está calor? O que importa? Nem que o jogo seja no fim do Mundo, entre as neves das serras ou no meio das chamas do inferno. Seja pela terra, pelo mar ou pelo ar eles aí vão, os adeptos do Benfica atrás da sua equipa... Grande, incomparável e extraordinária massa associativa!"
Guttmann era grande quando veio para o Benfica mas percebeu que foi Maior quando saiu. Pela sua acção pré-Benfica teria sempre um lugar na História do futebol mas quando conseguiu as Glórias de 1961 e 1962 tornou-se lenda e saudade.
Será sempre um nome amado no Clube que mais o amou. Será sempre um dos nossos. Sempre, sempre, mesmo que quem não nos quer bem procure - mesmo sobre a túmulo dele - enxovalhar ou condicionar o maior Clube de Portugal. Como qualquer reles cobarde.
Guttmann amou o Benfica. Guttman foi e é amado no Benfica. Já cá não está para se defender e para nos defender por isso cabe aos Benfiquistas saber cuidar da sua memória, conhecendo e divulgando a verdade que lhe é devida.
Ainda bem que David Bulchover vem trazer verdade e lucidez e fazer justiça à memória de um homem de excepção como foi Béla Guttmann.
Obrigado por este artigo.
Atrasados e menos precisos!
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