SEMANADA: ÚLTIMOS 7 ARTIGOS

07 dezembro 2017

Sete e Meio IV: (continuação e continua)

07 dezembro 2017 2 Comentários
NOTA: Continuação do texto que ficou incompleto em  30 de Novembro (clicar). SETE E MEIO IV: O FIM DE UMA ERA.



Escrever acerca de "O Benfica" é sempre com prazer e oportuno. Enquanto esperamos pelo decisivo jogo de sábado pois «não vale a pena, até lá, estarmos a bater mais no(s) ceguinho(s)!»


NOTA: Não é possível perceber a evolução associativa, desportiva e social do "Glorioso", desde 1942, sem conhecer (ver e ler) todas as edições de "O Benfica" desde o primeiro número, em 28 de Novembro de 1942. 

Luís Marques Batoque
Responsável pela edição de 84 números. Com 36 anos de associado (desde 1943) tinha sido dirigente de relevo, presidindo a inúmeras assembleias gerais (AG's) como vice-presidente - por ausência do presidente - com destaque para as AG's em que foi aprovado PELOS ASSOCIADOS PRESENTES o Regulamento Geral do Clube (que ainda se encontra em vigor mas que ninguém respeita). Assumiu o cargo na edição 1933 e ao segundo número (1934) foi alterado o cabeçalho do Semanário. Há ainda que honrar Alves Henriques um Chefe de Redacção que disse PRESENTE entre o interregno a que se remeteu um ilustre do Semanário, que durante anos prestigiou o Jornal, um Gigante do Benfiquismo, incluindo o Glorioso Xadrez: Vasco Santos. Também jornalista nesse título de referência da Imprensa Desportiva portuguesa, o extinto jornal "Mundo Desportivo" ligado ao "Diário de Notícias".



Mário Sérgio
Num período de transição de oito edições o director-adjunto assume a publicação do nosso jornal, entre 18 de Junho e 6 de Agosto de 1981. 


Afonso Coelho Pinto
Não esteve (estreia em 12 de Agosto de 1981) na direcção do jornal muito tempo - apenas 46 edições (menos de um ano: 52 semanas) - mas imprimiu modernidade ao jornal. Com ele o nosso Semanério passou a ter uma primeira página - 7 de Outubro de 1981 - em forma de capa (só títulos e fotografias com eliminação dos textos); passagem da impressão do velhinho linotipo (chumbo) para o moderno "off-set" em 16 de Fevereiro de 1982; e estreia de fotografias a cores na primeira página e páginas centrais, em 2 de Março de 1982, nas comemorações do 78.º aniversário do "Glorioso". NOTA: A fotografia a cores das páginas centrais - Saudosa Catedral - esteve anos e anos (até sair de casa dos meus pais) à cabeceira da minha cama. Quando acordava era a primeira imagem que via. Sinal que o dia já estava a correr bem!



Boavida-Portugal
Antigo director do trissemanário desportivo (segundas, quartas e sábados) "Mundo Desportivo" durante os Anos 70 depois substituído na direcção deste jornal ligado ao "Diário de Notícias" por outro Benfiquista (Carlos Carvalho) que também foi director do jornal "O Benfica", o 7.º director - não contando com mais três interinos - enquanto Boavida Portugal foi o 12.º ou 16.º contando com quatro interinos. J. M. Boavida Portugal dirigiu o nosso semanário durante 195 números. Logo pouco depois da publicação do primeiro número da sua responsabilidade (29 de Junho de 1982) conseguiu entre 30 de Novembro de 1982 (n.º 2083) e 1 de Março de 1983 (n.º 2106) publicar com regularidade edições com fotografias a cores, cessando essa publicação ao número 2106 por onerar muito as contas do Jornal. Só em 1987 (3 de Junho, já com a direcção de João Loureiro) o jornal regressou à utilização de fotografias a cores. Entretanto, em 22 de Maio de 1985 (n.º 2222) houve mudança de visual na primeira página, o que fez com que eu levasse algum tempo a adaptar-me! Foi com este "cabeçalho" que se deu a notícia de uma das maiores enchentes de sempre (e para sempre) na Saudosa Catedral: mais de 110 mil pessoas, em 5 de Janeiro de 1986. Um ano depois haveria outra...ainda maior!



Paulino Gomes Júnior (V)
Pela quinta vez na direcção de "O Benfica" além da habitual alteração do "cabeçalho" (sempre à sua maneira) o «Director dos directores do Semanário "O Benfica"» trouxe pouca inovação. Aliás este foi o período (apenas 54 edições) menos longo dos quatro "regressos" como director, o segundo cargo mais importante no Clube como ele escrevia, depois dos três presidentes - Assembleia Geral, Direcção e Conselho Fiscal - eleitos para os três Órgãos Sociais. Quando se publicou o último número (2319) com a sua direcção (1 de Abril de 1987) encerrava-se uma página dourada debruada a vermelho garrido na Gloriosa História. Dirigira 819 edições (das 2319) repartidas por cinco períodos: 40 + 531 + 58 + 136 + 54. Até sempre, enorme Paulino Gomes Júnior e esse modo muito próprio de "Ser Benfiquista".



Em 4 de Janeiro de 1987 a maior enchente de sempre para presenciar um jogo de futebol em Portugal. Que foram 135 mil, mais 13 por cento que a lotação oficial. Recordemos duas circunstâncias que permitem tornar este número verosímil. Primeira. Nesse tempo o "novo" Terceiro Anel ainda estava "nu" em betão e o antigo em blocos de calcário, ou seja, sem aquilo que depois foi reduzindo a lotação oficial de 120 mil pessoas para pouco mais de 95 mil. Os dois marcadores electrónicos não existiam, nem as cadeiras de plástico ultrapassavam dez mil - um sector na bancada central e os cativos no segundo anel - seis sectores - do lado do Terceiro Anel antigo - depois ampliados com as cadeiras de plástico vermelhas a dominarem a partir do início da década de 90, nem os camarotes empresa e para a comunicação social existiam, pois foram construídos em cima do "novo" segundo anel para o estádio receber o campeonato mundial de sub-20 em 1991. Ora sendo a lotação aproximada, no Verão de 1991, de 98 mil pessoas nunca poderiam estar 135 mil na final desse Mundial como se diz erradamente "fazendo as contas" como se o estádio continuasse com a lotação de 120 mil. Um estádio suportar mais 13 por cento da lotação é possível, agora suportar mais 36 por cento é impossível. Passar de 98 mil para 135 mil só foi dito e continua a insistir-se nesse número para provocar espanto. Segunda. Os estádios antes da modernização devido ao Euro 2004 estavam muitas vezes sobrelotados não pelas "borlas" que seriam uma ou duas centenas mas porque era permitido um associado fazer-se acompanhar por um menor até aos 14 anos que estava isento de pagar ingresso. Eram estes acompanhantes que sobrelotavam os estádios. Eu tinha um princípio. Quando algum menor me vinha pedir para entrar na minha companhia eu tinha já um procedimento instituído. Se o jogo fosse de lotação esgotada recusava (e eram sempre mais a pedir). Se o jogo fosse de menor expressão, sabendo que havia muitos lugares vagos, acedia. É evidente que nestes jogos os pedidos rareavam...    


Terminou o sonho de uma geração vai começar o de outra...

Alberto Miguéns


2 comentários
  1. Comprei alguns destes números de O Benfica. Era um jornal muito bem organizado que lia com prazer na minha meninice Benfiquista. Foi de grande influência e fundamental para perceber o nosso Clube. Saudades.

    Mais um óptimo texto. Obrigado.

    ResponderEliminar
  2. A técnica goebbelziana do escroque
    O escroque, o criminoso Marquês Non Solvente, do Futebol Clube da Fruta gerido pelo Puto da Camorra, há meses que divulga o que chama emails, que mais não é do que informação roubada ao Benfica. Escrevendo ou falando, o escroque comete crime passível de imediata detenção por flagrante delito, fazendo uso público de correspondência privada. Que técnica usa o escroque? É primária: suponhamos que o fulano A escreveu um email para o fulano B comentando que o árbitro C é favorável ao Futebol Clube da Fruta. E o fulano A acrescenta: Temos de estar atentos, olha, o número de telefone do tipo é este (...). De imediato, extrapolando abusivamente ad populum, o escroque da barba por fazer e das falácias semanais diz ou escreve isto: Aqui está o polvo vermelho em acção, se o A fornece o número de telefone era para quê? Vê-se bem que era para condicionar o árbitro. E se o árbitro não subiu de categoria, a conclusão do escroque é simples: Evidentemente porque foi condicionado. E melodramático, conclusivo, sai-se com esta tirada: Estamos perante o maior escândalo de sempre do futebol português. Ora, nenhum árbitro foi condicionado ou ameaçado pelo Benfica (na história suja do Clube da Fruta isso foi e está de novo a ser norma), nenhuma prova existe das tiradas insolventeanas. Desta maneira, o escroque vai intoxicando a plateia com a primária técnica goebbelsiana: uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.
    https://oubenficaouracha.blogspot.com/2017/12/a-tecnica-goebbelziana-do-escroque.html

    ResponderEliminar

Artigos Aleatórios

Apoio de: