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30 setembro 2017

Do Elástico ao Fio da Navalha

30 setembro 2017 0 Comentários
AQUANDO DO SORTEIO IMAGINEI ESTA 8.ª JORNADA COMO A DA DESCOLAGEM.



Com mais ou menos pontos acreditava, no passado Julho, que o Tetracampeão nacional ficaria isolado - aproveitando o "Clássico das Riscas" - no topo da classificação geral, destino final do P3N7A.

O Benfica no elástico
As sete jornadas iniciais no campeonato nacional não permitem aproveitar na plenitude o próximo jogo entre o Sporting CP e o FC Porto. E deviam permitir. O Benfica já esteve a cinco pontos do Sporting CP, mas está a três. Terá que fazer o mesmo com o FC Porto. Está a cinco e urge reduzir. Chegar-se à frente para, depois, nos confrontos directos ultrapassar esses dois clubes. Não pode correr o risco de colocar-se no «fio da navalha» como está a ocorrer com a participação na Liga dos Campeões.

Não podendo acreditar nos resultados intermédios (por impossibilidade)
Acredito no resultado final. O Benfica renovará pela quinta edição consecutiva (37.ª vez no total) o título de campeão nacional. Será mais difícil do que pensava, há três meses, mas ainda assim possível. O caminho está é muito estreito. E tudo dependerá da indispensável vitória na Madeira. Aí, sim, se o "Glorioso" não vencer inverte-se a perspectiva pessoal. O tudo por tudo, bem sucedido, no Funchal continuará a alimentar o "Sonho de Maio" em 2018.

Em meados de Agosto
Já antevia dificuldades perante a organização do plantel, mas a visão do adepto é sempre do lado de fora. Quem está por dentro - dirigentes e técnicos - tem mais informação. Se tiveram competência para conquistar o que está conquistado, sem favores, nem tráfico de influências - apenas com esforço e competência - sabem o que estão a fazer. A ideia que ficou era de que a diferença entre o "Glorioso" e os rivais era tanta, em 2016/17, que mesmo com um plantel de menor capacidade, em 2017/18, seria possível ser campeão nacional.

Acentuaram-se os problemas
As sete jornadas iniciais mostram que o Benfica passa por dificuldades que certamente não estavam previstas. Por isso este domingo já é tão decisivo ainda numa fase precoce (menos de 25 por cento do total de jornadas) do campeonato nacional. A cinco pontos da liderança e a três do segundo lugar qualquer resultado que não seja somar três pontos no Funchal é começar a "correr por fora". A ficar muito dependente, ainda que continuem a faltar as duas jornadas com o SCP e o FCP. A prova que tudo está ainda no início.

Não se conquistam, nem perdem campeonatos de 34 jornadas na 7.ª ronda
Mas podem começar a perdê-los ou a vencê-los pela oitava...Uma vitória frente ao CS Marítimo permitirá, sempre, ao Benfica colar-se aos rivais. Se empatarem o FC Porto ficará a três pontos, ou seja, ao alcance de uma vitória do "Glorioso" no terreno do FCP, em 1 de Dezembro. O SCP passará a ter apenas um ponto de avanço. Qualquer outro resultado - vitória de um deles - permitirá renovar a esperança. Mas sempre com três pontos conquistados no estádio do CS Marítimo. O empate (mesmo que o "Clássico das Riscas" termine empatado) será insuficiente porque adia a recuperação de pontos numa jornada que é favorável ao Benfica por poder beneficiar do confronto entre os dois primeiros classificados.  

O Benfica tem o melhor plantel
Mas não está a conseguir aproveitá-lo o que não quer dizer que no final seja assim. Com sete jogos há dificuldades evidentes, com 34 é possível chegar ao desejado triunfo na competição.

O "Glorioso" no fio da navalha
A classificação do Benfica na Liga dos Campeões é catastrófica. Duas derrotas frente aos adversários dos potes 4 (na "Catedral") e 3 (de goleada na Suíça). Os dois jogos frente ao adversário mais poderoso, vindo de Manchester, vai traçar o destino final. 

Taça da Liga/Taça de Portugal
Que a entrada tímida na primeira competição (a mais recente do futebol português) não se repita na segunda, a mais antiga do calendário a nível nacional. A ida a Olhão terá de ser afirmativa até porque é o início de um ciclo de jogos fundamentais para perceber até onde poderá chegar o "Glorioso".

Confiança em quem (dirigentes e treinador) nos trouxe até aqui
Se conseguiram conquistar um, dois, três e depois quatro títulos, certamente sabem como triunfar no quinto consecutivo. O SLB "um dia" vai deixar de ser campeão, mas face ao «avanço organizacional» em relação aos rivais seria "catastrófico" não ser campeão esta temporada desperdiçando uma ocasião ímpar na Gloriosa História. Até acredito que 2017/18 ainda não será a "véspera" da temporada em que o "Glorioso" deixará de ser campeão nacional. Confiança nos responsáveis. Que não desiludem quem iludiram. Ser Penta (e até Hexa) é um imperativo face à facilidade com que somos superiores aos rivais. Que isso se traduza em campo e nos resultados. Nem que seja aguentar no limite até meados de Dezembro e depois fazer os reajustamentos, em Janeiro, necessários para terminar em beleza. O "pé-de-meia" (Guedes, Ederson, Lindelöf, Semedo e Mitroglou) conseguido em 2017 permite sonhar com isso.

Acorda, Benfica!


Alberto Miguéns

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