AQUANDO DO SORTEIO IMAGINEI ESTA 8.ª JORNADA COMO
A DA DESCOLAGEM.
Com mais ou menos pontos acreditava, no passado Julho, que o
Tetracampeão nacional ficaria isolado - aproveitando o "Clássico das
Riscas" - no topo da classificação geral, destino final do P3N7A.
O Benfica
no elástico
As sete jornadas iniciais no campeonato nacional não permitem
aproveitar na plenitude o próximo jogo entre o Sporting CP e o FC Porto. E
deviam permitir. O Benfica já esteve a cinco pontos do Sporting CP, mas está a três. Terá que fazer o mesmo com o FC Porto. Está a cinco e urge reduzir. Chegar-se à frente para, depois, nos confrontos directos ultrapassar esses dois clubes. Não pode correr o risco de colocar-se no «fio da navalha» como está a ocorrer com a participação na Liga dos Campeões.
Não podendo acreditar nos resultados intermédios (por impossibilidade)
Acredito no resultado final. O Benfica renovará pela quinta edição
consecutiva (37.ª vez no total) o título de campeão nacional. Será mais difícil
do que pensava, há três meses, mas ainda assim possível. O caminho está é muito
estreito. E tudo dependerá da indispensável vitória na Madeira. Aí, sim, se o
"Glorioso" não vencer inverte-se a perspectiva pessoal. O tudo por
tudo, bem sucedido, no Funchal continuará a alimentar o "Sonho de
Maio" em 2018.
Em meados
de Agosto
Já antevia dificuldades perante a organização do plantel, mas a
visão do adepto é sempre do lado de fora. Quem está por dentro - dirigentes e
técnicos - tem mais informação. Se tiveram competência para conquistar o que
está conquistado, sem favores, nem tráfico de influências - apenas com esforço
e competência - sabem o que estão a fazer. A ideia que ficou era de que a
diferença entre o "Glorioso" e os rivais era tanta, em 2016/17, que
mesmo com um plantel de menor capacidade, em 2017/18, seria possível ser
campeão nacional.
Acentuaram-se
os problemas
As sete jornadas iniciais mostram que o Benfica passa por
dificuldades que certamente não estavam previstas. Por isso este domingo já é
tão decisivo ainda numa fase precoce (menos de 25 por cento do total de
jornadas) do campeonato nacional. A cinco pontos da liderança e a três do
segundo lugar qualquer resultado que não seja somar três pontos no Funchal é
começar a "correr por fora". A ficar muito dependente, ainda que
continuem a faltar as duas jornadas com o SCP e o FCP. A prova que tudo está
ainda no início.
Não se
conquistam, nem perdem campeonatos de 34 jornadas na 7.ª ronda
Mas podem começar a perdê-los ou a vencê-los pela oitava...Uma
vitória frente ao CS Marítimo permitirá, sempre, ao Benfica colar-se aos
rivais. Se empatarem o FC Porto ficará a três pontos, ou seja, ao alcance de
uma vitória do "Glorioso" no terreno do FCP, em 1 de Dezembro. O SCP
passará a ter apenas um ponto de avanço. Qualquer outro resultado - vitória de
um deles - permitirá renovar a esperança. Mas sempre com três pontos conquistados
no estádio do CS Marítimo. O empate (mesmo que o "Clássico das
Riscas" termine empatado) será insuficiente porque adia a recuperação de
pontos numa jornada que é favorável ao Benfica por poder beneficiar do
confronto entre os dois primeiros classificados.
O Benfica
tem o melhor plantel
Mas não está a conseguir aproveitá-lo o que não quer dizer que no
final seja assim. Com sete jogos há dificuldades evidentes, com 34 é possível
chegar ao desejado triunfo na competição.
O
"Glorioso" no fio da navalha
A classificação do Benfica na Liga dos Campeões é catastrófica.
Duas derrotas frente aos adversários dos potes 4 (na "Catedral") e 3
(de goleada na Suíça). Os dois jogos frente ao adversário mais poderoso, vindo
de Manchester, vai traçar o destino final.
Taça da
Liga/Taça de Portugal
Que a entrada tímida na primeira competição (a mais recente do
futebol português) não se repita na segunda, a mais antiga do calendário a
nível nacional. A ida a Olhão terá de ser afirmativa até porque é o início de
um ciclo de jogos fundamentais para perceber até onde poderá chegar o "Glorioso".
Confiança
em quem (dirigentes e treinador) nos trouxe até aqui
Se conseguiram conquistar um, dois, três e depois quatro títulos,
certamente sabem como triunfar no quinto consecutivo. O SLB "um dia"
vai deixar de ser campeão, mas face ao «avanço organizacional» em relação aos
rivais seria "catastrófico" não ser campeão esta temporada
desperdiçando uma ocasião ímpar na Gloriosa História. Até acredito que 2017/18
ainda não será a "véspera" da temporada em que o "Glorioso"
deixará de ser campeão nacional. Confiança nos responsáveis. Que não desiludem
quem iludiram. Ser Penta (e até Hexa) é um imperativo face à facilidade com que
somos superiores aos rivais. Que isso se traduza em campo e nos resultados. Nem
que seja aguentar no limite até meados de Dezembro e depois fazer os
reajustamentos, em Janeiro, necessários para terminar em beleza. O
"pé-de-meia" (Guedes, Ederson, Lindelöf, Semedo e Mitroglou)
conseguido em 2017 permite sonhar com isso.
Acorda, Benfica!
Alberto Miguéns