Conquistando, pela primeira vez, o prestigiado Troféu Ramón de Carranza que fez disputar, em 1 de Setembro de 1963, a final da 9.ª edição. Em 1971 (17.ª edição) foi conquistado o segundo.
O "Glorioso"
participou, em 1963, pela primeira vez. E conquistou o troféu na estreia
Tirando destas contas o vencedor óbvio da primeira edição (Sevilha
FC), os restantes vencedores foram o Real Madrid CF (logo na estreia, em 1958,
na IV edição) e o FC Barcelona (na segunda participação, em 1961, na VII
edição) depois da estreia em 1959
(finalista frente ao Real Madrid CF, numa derrota por 3-4).
Entrar a
arrasar em 1963 e depois em 1964 (meias-finais)
E é de notar que o Benfica, na edição seguinte, em 1964, foi o
primeiro clube a derrotar o Real Madrid CF no troféu Rámon de Carranza. Foi em
29 de Agosto, com 2-1. E o Real Madrid CF na quarta participação foi
"obrigado" a jogar para o 3.º lugar. O Benfica em cinco participações
foi sempre primeiro (1963 e 1971) e segundo (1964, 1965 e 1972).
OS CLUBES
QUE PARTICIPARAM NAS NOVE EDIÇÕES DO TROFÉU, ENTRE 1955 e 1963
Clube
|
R
|
P
|
T
|
J
|
V
|
E
|
D
|
GM
|
GS
|
|
SL BENFICA
|
POR
|
100
|
1
|
1
|
2
|
2
|
-
|
-
|
10
|
5
|
Real Madrid CF
|
ESP
|
100
|
3
|
3
|
6
|
6
|
-
|
-
|
23
|
10
|
Sevilha FC
|
ESP
|
83
|
4
|
3
|
6
|
5
|
-
|
1
|
14
|
9
|
FC Barcelona
|
ESP
|
71
|
4
|
2
|
8
|
5
|
1
|
2
|
21
|
15
|
Real Saragoça
|
ESP
|
67
|
1
|
-
|
2
|
1
|
1
|
-
|
5
|
3
|
Athletic Club (Bilbau)
|
ESP
|
50
|
2
|
-
|
4
|
2
|
-
|
2
|
5
|
9
|
Wiener SC
|
ÁUS
|
50
|
1
|
-
|
2
|
1
|
-
|
1
|
4
|
5
|
AS Roma
|
ITÁ
|
50
|
1
|
-
|
2
|
-
|
-
|
2
|
1
|
3
|
AC Milan
|
ITÁ
|
50
|
1
|
-
|
2
|
1
|
-
|
1
|
6
|
8
|
Stade de Reims
|
FRA
|
50
|
1
|
-
|
2
|
1
|
-
|
1
|
5
|
3
|
CA River Plate
|
ARG
|
50
|
1
|
-
|
2
|
1
|
-
|
1
|
1
|
2
|
CA Peñarol
|
URU
|
50
|
1
|
-
|
2
|
1
|
-
|
1
|
3
|
3
|
FC Inter Milão
|
ITÁ
|
50
|
1
|
-
|
2
|
1
|
-
|
1
|
3
|
4
|
ACF Fiorentina
|
ITÁ
|
50
|
1
|
-
|
2
|
1
|
-
|
1
|
6
|
9
|
Atlético CP
|
POR
|
00
|
1
|
-
|
1
|
-
|
-
|
1
|
1
|
2
|
CF "Os
Belenenses"
|
POR
|
00
|
1
|
-
|
1
|
-
|
-
|
1
|
3
|
4
|
Racing Club Paris
|
FRA
|
00
|
1
|
-
|
1
|
-
|
-
|
1
|
1
|
2
|
Standard Club Liége
|
BÉL
|
00
|
1
|
-
|
2
|
-
|
-
|
2
|
5
|
7
|
Eintracht Francforte
|
RFA
|
00
|
1
|
-
|
2
|
-
|
-
|
2
|
2
|
6
|
CA San Lorenzo (Almagro)
|
ARG
|
00
|
1
|
-
|
2
|
-
|
-
|
2
|
2
|
4
|
Valência CF
|
ESP
|
00
|
1
|
-
|
2
|
-
|
-
|
2
|
3
|
7
|
Clube Atlético Madrid
|
ESP
|
00
|
2
|
-
|
3
|
-
|
-
|
3
|
2
|
6
|
NOTA: R - Rendimento (percentagem com base no seguinte: 3 pontos
por vitória; 2 pontos por vitória no desempate; 1 ponto por empate com derrota
no desempate); P - Participações; T - Troféus conquistados (o que realmente
conta)
Como era
habitual a 9.ª edição, em 1963, foi gigante em clubes participantes
Grandes emblemas do Futebol Mundial em presença e confronto. Foi
uma edição escolhida para "europeizar" Cádis com vencedores das três
competições europeias que caminhavam ainda nas primeiras edições. A iniciar
1963/64 depois de 1962/63 em grande. O FC Barcelona conquistou a Taça de
Espanha e era Bi-vencedor do torneio de Cádis. O SL Benfica era Tri-finalista
na Taça dos Clubes Campeões Europeus e Campeão Nacional.
Meias-finais
Ambos os jogos resolvidos "à justa" por 3-2. O Benfica repetiu o resultado de Berna, frente ao FC Barcelona. A ACF Fiorentina necessitou de prolongamento frente ao Valência CF para afastar, por 3-2. E eis uma final Benfica- ACF Fiorentina. Em Cádis, no Sul de Espanha.
Terceiro
lugar
O poderoso FC Barcelona (então castelhenizado como CF Barcelona) "despachou", por 4-1, o Valência CF.
Final
Ainda na actualidade histórica. Vitória por 7-3, com 3-3 aos 90 minutos e depois 3-0, em 30 minutos! A meia-hora de prolongamento "mais louca" na Gloriosa História.
Repito o
que disse para a edição em 1971. A Supertaça portuguesa ou a Taça da Liga
«Ao pé» deste torneio, entre os anos 60 a a década de 80, é brincadeira!
Recordes, recordes e mais recordes
É a final (em 63) com mais golos...dez! E é a final em que o vencedor marcou mais golos...sete! E José Torres com quatro golos ainda é o futebolista que marcou mais vezes no jogo decisivo. E apenas Di Stéfano, na meia-final, em 1959, na 5.ª edição (Real Madrid CF, 6 - AC Milan, 3) o superou com cinco. Mas numa meia-final. O mágico Di Stéfano numa final nunca fez mais que um golo, embora duas vezes (1958 e 1959). Até 2001 (47.ª edição) o Benfica, com quatro golos, detinha a maior diferença de golos num jogo (e logo numa final) em Cádis. Só o Real Bétis (Sevilha), 6 - Málaga CF, 1, ultrapassou com cinco golos a marca do "Glorioso".
O Benfica é assim!
Alberto Miguéns
NOTA FINAL: Ao contrário daquilo que está escrito na Wikipédia
(clicar) e pode ser contabilizado na RSSSF.com (clicar).
Eusébio com 9
golos é o melhor marcador em toda a história do torneio, ou seja, nas 63
edições, entre 1955 e 2017. Segue-se Gento (Real Madrid CF) com oito golos,
Puskas e Di Stéfano têm sete ou oito. Isto porque há publicações espanholas que
atribuem o mesmo golo a um ou ao outro. Mas seja como for um deles terá sete e
o outro oito. Como hoje já há texto e números que chegam, a justificação desta
correcção (com digitalizações de jornais de Espanha) fica para "segundas
núpcias", ou seja, para a comemoração da conquista do
"Primeiro", em 1 de Setembro, mas lá para o meio-dia!
O troféu Ramon Carranza é uma peça fascinante quer visualmente quer pelo que representa
ResponderEliminarA peça por si só é fascinante. Linda mesmo. A visão de perto dos dois troféus expostos no nosso Museu vale a visita.
Depois representa a conquista de uma competição para os quais foram nas décadas 60 e 70 fora convidados grandes Clubes. E claro, o Sport Lisboa e Benfica tinha de constar entre os convidados e entre os vencedores. E claro, Eusébio teria de estar em lugar de saliência. Não sabia que era o melhor marcador mas não espanta. Génio absoluto, pantera negra que tanto nos orgulhou e que tanto carinho merece de todos os Benfiquistas.
Um orgulho imenso ler estes textos das nobres e vencedoras participações do Glorioso nesse troféu mítico.
Obrigado!