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01 setembro 2017

Cádis 1963: Espanto e Recordes

01 setembro 2017 1 Comentários
HÁ 54 ANOS O BENFICA DESLUMBROU NO SUL DE ESPANHA.



Conquistando, pela primeira vez, o prestigiado Troféu Ramón de Carranza que fez disputar, em 1 de Setembro de 1963, a final da 9.ª edição. Em 1971 (17.ª edição) foi conquistado o segundo.


O "Glorioso" participou, em 1963, pela primeira vez. E conquistou o troféu na estreia
Tirando destas contas o vencedor óbvio da primeira edição (Sevilha FC), os restantes vencedores foram o Real Madrid CF (logo na estreia, em 1958, na IV edição) e o FC Barcelona (na segunda participação, em 1961, na VII edição) depois da estreia em  1959 (finalista frente ao Real Madrid CF, numa derrota por 3-4).

Entrar a arrasar em 1963 e depois em 1964 (meias-finais)
E é de notar que o Benfica, na edição seguinte, em 1964, foi o primeiro clube a derrotar o Real Madrid CF no troféu Rámon de Carranza. Foi em 29 de Agosto, com 2-1. E o Real Madrid CF na quarta participação foi "obrigado" a jogar para o 3.º lugar. O Benfica em cinco participações foi sempre primeiro (1963 e 1971) e segundo (1964, 1965 e 1972).

OS CLUBES QUE PARTICIPARAM NAS NOVE EDIÇÕES DO TROFÉU, ENTRE 1955 e 1963
Clube
R
P
T
J
V
E
D
GM
GS
SL BENFICA
POR
100
1
1
2
2
-
-
10
5
Real Madrid CF
ESP
100
3
3
6
6
-
-
23
10
Sevilha FC
ESP
83
4
3
6
5
-
1
14
9
FC Barcelona
ESP
71
4
2
8
5
1
2
21
15
Real Saragoça
ESP
67
1
-
2
1
1
-
5
3
Athletic Club (Bilbau)
ESP
50
2
-
4
2
-
2
5
9
Wiener SC
ÁUS
50
1
-
2
1
-
1
4
5
AS Roma
ITÁ
50
1
-
2
-
-
2
1
3
AC Milan
ITÁ
50
1
-
2
1
-
1
6
8
Stade de Reims
FRA
50
1
-
2
1
-
1
5
3
CA River Plate
ARG
50
1
-
2
1
-
1
1
2
CA Peñarol
URU
50
1
-
2
1
-
1
3
3
FC Inter Milão
ITÁ
50
1
-
2
1
-
1
3
4
ACF Fiorentina
ITÁ
50
1
-
2
1
-
1
6
9
Atlético CP
POR
00
1
-
1
-
-
1
1
2
CF "Os Belenenses"
POR
00
1
-
1
-
-
1
3
4
Racing Club Paris
FRA
00
1
-
1
-
-
1
1
2
Standard Club Liége
BÉL
00
1
-
2
-
-
2
5
7
Eintracht Francforte
RFA
00
1
-
2
-
-
2
2
6
CA San Lorenzo (Almagro)
ARG
00
1
-
2
-
-
2
2
4
Valência CF
ESP
00
1
-
2
-
-
2
3
7
Clube Atlético Madrid
ESP
00
2
-
3
-
-
3
2
6
NOTA: R - Rendimento (percentagem com base no seguinte: 3 pontos por vitória; 2 pontos por vitória no desempate; 1 ponto por empate com derrota no desempate); P - Participações; T - Troféus conquistados (o que realmente conta)


Como era habitual a 9.ª edição, em 1963, foi gigante em clubes participantes
Grandes emblemas do Futebol Mundial em presença e confronto. Foi uma edição escolhida para "europeizar" Cádis com vencedores das três competições europeias que caminhavam ainda nas primeiras edições. A iniciar 1963/64 depois de 1962/63 em grande. O FC Barcelona conquistou a Taça de Espanha e era Bi-vencedor do torneio de Cádis. O SL Benfica era Tri-finalista na Taça dos Clubes Campeões Europeus e Campeão Nacional.



Meias-finais
Ambos os jogos resolvidos "à justa" por 3-2. O Benfica repetiu o resultado de Berna, frente ao FC Barcelona. A ACF Fiorentina necessitou de prolongamento frente ao Valência CF para afastar, por 3-2. E eis uma final Benfica- ACF Fiorentina. Em Cádis, no Sul de Espanha.



Terceiro lugar
O poderoso FC Barcelona (então castelhenizado como CF Barcelona) "despachou", por 4-1, o Valência CF.



Final
Ainda na actualidade histórica. Vitória por 7-3, com 3-3 aos 90 minutos e depois 3-0, em 30 minutos! A meia-hora de prolongamento "mais louca" na Gloriosa História.




Repito o que disse para a edição em 1971. A Supertaça portuguesa ou a Taça da Liga
«Ao pé» deste torneio, entre os anos 60 a a década de 80, é brincadeira!

Recordes, recordes e mais recordes
É a final (em 63) com mais golos...dez! E é a final em que o vencedor marcou mais golos...sete! E José Torres com quatro golos ainda é o futebolista que marcou mais vezes no jogo decisivo. E apenas Di Stéfano, na meia-final, em 1959, na 5.ª edição (Real Madrid CF, 6 - AC Milan, 3) o superou com cinco. Mas numa meia-final. O mágico Di Stéfano numa final nunca fez mais que um golo, embora duas vezes (1958 e 1959). Até 2001 (47.ª edição) o Benfica, com quatro golos, detinha a maior diferença de golos num jogo (e logo numa final) em Cádis. Só o Real Bétis (Sevilha), 6 - Málaga CF, 1, ultrapassou com cinco golos a marca do "Glorioso".



O Benfica é assim!

Alberto Miguéns

NOTA FINAL: Ao contrário daquilo que está escrito na Wikipédia (clicar) e pode ser contabilizado na RSSSF.com (clicar).

Eusébio com 9 golos é o melhor marcador em toda a história do torneio, ou seja, nas 63 edições, entre 1955 e 2017. Segue-se Gento (Real Madrid CF) com oito golos, Puskas e Di Stéfano têm sete ou oito. Isto porque há publicações espanholas que atribuem o mesmo golo a um ou ao outro. Mas seja como for um deles terá sete e o outro oito. Como hoje já há texto e números que chegam, a justificação desta correcção (com digitalizações de jornais de Espanha) fica para "segundas núpcias", ou seja, para a comemoração da conquista do "Primeiro", em 1 de Setembro, mas lá para o meio-dia! 
1 comentários
  1. O troféu Ramon Carranza é uma peça fascinante quer visualmente quer pelo que representa
    A peça por si só é fascinante. Linda mesmo. A visão de perto dos dois troféus expostos no nosso Museu vale a visita.
    Depois representa a conquista de uma competição para os quais foram nas décadas 60 e 70 fora convidados grandes Clubes. E claro, o Sport Lisboa e Benfica tinha de constar entre os convidados e entre os vencedores. E claro, Eusébio teria de estar em lugar de saliência. Não sabia que era o melhor marcador mas não espanta. Génio absoluto, pantera negra que tanto nos orgulhou e que tanto carinho merece de todos os Benfiquistas.
    Um orgulho imenso ler estes textos das nobres e vencedoras participações do Glorioso nesse troféu mítico.
    Obrigado!

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