É verdade. Mas ainda bem que é assim! Isso é a prova que - mesmo que não o assumam - percebem que o Benfica é o melhor clube. Aquele que mais têm de respeitar para tentar não perder ou aproveitar um dia em que o "Glorioso" esteja menos inspirado.
Por isso as conquistas do Benfica são sempre conseguidas mostrando capacidade de superação.
Espero que no próximo jogo o CS Marítimo faça o melhor jogo da temporada. Como se fosse o último das suas vidas. E que o Benfica responda de igual modo. Se tal acontecer as probabilidades de uma Gloriosa Vitória será muito elevada. A maior categoria e classe dos nossos futebolistas fará a diferença. Com a mesma atitude, previsível, dos futebolistas do adversário de sexta-feira o Benfica passará a somar 71 pontos.
Nós podemos dizer - e demonstrar com factos e números - que mesmo partindo do pressuposto que os "clubes não se medem aos palmos" o Benfica é a referência do Futebol português. Mas é a atitude de empolgamento dos adversários que demonstra na prática que não somos só nós a pensar isso. Eles consideram-nos os melhores. Temos de ver na dificuldade dos jogos um factor positivo - reconhecem a nossa grandeza - e temos de responder com a nossa classe, derrotando-os. Um a um até à(s) conquista(s) final/finais.
O contrário preocupava-me. Era sinal de pequenez e não se encaixava em sermos gloriosos. Venham com tudo. Já não digo com todos, pois não estando o "Glorioso" imune a lesões para mim quanto mais dificuldades tiver o adversário em formar a equipa melhor. Faz parte da lógica do Futebol sendo este um jogo físico. Mas venham jogar connosco com raça e lealdade. Toda a que tiverem. Mostraremos que somos melhores.
Macarrão dizia, nos anos 90, que quando, ainda muito novo, se iniciou no Benfica vindo de Lagos, em finais dos anos 30, lembrava-se de na cabina, antes dos jogos se iniciarem, entoar - mesmo em surdina o Hino que pela melodia se presta a isso e de ouvir Joaquim Bogalho - então apenas dirigente da Direcções ou da Secção de Futebol - "praxar" os novatos perguntando-lhes:
«Com quem vamos jogar?»
Senhor Bogalho, com o FC Famalicão (ou outro clube similar).
«Não! Vamos jogar com quem jogámos a semana passada!»
Senhor Bogalho foi com o Sporting mas eu não joguei!
«Nada disso! O adversário da semana passada é o mesmo desta e vai ser o mesmo na próxima! Vamos jogar frente ao "Contra-o-Benfica"! Mudam os jogadores e as cores dos equipamentos mas o grau de dificuldade vai ser o mesmo! Eles vão esfarrapar-se todos para nos ganhar. Tu representas o Benfica! Tens de lhes ganhar. Pensa que será tão difícil hoje, como foi há uma semana e como vai ser na próxima. Não ligues ao nome do adversário nem aos nomes dos jogadores. Liga é à vitória que o Benfica terá de conseguir com o teu contributo!»
Entrevista a Saraiva por Couto e Santos, publicada na página 5 do jornal "Mundo Desportivo", em 6 de Janeiro de 1960, completa em (clicar) |
Não sei quando começou - em que década - esta ideia de os adversários apresentarem-se sempre empolgados frente ao Benfica. Nos anos 30 já existia.
Ainda bem que é assim. Temos é de saber responder-lhes na mesma "moeda". Quando o conseguimos ficamos sempre mais perto do êxito.
O sucesso do Benfica está em superar as dificuldades e não em estenderem-lhe uma passadeira ou os dirigentes do SLB procurarem meios para facilitar as conquistas. Por isso o "Glorioso" tornou-se um clube respeitado e uma referência do Futebol Mundial. Muito para além de Portugal.
Carrega Benfica!
Alberto Miguéns
Mudam os tempos e mantém-se o "Contra o Benfica! Mudam os tempos mas o Benfica mantém-se Campeão.
ResponderEliminarDói-lhes tanto por sermos os melhores. E isso nos dá tanto orgulho. E isso nos envaidece.
Penso que isso advém do ambiente nos jogos com o Benfica: em casa ou fora é com o Benfica que os estádios estão mais cheios e há mais entusiasmo. Cada jogo contra nós parece por isso uma final. Com diferenças entre as épocas, já era assim há 80 anos.
ResponderEliminarJá digo há uns tempos que quem joga no Benfica tem de jogar o triplo. Tem de jogar contra o adversário, contra os outros e contra o Inferno da Luz. Se não tem estaleca...
ResponderEliminarNão é só isso.Na primeira volta, as equipas contra a nossa duram até aos 60, 70 minutos, depois o cansaço impera por causa do esquema de jogo e classe superior de nossos jogadores.O Moreirense não quebrou.Jogaram até ao fim, sem caíbras sem nada. Não acho normal nesta altura do campeonato tal resistência física.
ResponderEliminar