Depois de algumas semanas conturbadas, em que as
lesões foram (infelizmente) sendo o pão nosso de cada dia, parece que agora o
Benfica encontrou o caminho. Vitórias sólidas – apesar de o triunfo de ontem
ter sido melhor pelo resultado, do que propriamente pela exibição, sobretudo no
primeiro tempo – vão mantendo o Glorioso na liderança do Campeonato. E com o
estatuto de única equipa invencível.
Logicamente,
este fator é relativo. Relembre-mos que, por exemplo, o Sporting o ano passado
foi a equipa com menos derrotas na Liga- apenas duas, com União e Benfica,
precisamente - e não logrou vencer o título (felizmente para nós!). Portanto,
como sempre, o Benfica é o alvo a abater. É o clube que desperta as maiores
paixões e, como tal, também os ódios mais exacerbados.
Aquilo
de que gostei no jogo de ontem foi da vitória. É isso que interessa no futebol e
no Sport Lisboa e Benfica. Claro que aquela primeira parte foi inadmissível.
Também por mérito do Chaves, obviamente. Mas o Benfica foi pouco intenso e
esclarecido. E a arbitragem também não ajudou ao anular um golo limpíssimo a
Mitroglou e ao não mostrar cartões amarelos aos transmontanos por entradas bem
duras – recorde-se que a Lisandro foi mostrado o primeiro amarelo do jogo na
primeira falta que faz. Mas enfim. Isso só não servia de desculpa.
Objetivamente, o Grupo Desportivo de Chaves jogou melhor que o Glorioso no
primeiro tempo.
Legenda: A festa entre os benfiquistas transmontanos (incluindo Pizzi).
Fotografia retirada de www.observador.pt
Na
segunda parte, as coisas alteraram-se. Obviamente, os visitados perderam o gás
e o Benfica controlou, chegando com naturalidade aos golos. Os campeões, como
se costuma dizer, não se veem nos jogos que jogam bem e vencem; veem-se na capacidade
de obter triunfos precisamente nas partidas em que jogam mal. Penso que ontem
foi o caso. Chamem-lhe a estrelinha. Eu chamo competência.
O
que me apraz, igualmente, é que há muitos jogadores lesionados que são nucleares
nesta equipa. Porém, o Glorioso continua a vencer. Se o Sport Lisboa e Benfica fizer um bom resultado em Itália,
diante do Nápoles, e vencer em casa o Feirense (como é de sua obrigação),
passará este período das seleções com mais tempo para sarar feridas. O que será
bom.
Estamos
no bom caminho. Agora é continuar a trabalhar como se tem feito até aqui: com
humildade e pouco falatório. Vamos, Benfica! Avante!
Assinado:
Palmerston