Escrevo estas singelas palavras depois de duas
vitórias convincentes – talvez uma mais de que outra, certamente. Vamos então
aos factos; isto é, aos números.
Primeiro
diante do Belenenses, um adversário de grande valia e que este ano ainda não
tinha perdido para as competições oficiais. Relembre-se que os azuis do Restelo
somavam, até então, três empates para o Campeonato. Só que os pupilos de
Ricardo Sá Pinto já haviam jogado mais quatro partidas para a Liga Europa; e
nem assim o Belém foi derrotado. Duas vitórias e outros tantos empates. O
Glorioso entrou de rompante, como é seu apanágio (se bem que este ano ainda não
tivesse sido assim tão avassalador). Praticamente aos 15 minutos de jogo a
coisa estava resolvida. Depois foi mais uma hora de enxurrada de futebol, até
que a equipa, obviamente, teve de tirar o pé do acelerador, pois há mais jogos
para fazer em tão pouco espaço de tempo. Esta partida fez-me lembrar a do ano
passado com o Estoril-Praia, onde o placard
foi o mesmo. Quando Anderson Talisca disparou para um belo golo, o 6-0, pensei
cá para mim: “acho que hoje chegamos aos oito golos”. Porém, tal não aconteceu,
mas foi um resultado que permite ao Benfica ter o melhor ataque da Liga.
Legenda: Olha que três!
Fotografia retirada de redpass.blogs.sapo.pt
Ontem,
terça-feira, o desfecho, como escreveu sabiamente Alberto Miguéns, não poderia
ser outro. Se bem que o Astana não fosse um time fraquinho, como muitos
(jocosamente) pintaram. Até criou algumas dificuldades e dentro do modelo de
jogo que apresentou foi honesto e fiel aos seus princípios. Achei o campeão cazaque
bem arrumadinho. Todavia, não posso deixar de referir que o Glorioso não foi
tão rápido no último terço do terreno – na primeira parte, pelo menos – como tem
que ser. E por isso o nulo ao intervalo justificava-se. A segunda parte foi boa
e não há história de maior. Agora é torcer para passarmos o grupo. Com calma e
confiança. Mas sem nunca perder de vista o Campeonato: esse sim, o grande
objetivo.
Nesta
última semana, para além do nosso mágico Nico Gaitán (já não há palavras para
tanta genialidade), destaco as prestações de Mitroglou: confesso que no início
não era fã do género. Mas agora não perde uma bola em apoio frontal. Sabe
jogar. Faz golos. E vai fazer mais, se tudo continuar assim.
Mas,
lá está, não gosto de individualizar. Toda a equipa parece bem. Não tem sofrido tentos e isso é meio caminho andado para se vencer os jogos. Vem aí um
fim-de-semana de fogo. É o grande teste. E espero que tenhamos nota máxima. “Domingo
(ou em qualquer dia) é para ganhar!”.
Assinado:
Palmerston