POR CIMA DA CATEDRAL BRILHAM 102 ESTRELAS NO CÉU
Depois da tentativa da AFL fazer vencedores da Taça de Honra
os que conquistaram o campeonato regional são 102 os futebolistas que por
envergarem o "Manto Sagrado" conseguiram a imortalidade como Campeões
Regionais num Clube Eterno como o "Glorioso" em 41 edições da
competição, entre 1906/07 e 1946/47.
São todas estrelas no Quarto Anel, com a última a brilhar
desde 25 de Novembro de 2012. E que intensidade o brilho de Guilherme Espírito
Santo. Das mais brilhantes do céu: oito títulos com quatro campeonatos
nacionais, três Taças de Portugal e um campeonato regional. Em 14 temporadas,
desde 1936/37 (com 16 anos) até 1949/50: 24 561 minutos em 285 jogos, com 13 a
capitão, e 199 golos! E como ela brilha por cima do Estádio quando joga o
"Glorioso".
102 FUTEBOLISTAS CAMPEÕES REGIONAIS COM O MANTO SAGRADO
Alberto Miguéns
Curioso não fazia ideia que Alberto Rio era o mais titulado. Entrou precocemente para o clube (presumo que já Sport Lisboa e Benfica) e ficou muitos anos. Foi pena a forma como saiu.
ResponderEliminarFala-se muito da saída dos Catataus mas pelo que percebi as saídas de jogadores para a fundação do CF Belenenses e do Casa Pia AC foram também muito penalizadoras. Embora, presumo, ao contrário da crise de 1907 não tenham ameaçado a sobrevivência do clube, terão contribuído significativamente para a escassez de títulos durante a década de 20 (talvez uma das piores da nossa história).
Para o Belenenses saíram homens com muitos anos de clube. Dedicações notáveis como Henrique Costa, Alberto Rio, Francisco Pereira. Não se conta com Artur José Pereira que já tinha desertado há alguns. Talvez já estivessem na fase descendente da sua vida futebolística mas significou uma perda competitiva e de referências. Para o Casa Pia terá sido grave pois presumo terá representado a perda do maior viveiro do clube. E a perda de uma figura de grande e multifacetado futuro como Cândido de Oliveira. Um grande se é aquele que "interroga" se Cândido tem ficado no Benfica... Talvez mais do que Ribeiro dos Reis, Cândido de Oliveira teria sido a figura líder do Benfica no pós-Cosme. Talvez.
Os dois casos merecem-me curiosidade e deve haver muita história associada. Os dois polos fundadores do Benfica desvinculavam-se sequencialmente do clube que já era mais Benfica e menos Sport Lisboa. Perdida o bairrismo de Belém, perdida a referência da Casa Pia deve ter sido desafiante para Cosme e seus pares. E ainda um terceiro e muito importante factor emergiria pouco depois na discussão sobre o futuro do clube: a clivagem entre a visão que defendia e a que rejeitava o profissionalismo. Essa discussão custou-nos a (quase) perda de Cosme Damião.
Esse números que nos apresenta, não são só a tradução da glória Benfiquista e dos seus personagens pioneiros. Esses números, e alguns deles em particular se olhados com olhos de ver, escondem também muitas histórias.
Muito bom. Obrigado.
Saudações Benfiquistas
VJ