HOMENAGEM
Continuamos a evocar, o
Benfiquista e Glória do Clube, Guilherme Espírito Santo falecido no domingo, 25
de Novembro. Que notícia triste.
Titularidade na primeira época, indiscutível na segunda
Depois de se estrear na
equipa principal (20 de Setembro de 1936) e de ser um dos pilares da conquista
do Bicampeonato Nacional em 1936/37 (totalista nas 14 jornadas com 16 golos) a
segunda temporada – 1937/38 - com o “Manto Sagrado” foi arrasadora. O “Glorioso”
jogou 39 encontros, com 3 510 minutos. Guilherme Espírito Santo jogou 37 (3 330
minutos). Apenas esteve ausente em dois encontros, ambos já próximos do final
da temporada: em 1 de Maio de 1938 num jogo particular, no nosso estádio das
Amoreiras, com o Luso FC Barreiro (V 7-1); e em 22 de Maio de 1938 na 2.ª mão
dos oitavos-de-final do Campeonato de Portugal (actual Taça de Portugal) no
empate (1-1) no campo do União Futebol Lisboa, depois de 3-0 na 1.ª mão
(Espírito Santo marcou um golo).
Estreia como internacional aos 18 anos e 29 dias
Depois de tanta qualidade e
quantidade (golos) Guilherme Espírito Santo foi seleccionado para representar
Portugal. A estreia ocorreu, menos de um mês depois de ter completado 18 anos
(a maioridade era aos 21 anos), em 28 de Novembro de 1938, entrando ao
intervalo para uma vitória histórica, por 2-1. A estreia a marcar foi no jogo
seguinte, com a Hungria, em 9 de Janeiro de 1939. Tinha 18 anos, 2 meses e 10 dias.
Nove golos em… 52 minutos
Em 5 de Dezembro de 1938,
há 74 anos, na 8.ª jornada do campeonato regional de Lisboa, o Benfica recebeu,
no Estádio das Amoreiras, a equipa do Casa Pia AC, vencendo por 13-1 com
Espírito Santo a marcar 9 golos, recorde de um futebolista do Benfica num jogo
da equipa principal (se é que no Benfica não são todas equipas principais). E o
Benfica até começou a perder, aos 6 minutos. E só aos 38 minutos conseguiu
empatar, através de Espírito Santo. Depois seguiram-se mais 11 golos, com oito
de Espírito Santo (39’, 49’, 54’, 60’, 82’, 83’, 84’ e 89 minutos. Contava ele
que, um defesa casapiano a meio do segundo tempo questionava porque não parava
ele de marcar a uma equipa onde tinha tantos amigos. Guilherme Espírito Santo
pacatamente, encolheu os ombros dizendo: “Eu nem procuro a bola, elas aparecem-me à
frente!”.
Lá no 4.º anel continuará orgulhoso pelo “seu/ nosso” Benfica
Alberto Miguéns
NOTA: Estes apontamentos são possíveis por que resultam de muitas horas de
conversa franca e amiga, durante mais de década e meia, entre um adepto do
Benfica e esta Glória do Clube. Um enorme futebolista e personalidade fantástica,
que era o paradigma do Jogador e do Benfiquista: simples, virtuoso,
trabalhador, dedicado e generoso. Só posso estar agradecido, por ter aprendido
tanto com Espírito Santo.
Eu sou visita do Blog - seguistes as "pisadas" do saudoso Macarrão
ResponderEliminarObrigado Miguéns.
Quando te vir pela porta 4 - vês logo quem te escreveu este post.
Macarrão. Que saudades!
EliminarQuando alguém disser que não há insubstituíveis, é mentira!
Pelo menos há um!
Joaquim José Macarrão