OPINIÃO
Naquilo que parecia ser mais uma lotaria - numa charca de água - que um jogo de futebol, conseguimos sair incólumes, vencendo o adversário, as adversidades (climatéricas) e passar à eliminatória seguinte – oitavos-de-final - da Taça de Portugal.
O futebolês (por vezes) engana
É comum dizer-se (e escrever-se) em Portugal que as condições físicas dos terrenos de jogo são iguais para as duas equipas. Em teoria é verdade. É uma verdade óbvia, à La Palice. Mas também é verdade que duas equipas de futebol, em teoria, são iguais, porque constituídas por onze futebolistas (22 pernas e onze cabeças) e o resultado inicia-se com zero-a-zero. Na prática, não é assim. Há equipas que sendo humanamente iguais e beneficiando do mesmo resultado inicial, têm mais probabilidades de vencer porque têm mais “argumentos”. Com os campos é o mesmo. O estado do relvado beneficiava, claramente, a equipa adversária, ou pelo menos, retirava muitas das nossas vantagens face a esse adversário: melhor capacidade de passe, técnica individual (drible e finta) e jogo táctico colectivo.
Vantagens perdidas… e em terreno alheio
Num “relvado aquático” os futebolistas com o “Manto Sagrado” deixam de poder exercer as suas superiores qualidades (face ao adversário menos valioso), porque o futebol jogado nas poças/ charcas de água, é mais físico, aleatório, improvisado e “arritmado”. Além desta limitação técnica e táctica, a equipa da Associação Naval 1.º Maio beneficiou, também, de jogar “em casa”, ou seja, de conhecer melhor o piso, sabendo (viu-se durante o jogo) onde o campo era mais regular, canalizando para lá, quando podia, a bola. Os figueirenses conseguiram, assim, aproximar-se mais da nossa valia, não por se tornarem melhores, mas por nós não podermos exercer em condições mais aceitáveis, as nossas qualidades.
Já está…
Para a história (o Benfica eliminou a Naval nos 16-avos-de-final da Taça de Portugal, em 2011/12) vai ficar a estatística (vitória) e os números (1-0) deixando de interessar (quem é daqui a algum tempo se vai lembrar!?) as condições em que decorreu o "jogo". O futebol/desporto é isto! Ficam os resultados e os títulos... ou a falta deles!
Seguir o nosso rumo
Temos muitas decisões importantes até final de 2011.
JOGOS POR COMPETIÇÃO
ATÉ FINAL DE 2011
Dia | Jorn | SL Benfica | ||
06/11 | 10.ª CN | SC Braga | F | E 1-1 |
11/11 | Jogos de apuramento da SN para o Euro’ 2012 | |||
15/11 | ||||
18/11 | TP 1/16 | Naval 1.º Maio | F | V 1-0 |
22/11 | 5.ª LC | Manchester Utd FC | F | |
26/11 | 11.ª CN | Sporting CP | C | |
30/11 | Semana sem jogos | |||
04/12 | TP 1/8 | ? | ? | ? |
07/12 | 6.ª LC | FC Otelul Galati | C | |
11/12 | 12.ª CN | CS Marítimo | F | |
14/12 | Semana sem jogos | |||
16/12 | 13.ª CN | Rio Ave FC | C | |
21/12 | TP 1/4 | ? | ? | ? |
Em trânsito via Figueira da Foz, seguimos para Manchester…
Alberto Miguéns
NOTA: Se Artur Soares Dias não marca grande penalidade sobre Nélson Oliveira aos 10 minutos, então como é que pode ser árbitro de futebol? Vale tudo. O futebol libertou-se do râguebi, em 26 de Outubro de 1863, por não permitir acções, exactamente, como esta: saltar para as costas dos adversários para os impedir de jogar a bola. No râguebi é uma jogada. No futebol é falta! Continuam a brincar às equipas de arbitragem. Continuem... continuem.
NOTA: Se Artur Soares Dias não marca grande penalidade sobre Nélson Oliveira aos 10 minutos, então como é que pode ser árbitro de futebol? Vale tudo. O futebol libertou-se do râguebi, em 26 de Outubro de 1863, por não permitir acções, exactamente, como esta: saltar para as costas dos adversários para os impedir de jogar a bola. No râguebi é uma jogada. No futebol é falta! Continuam a brincar às equipas de arbitragem. Continuem... continuem.