ESTEVE BEM A DIRECÇÃO DO CLUBE AO INCLUIR NA SUA PROPOSTA A NECESSIDADE DE REALIZAR UMA SEGUNDA VOLTA SE NAS ELEIÇÕES NENHUMA LISTA CONSEGUIR MAIORIA ABSOLUTA.
Assim a Lista vencedora terá legitimidade reforçada face ao modo como as Eleições no Benfica passaram a ser vistas pelos media.
Com a inclusão do ponto 3 ficam dissipadas as dúvidas
E nunca se poderá escrever ou dizer que a "Oposição" teve maior votação que a Lista vencedora. Isto porque o Benfica se deixou empurrar pelos media para considerar que a ou as listas que não vencem são "Oposição" como se houvesse uma espécie de parlamentarismo no «Glorioso». No Benfica, com destaque para os Anos 60 e 80 não havia "Situação" e "Oposição", mas alternativas propostas por grupos de associados aos restantes sócios com ideias e práticas diferenciadas em como definir e conduzir o futuro do Clube, em termos de políticas associativas e desportivas. Infelizmente os media tomaram conta da matriz do Clube fazendo com que a existência de pluralismo Democrático seja entendido como Oposição. Quando não é! Continuam a ser o que sempre foram: modos diferentes de alguns associados concorrerem a dirigentes, agrupando-se em várias listas, para implementarem ideias diferenciadas para desenvolver e consolidar a grandeza do Clube.
O Benfica foi deixando os media conspurcarem - sem legitimidade - o que de melhor tinha o Benfica
Há muitos clubes que temiam efectivamente a existência de "Oposição" porque não tinham matriz Democrática por isso recusavam ter eleições temendo divisões e fracturas dentro do seu universo associativo. O Benfica nunca temeu isso pois sempre teve Eleições - e foi sempre possível a existência de várias listas, embora tentando-se sempre a apresentação de apenas uma lista embora composta por associados com sensibilidades diferentes, promovendo o pluralismo dentro dos próprios Órgãos Sociais, em particular na Direcção. Foi este um dos "segredos" (E PLURIBUS UNUM) que permitiu que o Benfica se tornasse a maior instituição associativa e desportiva em Portugal. O «Glorioso» já realizou 88 actos eleitorais, para além de outras eleições parcelares para algum dos três Órgãos Sociais que tenha renunciado colectivamente, por falta de quorum (elevo número de demissões) ou para eleger dirigentes para substituírem outros que sendo eleitos depois não quiseram tomar posse. Recorde-se que as Eleições no Clube até 1967 eram anuais, entre 1967/68 até 1987/88 bienais, entre 1989/91 a 2012/15 trienais e depois de 2016/2020 passaram a quadrienais. Houve oito actos eleitorais com três listas, embora em 1932 uma tenha desistido em plena Assembleia Geral Ordinária (eleitoral) pois com eleições anuais o ponto 1 era a apresentação, discussão e votação do Relatório e Contas, além do Parecer do Conselho Fiscal da Gerência anual anterior e o ponto 2. era a eleição dos Corpos Gerentes para o ano seguinte. Em 2020 poderia ter ido a eleições quatro listas, mas a Lista C decidiu desistir. Houve sempre para a lista vencedora percentagens acima dos 50 por cento, ou seja, mesmo que os Estatutos contemplassem - e tal articulado nunca existiu - a necessidade de uma segunda volta, tal não teria sido necessário.
O Benfica deixou que os media se sobrepusessem a alguns valores do Clube e não foi só na estorieta de denominar o Pluralismo Democrático Benfiquista como "Oposição"
Mesmo noutros assuntos sempre tentaram "inventar" sempre que podiam e podem. Nunca existiu um "Pavilhão Doutor Borges Coutinho" como se prova e comprova na imagem seguinte. Aliás foi recusado, em Assembleia Geral, passar o nome do Pavilhão Polivalente para "Borges Coutinho" não por desconsideração a Borges Coutinho, mas por se recusar a enviesar a «Gloriosa História" argumentando-se, os que o conheceram muito bem por fazerem parte das suas Gerências, que ele jamais aceitaria tal designação. Sempre fez história, com Cosme Damião (recusando designar o Estádio do Campo Grande, em 1941, com o seu nome, tal como o Sporting CP fizera ao estádio do Lumiar passando a José de Alvalade) ou Joaquim Ferreira Bogalho (recusando designar a «Saudosa Catedral» coom o seu nome como o Real Madrid CF fizera ao estádio de Chamartin passando a Santiago Bernabéu). Para os Benfiquistas as instalações do Clube são sempre colectivas e nunca de alguém, por muita consideração que se tenha por elas. A melhor forma de os homenagear é conhecer e divulgar o que de bom e fundamental fizeram para tornar ainda maior o que já é tão grande.
Da próxima vez o artigo acerca da Remuneração dos dirigentes eleitos...
Alberto
Miguéns