A DEDICAÇÃO SÓ DEVE SER AGRACIADA COM O DEVIDO RECONHECIMENTO POR PARTE DO CLUBE SE FPR MESMO DEDICAÇÃO.
Desde 28 de Fevereiro de 1945 que há entrega anual dos emblemas de dedicação.
Só faz sentido agraciar a verdadeira dedicação
Os associados dedicados são os que completam os respectivos anos de filiação de forma contínua ou tendo interrompido devia ser apenas contabilizado o somatório dos anos em que o fizeram de forma contínua.
Isto pode ocorrer
Nunca aconteceu, dificilmente ocorrerá, mas pode acontecer. Por exemplo. Uma pessoa filiou-se no Clube em 1950, pagou um mês ou meses de quotas, pediu a demissão ou deixou de pagar quotas estando até Janeiro de 2025 sem as pagar. Neste mês decide pagar 75 anos de quotas em atraso. Recebe os emblemas de dedicação de 25 e 50 anos, entrando na lista para receber o Anel de Platina (75 Anos de Dedicação) em 1 de Março de 2025, sábado, data provável da cerimónia para entrega dos emblemas de dedicação. Que dedicação foi esta?
Todos os anos há dezenas de entregas a associados que estiveram longos períodos sem pagar quotas
Perdendo até os respectivos números aquando das renumerações. Depois pagam as respectivas quotizações, em atraso, e a contabilidade de anos de dedicação é igual aos que nunca interromperam, nem perderam o número. Que o Benfica permita recuperar números já perdidos é legal, pois está consagrado nos Estatutos, visando a entrada de mais uns dinheiros na tesouraria do »Glorioso», mas considerar isso dedicação... E há casos em que a recuperação é feita exactamente em "vésperas" de poderem ser agraciados com os respectivos emblemas (25 ou 50 anos) e anel (75 anos). Desde que é possível são já milhares de situações, mas não me parece que tenha lógica e esteja de acordo com o conceito de dedicação. Para exemplificar o que, para mim, devia estar consagrado nos Estatutos vou descrever uma situação concerta. Mas é uma entre já uns dois milhares.
Isto não devia ter acontecido
Há um associado que se filiou no Benfica, em 31 de Dezembro de 1965 (sexta-feira) mantendo-se como associado até 1988, tendo o n.º 11 056 quando deixou de pagar quotas. Aquando da entrega do emblema de dedicação de 25 anos, em 1991 (1965 + 25 = 31 de Dezembro de 1990) não o recebeu pois tinha sido demitido por falta de pagamento de quotização. Na renumeração de 1993 deixou de ter número. Em 1996 decidiu recuperar o número, pagando as quotas em atraso, recebendo o emblema de dedicação de 25 anos (referente a 1991) e ficando com o número 8 622/1 "encaixando" por baixo do associado que em 1991 era o n.º 11 055. Na renumeração de 1999 passou a ser o n.º 5 199. E na de 2015 o n.º 3 312.
Era isto que devia ocorrer
O associado recebeu, em 2015, o emblema de dedicação dos 50 anos (1965 + 50 = 31 de Dezembro de 2015). Ora este associado tinha, em rigor, 41 anos de dedicação: 21 (1966 a 1987) + 20 (1996 a 2015). Só deveria receber o emblema de dedicação de ouro em 2025 (+ 9 anos completados em 31 de Dezembro de 2024). Ele e todos os que estiveram demitidos, por um determinado tempo, de associados do Clube. Era só fazer as contas a uma verdadeira dedicação que não incluiria o tempo de recuperação de quotização em atraso. Era assim, «penso eu de que», o mais "justo"!
Nestas cerimónias anuais juntam-se associados que são verdadeiras dedicações de 25, 50 e 75 anos... com outros que têm dedicações intermitentes...
Alberto
Miguéns
