HÁ POUCO RECEBI UM PEDIDO DE UM LEITOR PARA SABER SE PODIA CONFIAR...
Numa publicação do jornal "A Bola" da autoria do pantomineiro António Simões. Lá fiz o sacrifício de ler um emaranhado de estorietas em que se transforma história e rigor num romance de patranhas (clicar). Não tem ponta por onde se pegue. Não merece que se gaste tempo a desmentir datas e factos. Há no entanto um parágrafo (segunda frase do penúltimo e último período) que é fácil de "desmontar" e mostrar a falta de rigor. Este:
1. Félix Bermudes não foi lançado para o lugar de Ávila de Melo. Alfredo Silveira Ávila de Melo terminou o mandato (que era anual) iniciado em 29 de Julho de 1929. Com eleições anuais, em 18 de Julho (e não em Agosto) de 1930, apresentou-se uma lista a sufrágio e foi eleito Félix Bermudes para presidente da Direcção, que decidiu não tomar posse;
2. Manuel da Conceição Afonso não subiu de vice-presidente a presidente. O Benfica não era uma "República das Bananas". Como Félix Bermudes não tomou posse no prazo indicado no Regulamento Geral foram marcadas novas eleições, que se realizaram, um mês depois, em 15 de Agosto de 1930. E foi eleito pelos associados (não foi por subida nas eleições em que foi eleito Félix Bermudes) Manuel da Conceição Afonso, como está explicado na História do Benfica 1904/1954; II Volume; Páginas 35 e 36, escrita e editada por Mário de Oliveira e Rebelo da Silva.
A memória de Manuel da Conceição Afonso tem que ser respeitada! António Simões não respeitada nada nem ninguém...
Não vão em conversas de pantomineiros!
Alberto Miguéns
Qualquer jornalista deveria encarar a sua profissão como uma luta constante contra o erro pontual ou sistemático. Semear erros ou propaga-los descredibiliza a profissão e causa danos a instituições ou pessoas individuais. Bem sei que os jornais são cada vez mais usados como veículos de propaganda e de influência de classes, grupos empresariais, ou seitas sejam elas de que natureza forem MAS cada jornalista que o faz ou deixa fazer está a contribuir para a destruição da sua credibilidade pessoal e da sua classe.
ResponderEliminarCada um destes "artigos" cheios de erros grosseiros só descredibiliza o Sr. jornalista António Simões. Já se viu que não tem vergonha na cara pois erros grosseiros que foram demonstrados pelo autor deste blogue, nunca mereceram ao dito escriba qualquer justificação ou qualquer correcção.
Vergonhoso, Sr. António Simões. Vergonhoso.
Obrigado ao leitor que lhe fez chegar a situação e ao Alberto pela sua vigilância e capacidade de repor a verdade histórica.
Caríssimo, porque habitualmente vou lendo o António Simões, o "historiador" d´ A Bola, todavia, depois de ler aqui os seus reparos (sempre bem suportados e sustentados), isto relativamente às mentiras e omissões do AS, daí estar de atalaia, ou mais atento às "histórias" do Simões.
ResponderEliminarBom, vou-me explicar, o Jimmy Hagan, na minha opinião pessoal, a par de Erickson, foram talvez os dois melhores treinadores do Benfica, nos últimos 50 anos (desde que vejo futebol). Recordo-me muito bem daquela temporada 1972/73, 28 vitórias, e apenas 2 empates somados pelo Benfica nesse campeonato, vi também no dia 1 de abril de 1973, um FC Porto 2 Benfica 2, no primeiro empate cedido pelo Benfica nesse campeonato no Estádio das Antas (no final desse clássico, conheci o Dr. Borges Coutinho que tentou, mas não conseguiu converter-me ao benfiquismo, oferecendo-me um galhardete do Benfica, estive também a conversar com o "guedelhudo" Adolfo, enfim, memórias guardadas, e já com 47 anos), essa equipa tinha talvez o melhor plantel do Benfica dos últimos 50 anos, recordo: Eusébio (foi nessa temporada o melhor marcador da Europa), Nené, Artur Jorge, Vítor Baptista ou Jordão, 5 P. Lança de luxo, e naturalmente nem todos jogavam.
Continuando, recordo-me então, de na temporada seguinte, Jimmy Hagan ter abandonado o Benfica, durante o jogo na festa de homenagem de Eusébio, isto quando já decorriam as primeiras jornadas do campeonato 1973/74, também me recordo que Jimmy Hagan, após a sua saída do Benfica, seria nessa mesma temporada 1973/74, treinador do Estoril Praia, com o Estoril mergulhado na III Divisão Nacional, todavia, em apenas dois anos, Jimmy Hagan levou o Estoril Praia à I Divisão Nacional, com duas promoções sucessivas, afirmo isto, sem "sebenta", ficou guardado na minha memória. Mas ora vejamos o que escreveu, ou omitiu António Simões :
"Com Fernando Cabrita a treinador no que falta da época, o Benfica perdeu o campeonato de 1973/74 (o primeiro que se fechou em democracia) para o Sporting – e para o Sporting (com Mário Lino a treinador) perdeu, também, a Taça de Portugal (a primeira que se disputou fora da ditadura do Estado Novo).
Hagan deixou-se ficar sem futebol outra vez – e para o arranque da temporada de 1976/77, João Rocha foi a Inglaterra desafia-lo para o Sporting..."
https://www.abola.pt/nacional/2021-01-21/benfica-nos-100-anos-de-hagan-horror-da-libertacao-do-campo-nazi-e-bronca-na-fes/876059
Lá está, na minha opinião, esta é uma grave omissão, porque o Hagan em 1973, "não se deixou ficar sem futebol outra vez", porque foi treinar o Estoril Praia, e em apenas dois anos, levou o Estoril da III, até à I Divisão Nacional, o que é notável, vou mais longe (mas sem certezas absolutas), creio que João Rocha não o foi resgatar a Inglaterra em 1976 (treinou o Estoril nas temporadas 73/74 e 74/75, e não treinou ninguém na época 75/76), porque julgo que Jimmy Hagan tinha mesmo residência no Estoril, e nunca deixou de viver em Portugal, como em cima referi, aqui sem certezas absolutas.
Concluindo, o Simões, refere que Hagan terminou a carreira no Estoril Praia na temporada 1982/82, mas omite gravemente as duas promoções sucessivas de Hagan no Estoril na década de 70, justamente no pós Benfica. Na peça conta a rábula de Fernando Santos, com Hagan escondido atrás de um pinheiro, isto já na década de 80, todavia, Jimmy Hagan foi o 1º treinador de Fernando Santos enquanto sénior, quando este foi emprestado pelo Benfica ao Estoril, na tal temporada 1973/74, ainda na III Divisão Nacional. Um treinador que foi Tricampeão no Benfica, para de seguida conseguir duas promoções sucessivas no Estoril Praia, ou em dois anos, guindar o Estoril da III Divisão, à I Divisão, são fatos que nunca podem, nem devem ser omitidos!
Saudações des_Portistas
Caro Paulo Oliveira
EliminarEle é um mentiroso pateta alegre. James Hagan nunca chegou a capitão do exército britânico. Para ser oficial do exército britânico na Segunda Guerra Mundial tinha de ser militar de carreira o que não era o caso de um futebolista profissional. James Hagan se é que esteve na libertação do campo de concentração era como militar de patente inferior nunca seria Oficial. Até o bom senso desmascara António Simões. O que ele escreve vai para o lixo da história.
Saudações
Alberto Miguéns