O Institucionalista

UMA EXCELENTE ENTREVISTA DO CANDIDATO RUI GOMES DA SILVA.

Aqui no blogue com quase uma semana de atraso, mas o que tem ocorrido, de Kulkov a Ângelo e Matine a isso obrigou. A entrevista foi publicada nas páginas 36 e 37 do jornal/semanário «Expresso».

É hábito fazer os textos do blogue, ou dar-lhe os "acabamentos finais", entre o final do jantar e a meia-noite de cada dia...mas não é o caso deste que está programado desde a meia-noite de segunda-feira!

NOTA INICIAL: Sou apoiante de Rui Gomes da Silva. 
Sempre que escrever algum texto que tenha relação com as eleições colocarei esta nota. Peço desculpa aos leitores habituais (pode tornar-se repetitivo) mas há sempre quem venha pela primeira vez ao blogue e não quero equívocos. Claro que há sempre o reverso. Parece propaganda a favor de um candidato, mas entre não dizer e parecer opto por dizer mesmo que pareça.

Considerações iniciais

1. Cada um pode ter - e todos temos - preconceitos que vamos acumulando e fazer estes sobreporem-se ao que é racional. Deixar que imagens construídas no passado interfiram no que pode ser o Futuro. Também se pode argumentar que é com base nos conhecimentos ou opiniões que elaboramos no passado (únicos que validamos) que se projecta o que pode ser o Futuro. Como é óbvio tudo é legítimo.

2. Desde que as candidaturas à presidência da Direcção do «Glorioso» se tornaram mais visíveis, com iniciativas, divulgações de programas e nomes (algumas) e entrevistas que mais convencido estou que a escolha que fiz é a mais acertada e não me arrependo;

3. Os dez princípios que me levaram a fazer essa escolha mantêm-se e ao ler, no sábado, esta entrevista validei o que considero ser a base para uma boa escolha:

A. É um Benfiquista que não vê o cargo como qualquer Missão (não se considera o homem providencial e único), Encargo (não o fará com enfado lamentando-se que o Clube lhe roubará tempo para fazer o que gosta e não pode), Obrigação (não precisa de ter visibilidade ou proteger-se com o cargo), Necessidade (profissionalmente é bem sucedido e não precisa do cargo pois é mais do que conhecida a sua ligação de décadas ao Clube) mas sim como Futuro (fazer o que tem de ser feito) dentro da tradição e grandeza do Benfica prosseguindo na linha daquilo que foram os presidentes que marcaram, em ética e valores, o nosso glorioso emblema. Em que nada nos podiam apontar. É um homem que sabe o valor da instituição. E sabe-o em 2020 como em 1966, quando sentia isso nos que o rodeavam;

B. Tem consciência que o Benfica não pode continuar a afastar-se dos principais clubes europeus ficando reduzido a "clube fornecedor", aniquilando para sempre a nossa matriz de saber estar entre eles e conseguir meios para o fazer. Sempre fomos capazes de o conseguir. Só nos últimos anos desistimos;

C. Sabe melhor que ninguém, pois além de décadas a viver diariamente o Clube, esteve sete anos/épocas - 2009 a 2016 - como dirigente, conhecendo "por dentro" o Clube e a Benfica Futebol SAD por isso não necessita de afirmar que "ficou desagradavelmente surpreendido com o que encontrou!";

D. Domina todos os aspectos que o maior clube português tem, desde as questões administrativas e financeiras à dimensão ecléctica, a sua importância e capacidade de mobilização associativa e social. Conhece isso na perfeição. É um dos associados em melhores condições para exercer o cargo de presidente da Direcção; 

E. Espero que quando regularizar a sua candidatura o faça entregando a lista com os nomes dos dirigentes pois isso é não só honrar a tradição do Clube, como dignificar os dirigentes que com ele vão fazer parte dos Órgãos Sociais 2020/2004 e respeitar os Benfiquistas que acompanham as Eleições. Não é entregar as assinaturas e depois dizer...um dia destes indico os nomes para saberem quem são os outros 19 além de mim!

Vamos à entrevista

Com quase uma semana de atraso:

Considerações finais

A entrevista é esclarecedora e clarifica muitos assuntos que são essenciais.

 

Rui Gomes da Silva

1. Acredito que tem possibilidades de ser o presidente da Direcção do Benfica para 2020/2024. E mesmo com os actuais Estatutos - que espero sejam revistos em breve - nas próximas eleições: 25 (sexta-feira) ou 26 (sábado, o que seria óptimo) de Outubro de 2024, decidir se correspondeu ou não ao que dele esperava em 30 de Outubro de 2020. 

 

2. Também acredito que não sendo eleito, em 30 de Outubro de 2020, mesmo podendo o Benfica "perder mais quatro anos" em relação à dinâmica dos grandes clubes desportivos europeus ele estará, em 2024, tão apto e capaz como está em 2020. É um maratonista como alguns dos presidentes que antes de o serem perderam em actos eleitorais, mas o tempo (e os associados) deram-lhes razão. Não vai "desaparecer" como ocorreu, inexplicavelmente, com alguns candidatos derrotados que mostraram ser de oportunidade e não para qualquer momento.

 

Que o Benfica consiga o sucesso que merece!

 

Alberto Miguéns