Pedro Guedes foi o primeiro guarda-redes do «Glorioso» no jogo de estreia em 1 de Janeiro de 1905.
Faleceu às 18 horas, em 7 de Julho de 1961, com a funesta notícia a ser publicada no dia seguinte, em 8 de Julho.
Faleceu às 18 horas, em 7 de Julho de 1961, com a funesta notícia a ser publicada no dia seguinte, em 8 de Julho.
Pedro da Fonseca Guedes
Faleceu há 59 anos (7 de Julho de 1961), completados hoje, pelas seis da tarde, aos 86 anos, pois nasceu em 4 de Novembro de 1874. Iniciou-se no futebol enquanto aluno da Real Casa Pia de Lisboa. Fez parte, como defesa-direito, da célebre equipa de casapianos que derrotou, por 2-0, os ingleses do Cabo Submarino de Carcavelos em 22 de Janeiro de 1898.
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Dos onze casapianos...
Nove jogariam no «Glorioso». O Carcavellos Club ficaria invicto até 10 de Fevereiro de 1907 quando o Sport Lisboa os venceu, por 2-1, passando a ser designado por «Glorioso». Neste onze, quatro estiveram na vitória de 1898 (pela Casa Pia) e de 1910 (pelo Sport Lisboa): Emílio de Carvalho, António Couto, Daniel Queirós dos Santos e David José da Fonseca. Segundo Cesina Bermudes, o pai Félix Bermudes disse-lhe que quando teve conhecimento da notícia - não tinha ido à quinta Nova, em Carcavelos, nem como mirone/espectador - estupefacto mas em delírio «à Félix Bermudes», com a verve de um predestinado para a arte da escrita, teve uma tirada do tipo: Isso não é uma grande vitória é uma gloriosa vitória.
A equipa da Real Casa Pia de Lisboa em 1895. Da esquerda para a direita. Em cima (avançados): Emílio de Carvalho (2.º) meia-ponta-direita, Silvestre Silva (3.º), avançado-centro, António Couto (4.º), meia-ponta-esquerda. Ao centro, sentados em cadeiras, (defesa-direito, guarda-redes e defesa-esquerdo): Pedro Guedes (2.º), guarda-redes, capitão (por isso é o "dono da bola") e Januário Barreto (3.º). Em baixo (médios): Daniel Queirós dos Santos (2.º), médio-centro. Estes casapianos jogaram no "Glorioso". Apenas cinco não jogaram no Clube: João Pedro (ponta-direita), Raul Carapinha (ponta-esquerdo), João Lourenço (defesa-direito), João Cambraia (médio-direito) e Bruno do Carmo (médio-esquerdo) |
A equipa da Real Casa Pia de Lisboa em 1897. Da esquerda para a direita. Em cima: António Couto (2.º), Emílio Carvalho (3.º), Silvestre Silva (5.º), Januário Barreto (6.º), José Neto (7.º) e Francisco Santos (8.º); Em baixo, no centro: Pedro Guedes, capitão. Estes sete jogaram no "Glorioso". Depois temos ainda. Em cima: João Cambraia (1.º) e Raul Carapinha (4.º). Em baixo: João Pedro (1.º) e Bruno do Carmo (3.º) |
Dos onze casapianos...
Nove jogariam no «Glorioso». O Carcavellos Club ficaria invicto até 10 de Fevereiro de 1907 quando o Sport Lisboa os venceu, por 2-1, passando a ser designado por «Glorioso». Neste onze, quatro estiveram na vitória de 1898 (pela Casa Pia) e de 1910 (pelo Sport Lisboa): Emílio de Carvalho, António Couto, Daniel Queirós dos Santos e David José da Fonseca. Segundo Cesina Bermudes, o pai Félix Bermudes disse-lhe que quando teve conhecimento da notícia - não tinha ido à quinta Nova, em Carcavelos, nem como mirone/espectador - estupefacto mas em delírio «à Félix Bermudes», com a verve de um predestinado para a arte da escrita, teve uma tirada do tipo: Isso não é uma grande vitória é uma gloriosa vitória.
1º nível (atrás), esquerda para a direita: David da Fonseca, Emílio de Carvalho, Cândido Rosa Rodrigues, Marcial Freitas e Costa, Fortunato Levy e, atrás, Carlos França;
2º nível: Manuel Móra;
3º nível: Daniel Queiroz dos Santos, Albano dos Santos, António Couto e José da Cruz Viegas;
4º nível (à frente): Manuel Gourlade (treinador);
Arbitro ou adepto: desconhecido.
NOTA: Este onze (28 de Janeiro de 1906) é muito semelhante ao de 10 de Fevereiro de 1907, apenas com uma alteração como defesa-direito: Henrique Costa no lugar de José Cruz Viegas |
Foi um pintor e desenhador reconhecido no seu tempo
Embora para o meu gosto um "pouco" académico, mas a minha opinião não conta pois percebo tanto disso como de gatafunhos...
O mais curioso é que durante anos adorei um trabalho dele, ainda eu era um catchôpo na «Capital do Universo»: Montalvão
Sem saber que era dele e muito menos que jogara futebol com o «Manto Sagrado».
Viriato |
O mais curioso é que durante anos adorei um trabalho dele, ainda eu era um catchôpo na «Capital do Universo»: Montalvão
Os azulejos com o cartaz feito por Pedro Guedes na «Casa dos Cantoneiros» na estrada nacional n.º 359 - variante 3, entre Montalvão e Nisa |
E lembro-me deste cartaz (por causa do "peixão" que me intimidava)
Pois vivi na Figueira da Foz, entre os três e os seis anos e meio! No «Mercado da Figueira» e alguns já esfarrapados junto ao «Casino»!
Criou inúmeras colecções de selos para os CTT
Talvez um "auto-retrato" gloriosíssimo
Obrigado, Pedro Guedes!
Alberto
Miguéns
NOTA: Agradecimento ao casapiano Helder Tavares que me emprestou um catálogo da exposição, em Dezembro de 2001 (centenário da SNBA), acerca de Pedro Guedes, na Sociedade Nacional de Belas Artes (é dele o símbolo da SNBA) tal como o emblema do Casa Pia AC.
NOTA: Agradecimento ao casapiano Helder Tavares que me emprestou um catálogo da exposição, em Dezembro de 2001 (centenário da SNBA), acerca de Pedro Guedes, na Sociedade Nacional de Belas Artes (é dele o símbolo da SNBA) tal como o emblema do Casa Pia AC.
Notável artista e notável pioneiro do futebol casapiano. Provavelmente não terá feito muitos mais jogos pelo Gloriosíssimo mas foi o primeiro a defender as nossas redes.
ResponderEliminarComo o Alberto nota, nas fotos das equipas casapianas Pedro Guedes aparece com a bola nas mãos o que mostra a sua liderança e prestígio entre os colegas. Isto numa equipa cheia de bons futebolistas e de homens que deixaram marca nas Artes e na sociedade portuguesa da época. Notável.
Obrigado, Pedro Guedes!
Excelente artigo, como sempre, fotos fantásticas, em especial a do nosso Time "Os Gloriosos".
ResponderEliminarA Enciclopédia do Benfica presente neste notável blog.
Grato, Mestre Alberto.
Mais uma vez a voz da experiência nos ensina o Benfiquismo, obrigado Srº Alberto
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