Em 2019/20, o plantel pareceu sempre curto para os objectivos
da temporada levando ao descalabro europeu e fracasso na Taça da Liga.
A Taça da
Liga é a competição menos importante
Mas o Benfica está sempre obrigado – neste modelo competitivo – a estar
presente, pelo menos, nas meias-finais da Taça da Liga.
Nas
competições europeias
Só ter ficado em 4.º lugar na fase de grupos da Liga dos
Campeões seria pior. Foi “obrigado” a participar pelo facto do campeão nacional
português ter entrada directa e foi obrigado a jogar os dezasseis-avos-de-final por se
ter classificado em 3.º lugar no grupo G. Praticamente os mínimos.
Desde a
criação da Liga Europa, em 2009/10
Esta temporada foi a pior. Nas outras cinco participações,
duas finais, uma eliminação nas meias-finais e dois afastamentos nos
quartos-de-final. Cinco passagens nos dezasseis-avos-de-final e outras tantas
nos oitavos-de-final.
Paradigma ou enigma?
Com a situação actual - jogos apenas a cada semana e de grau de desgaste emocional elevado - dificilmente o "onze base" será alterado a não ser pontualmente, por questões de suspensão por acumulação de cartões amarelos, expulsões ou dificuldades físicas. O Benfica tem como aposta estratégica, os futebolistas formados no Seixal, mas em 2019/20 está a desbaratar essa aposta. São o elo mais fraco e não há condições para protegê-los.
O Benfica não soube reforçar-se no Verão
Sabendo que tinha um grupo na Liga dos Campeões equilibrado, e três competições internas para disputar. E no de Inverno também não! Sabendo que tinha o campeonato nacional para ser disputado "taco-a-taco" com o FC Porto e uma Liga Europa acessível desbaratou tudo com duas aquisições (Weigl e Dyego Sousa) quando necessitava de equilibrar o plantel: guarda-redes, defesas e um avançado que complementasse Vinícius e Seferovic. Esperemos que tendo uma manta longa ela não se esfarrape com excesso de futebolistas para umas posições e inexistentes para outras. O chamado "mercado de Verão" fecha depois dos sorteios europeus para os clubes ajustarem os plantéis e o de Inverno para o mesmo, pois os clubes já sabem o que os espera: continuar na Liga dos Campeões, competir na Liga Europa ou concentrar-se em exclusivo nas competições domésticas!
ASSIM VAI O
PLANTEL DE 25 GLORIOSOS
NOTAS: Minutos jogados; Titular; Suplente utilizado; Suplente
não utilizado; Convocado não utilizado; L - Lesionado; S - Suspenso (expulsão no
Campeonato Nacional) X – Suspenso (expulsão na Liga dos Campeões); A – Assistências para golo; G –
Golos; B - Jogos na Equipa B (Segundo Escalão)
Curtíssimo
Para ter sucesso na Liga dos Campeões, e depois, na Liga Europa.
.
Longuíssimo
Para ter soluções equilibradas para fazer, com sucesso, os 13 jogos que restam. Serão utilizados praticamente 12/13 futebolistas como titulares e no máximo 17 (recuperando Jardel) ou 18 (querendo fazer jogar o "terceiro avançado" em desespero, Seferovic. Zlobin/Svilar e Tomás Tavares (com André Almeida recuperado) não devem fazer mais minutos nos 13 jogos que restam, ao ritmo de um por semana.
Alberto
Miguéns
Muito boa avaliação do nosso plantel. O calcanhar de Aquiles do Benfica, de há uns anos a esta parte, é a ausência de opções de qualidade para duas posições cruciais: guarda-redes e defesa central. Há outras falhas mas estas são as principais. Esta situação já nos custou o penta, em 2017-2018, e, muito provavelmente, vai custar-nos o presente campeonato pois o FC Porto, apesar de ter um plantel inferior, tem mais opções para estas duas posições. Se no caso do guarda-redes, estamos perante um caso de pura incompetência, no caso da defesa, a explicação é outra e tem a ver com a vontade da direção em colocar “à força” no plantel jogadores formados no Seixal. Em 2017-2018, foi Ruben Dias, agora é Ferro. É por isso que eu acho que tem que haver um debate no nosso clube sobre o papel do Seixal no projeto do Benfica.
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