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26 junho 2019

Celsomania

26 junho 2019 10 Comentários
EM VEZ DE CELSOPATIA. É O QUE SE PRETENDE.



Celso é daqueles futebolistas impossíveis de avaliar em termos de todo o potencial que tinha para engrandecer o «Glorioso». Pode ser descrito o que fez no Clube. Tal como todos. Só esteve uma temporada no Clube. A sua carreira foi interrompida, abruptamente e irremediavelmente, por causas extra-futebol. 

Só uma época (1977/78)?
Foi obrigado a que isso seja um facto. O acidente, em 20 de Julho de 1978, é que fez terminar a sua ligação ao futebol do Benfica. E para sempre ao Futebol. E quase à vida! O resto é especulação. Teoricamente podia ter saído no final dessa temporada, tal como todos os que, com ele, faziam parte do «Glorioso Plantel 1977/78» assim como podia permanecer x anos/temporadas, jogar mais uns milhares de minutos, umas centenas de jogos e golos, ser titular em umas quantas épocas e terminar a carreira como um dos melhores avançados de sempre do Benfica! Não sabemos! Nunca saberemos! O acidente após, apenas, uma temporada com o «Manto Sagrado» não o permite saber!  

Quase sempre a suplente utilizado?
Pois, mas sendo avançado num plantel que jogava com dois (geralmente Victor Batista e Néné) e ainda tinha Chalana, muitas vezes como se fosse "falso avançado" como iria Celso conseguir "tirar o lugar" a Néné, tendo ainda Victor Batista no plantel? Além de três "jovens avançados formados no Benfica" que eram apontados como tendo enorme potencial: Rui Lopes, Cavungi e Jorge Silva. Aliás, em teoria, só o facto de Victor Batista ter a vida que tinha, treinar como treinava, jogar por vezes tão mal por questões emocionais como jogava (substituído a meio da... primeira parte), permitiu que Néné fosse mais utilizado em "frente à baliza" e marcasse tantos golos. Em "condições" normais seria Victor Batista o futebolista goleador, com Néné pela direita e Chalana pela esquerda. Néné como "segundo avançado" no apoio a Victor Batista e Chalana mais recuado. Celso ainda teria mais dificuldades - num primeiro ano de Benfica - frente a estes colossos. Victor Batista na "boa-vai-ela" permitiu que, mesmo assim, Celso jogasse o que jogou!  


É que nesses tempos de Benfica...
Jogando com quatro centrocampistas os treinadores tendo, desde 1968/69, a possibilidade de fazer duas substituições, geralmente optavam por alterar o meio-campo, trocando um médio mais defensivo por um mais ofensivo (com golo e destreza para assistir os avançados) em situações com necessidade de marcar golos ou colocando um médio mais defensivo (por troca com outro mais ofensivo) quando era necessário pausar o jogo e "segurar o resultado para assegurar o sucesso". Trocas de avançados só em caso de algum estar desgastado ou ser necessário alterar as características - físicas, técnicas e/ou tácticas - dos atacantes do Benfica.

Celso já para amanhã!

Alberto Miguéns


10 comentários
  1. Já vi que o texto de amanhã vai ser um dos de leitura obrigatória.
    Celso é um dos diversos casos trágicos entre os jogadores da década de 70. Um dos que, pelo seu brilho enquanto durou, merece a pena ser recordado.

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  2. Não foi este Celso que, quando estava a fazer aquecimento para fazer a sua estreia como internacional, chocou com alguém da equipa técnica e já não entrou???

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    1. Caro Benfiquista

      Tenho "quase a certeza" que esse Celso era o luso-brasileiro que jogou no Boavista FC, foi para o FC Porto levado pelo Pedroto e depois regressou ao Boavista FC. CELSO Luís de Matos nascido no Rio de Janeiro, em 1 de Agosto de 1947.

      O nosso CELSO Ramos Pita nasceu no Porto em 22 de Fevereiro de 1954.

      Gloriosíssimas Saudações

      Alberto Miguéns

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  3. A fotografia do plantel é fantástica.
    1977/1978 é precisamente a primeira época em que me lembro de começar a acompanhar o que se passava no Benfica. Tinha 10 anos e acabara de entrar no 1º ano do ciclo preparatório (actualmente o 5º ano).
    Fiz a minha primeira coleção de cromos de futebol, chamada Craques 78, nessa altura. Estavam lá muitos desses craques que se veem na foto, mas não todos.
    Também foi por essa altura que comecei a acompanhar todos os jogos do Benfica pela rádio, nos relatos de domingo à tarde.
    É sempre bom recordar esses tempos...

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  4. Esse Celso luso-brasileiro, do BFC e FCP, nunca teve a honra de envergar o «Manto Sagrado« ao contrário do nosso CELSO.

    AM

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    1. Exacto.
      O meu erro foi dizer que estava a fazer exercícios para a sua estreia internacional, quando devia dizer para jogar pela primeira vez no Glorioso. Eu estava lá. Vi tudo!

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  5. Caro Viriato

    O Celso de que falas, defesa central, era brasileiro, como bem diz o nosso Amigo Alberto. O Nosso Celso é Tripeiro. Ab. ((Conde de Vimioso))

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  6. O que se depreende ao ver o jogo Porto-Benfica de Maio de 1978, é a ousadia, é incrível o árbitro a marcar sempre faltas, a maior parte delas inexistentes à entrada da área do Benfica, há um golo limpo anulado ao Benfica (seria o segundo golo) do Benfica por Celso que parte em posição mais que regular e o golo do Porto é precedido de uma falta inexistente do Alberto.
    Tudo onde o Benfica tocava, ou era falta ou eram cartões amarelos. O Sr. Manuel Vicente, o árbitro do jogo, fez bem o trabalho do amigo compadre e vizinho Pedroto...
    Bem o Toni que no final do jogo dizia que o árbitro o Sr. Manuel Vicente foi o melhor jogador do Porto e fez o trabalho do Pedroto. Os jogadores do glorioso Benfica foram uns heróis, desde o Fidalgo com uma exibição excelente até ao Celso.
    Já antes em 1977 o Porto tinha ganho uma taça de Portugal ao Porto jogada e negociada para ser jogada nas Antas.o porto marca o único golo nessa final depois de Rodolfo ter espetado os dedos nos olhos de Manaca, o que fez com que o Porto marcasse o único golo em superioridade numérica e o Rodolfo, claro, continuasse em campo.
    O Pinto da Costa começava bem a sua saga ao já ser presidente do departamento de futebol...

    Parabéns, Alberto Miguéns, o Celso e essa equipa de 77/78 do Benfica devem sempre ser lembradas! Gloriosos, todos eles.

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  7. Falei com o Celso há 2 semanas, e como já sabia da publicação deste artigo comprometi-me a ler-lho, uma vez que ele não tem outra maneira de ser contactado a não ser pessoalmente.
    Terei todo o gosto em fazê-lo.
    Obrigado Alberto Miguéns.

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