Onde está o Memorial que homenageia a tragédia que vitimou, em 24 de Fevereiro de 1914, José Honorato de Mendonça Júnior, o Primeiro Benfiquista a morrer. Menos de dez anos depois da Gloriosa Fundação, em 28 de Fevereiro de 1904.
José Honorato de Mendonça Junior
Foi daqueles elementos do Clube que só não estão - tal como Félix Bermudes, Januário Barreto ou Francisco Santos, por exemplo - na Acta de Fundação do Clube escrita por Cosme Damião, por não habitarem em Belém e nesse dia, pelos mais variados motivos não estarem nessa tarde na Farmácia Franco. Se eles soubessem no que se tornaria aquela "brincadeira" muitos anos depois podiam ter feito um esforço por estar! Sabemos lá!
Na História do Benfica publicada em 1954
Mário de Oliveira e Rebelo da Silva não só escrevem acerca da sua importância como Glorioso Pioneiro como publicam a sua fotografia. Vou dar a palavra e texto a quem sabe muito melhor do que eu do assunto. Que são explícitos a afirmar que ele teve importância ainda antes ("preparativos") da Gloriosa Fundação. Tal como depois.
Surpresa I
A primeira surpresa foi quando este blogue recebeu as primeiras fotografias do Memorial - ainda antes de ser limpo - pois contrariava a data inicial do falecimento: 24 de Janeiro de 1914. Nas fotografias percebia-se que o mês, inequivocamente, era Fevereiro e o dia parecia ser 22.
Sucesso
A limpeza feita esta tarde por uma "Brigada de Benfiquistas" decorreu animada, num descampado com vacas/touros/bois à vista (bem ao longe) e, principalmente, "vestígios" delas. Respeitando a memória do nosso pioneiro os "esfregões e limpa líquenes, fungos e musgos" foram revelando a beleza de letras bem trabalhadas num baixo-relevo com cerca de um centímetro escavado na pedra calcária.
Surpresa II
Eis que depois de limpo o Memorial este revela a data exacta da tragédia: 24 de Fevereiro de 1914. E não 22!
Promessa
A Vida de José Honorato de Mendonça Junior dava um filme. Nascido em Belém, a 27 de Setembro de 1883, tinha 20 anos, cinco meses e um dia quando o "Glorioso" foi fundado. Filho do General José Honorato Mendonça (1844/1923) já descendente de generais sempre próximos da Família Real Portuguesa desde tempos remotos e terratenente pelo lado materno, com vasta propriedade na lezíria do rio Sorraia que lhe seria fatal. A sua mãe Maria Guilhermina Nunes (1855/1926) era a proprietária do Monte da Barca onde está o Memorial e onde o filho morreu. Um "alfacinha" guarda-livros entre campinos guardadores de touros. O pai cerca de 40 anos mais velho sobreviveu-lhe nove anos. A mãe 28 anos mais velha sobreviveu-lhe uma dúzia de anos. O nosso José Honorato de Mendonça Junior casou, em 17 de Fevereiro de 1908, com Maria Antonieta Duff Burnay, nascida em Alcântara. Viúva após seis anos e uma semana de casamento, o nosso Honorato morreu numa tragédia - um afogamento numas inundações na bacia hidrográfica do rio Tejo - em circunstâncias verdadeiramente de abnegação e paixão pelos seus animais. Mas toda esta história biográfica, desportiva e tragédia ficam prometidas para 24 de Fevereiro de 2019, assinalando os 105 anos da tragédia. Este blogue nunca deixará cair no esquecimento «Os Ases Que Nos Honraram O Passado».
Agradecimentos
1. Especial agradecimento aos Benfiquistas que vindo de longe - de várias localidades a norte de Coruche - permitiram fazer da «Operação Limpeza» um sucesso - um deles, coruchense de adopção - tinha localizado o Memorial após indicação que o nosso Honorato tinha morrido afogado no Monte da Barca;
2. À "Casa do Benfica em Coruche" que colaborou cedendo a sua garbosa e gloriosa bandeira. Há sempre um Benfiquista em qualquer sítio. Se Honorato tem morrido no deserto do Sahara, no continente inóspito da Antártida ou nos quase inacessíveis Himalaias haveria por lá, decerto, uma bandeira ou cachecol do Benfica!
3. Ao dedicado leitor deste blogue, Benfiquista de eleição, Victor João Carocha, que possibilitou fazer a pequena biografia que se publicou acima. Acima e do próximo texto previsto para 24 de Fevereiro de 2019.
2. À "Casa do Benfica em Coruche" que colaborou cedendo a sua garbosa e gloriosa bandeira. Há sempre um Benfiquista em qualquer sítio. Se Honorato tem morrido no deserto do Sahara, no continente inóspito da Antártida ou nos quase inacessíveis Himalaias haveria por lá, decerto, uma bandeira ou cachecol do Benfica!
3. Ao dedicado leitor deste blogue, Benfiquista de eleição, Victor João Carocha, que possibilitou fazer a pequena biografia que se publicou acima. Acima e do próximo texto previsto para 24 de Fevereiro de 2019.
Como é tão lindo o "Glorioso"
Alberto Miguéns
Aplauso de pé!
ResponderEliminarBonito só de BENFIQUISTAS.
ResponderEliminarGloriosos.
ResponderEliminarParabéns a Todos pelo excelente Contributo essencialmente de não esquecer os Nossos , a Ingratidão não deve fazer parte do nosso ADN !... Um aparte , gosto muito do novo Emblema sugerido pelo Blog e acho que o Benfica deve Optar por Ele , pois a Águia é mais Expressiva e Real , a Actual não se parece com Nada , Abraço .
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