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04 dezembro 2017

Ovo de Réptil: Quase Três Anos Depois...

04 dezembro 2017 2 Comentários
JÁ CHOCOU E ANDA POR AÍ.



Não seria má ideia o Presidente da República Portuguesa tomar posição acerca do "Clima de Ódio no Futebol em Portugal", pois o nosso Presidente até tem por hábito tecer considerações acerca de todos os assuntos, dos mais importantes aos supérfluos. Neste caso pode não ser, para já, dos mais importantes (e não é!) mas nunca se sabe o efeito "bola de neve" que poderá ter...

Em tempos escreveu-se neste blogue - até mais de uma vez - acerca do pavor do portismo formatado por Pinto da Costa em ver (e sentir) o FC Porto passar de dominante a dominado. Há quase três anos - 30 de Janeiro de 2015 - foi publicado um texto (clicar)



Nesse texto, em resumo, está escrito o seguinte acerca do comportamento dessa facção maioritária entre os adeptos de um dos maiores clubes portugueses e europeus, o FC Porto:

1. A coacção pontual, em 2014/15, a figuras e entidades ligadas ao futebol era uma forma de pressionar os organismos que tutelavam o Futebol, na tentativa de impedir o "Glorioso" de conquistar o Bicampeonato;

2. A conquista do Bicampeonato era crucial para fazer ressurgir o poderio demográfico e associativo do Benfica sobrepondo-se ao FCP daí o pavor em que tal fosse conseguido;

3. A possibilidade do Benfica poder conquistar uma sequência de triunfos inéditos no Clube e em Portugal «deitaria por terra» todas as teorias que foram sendo construídas para explicar o sucesso do FCP;

4. O pânico entre os portistas é «olharem-se ao espelho» e sentirem que vão fazer-lhes as "humilhações" que eles foram sujeitando durante três décadas quem não é portista, em particular, os Benfiquistas que são maioritários, mesmo no Norte;

5. A perspectiva, em Janeiro de 2015, era - mantendo-se a expectativa que se tornou real - do clima de intimidação aumentar de intensidade e frequência, proporcional, aos êxitos do "Glorioso". Deixaria de ser pontual, passando a habitual e organizada.

Se o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa tem aptidão para ser adepto de futebol também terá para ser uma referência - uma voz ouvida e sentida - pondo os "pontos nos is"!

Vamos esperar enquanto o clima de ódio vai ter tendência a aumentar

Alberto Miguéns


2 comentários
  1. Marcelo, fala, fala, fala, mas não diz nada, valha-nos o emplastro... que só aparece...

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  2. Confirma-se. O Alberto viu cedo.

    O futebol Português não tem emenda, repete-se, deteriora-se. Um desperdício lamentável se olharmos para a qualidade que existe dentro de campo e no melhor que se produz e que se vende para esse mundo fora. Quem lê episódios da primeira década do século XX percebe como já então existiam acusações dentro e fora de campo e guerrilhas conduzidas pelos jornais. Chegamos a ter clubes que nem compareciam a jogos no seu próprio terreno acusando o clube adversário de ser indigno de frequentar as suas instalações. Nasceu cedo a inveja e o combate com métodos alternativos.

    Hoje tudo está ampliado, mais cínico, cruel e histérico. É a sofreguidão do dinheiro, do poder, da perseguição pela humilhação alheia. Há a sobrevivência. Há SADs que se justificam dentro ou fora de uma lógica desportiva. Há "factos alternativos", há uma total ausência de decência e moralidade porque a sociedade não o pune antes o replica, o endeusa por vezes. Não existe penalização real. Há alheamento, por vezes conivência de meios decisórios ou judiciais. Como não? Quando se constata que o processo apito dourado deu no que deu, alguma vez alguma coisa será levada à seriedade de uma punição efectiva no futebol Português?

    Será preciso um ponto de viragem radical neste meio, nesta sociedade. Mais cedo terminará o campeonato nacional de futebol tal como o conhecemos. E nesse cenário alguém ficará ara trás. E quem dirige sabe isso.

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