ESTES FINS-DE-SEMANA SEM GLORIOSO FUTEBOL
LEVAM-ME AO DESESPERO.
E esta primeira paragem é a pior. Porque ocorre pouco depois de
recomeçar o "rebuçado". É como dar um doce a uma criança, ela lambuzar-se
e depois tirar-lhe o "chupa-chupa" quando está no melhor. Ainda nem
dois meses temos de Glorioso" e já estão a levar-nos os nossos - muito
nossos - futebolistas para prazer deles. Só malandragem no Mundo. Resta-me
recordar "Memórias Benfiquistas de uma Vida" nada mais havendo a dizer
e necessitando - qual vício bom - de escrever acerca do Grande e Inigualável
Benfica. A nossa namorada de uma vida sempre melhor que todas as outras. Nunca
envelhece com a passagem dos anos. Sempre deslumbrante, inteligente, provocante
e desejada por todos.
O momento em que percebi
estar certo
Há alguns anos o Benfica teve uma derrota (merecida) num jogo do campeonato nacional disputada no norte do País frente a um clube do "meio da tabela" que nos tirou da liderança do campeonato nacional. O "Glorioso" não se podia queixar de nada, muito menos de terceiros, tão explicito foi o insucesso. Só tinha que admitir que jogara mal, o treinador decidira mal e a sorte não nos protegeu de grande parte dos nossos intervenientes - futebolistas e treinador - estarem num dia, que até era noite...má. Daqueles em que não se devia sair de casa. Pois estando eu na Benfica TV logo apareceram dois "iluminados" que ainda comentam na BTV a opinar. «Agora é que há necessidade de dizer que jogámos bem e que se não fossemos prejudicados tínhamos vencido!».«É isso mesmo!» respondeu o outro, enquanto olhava para mim! Aquilo "irritou-me". «Eh pá! Vocês pensam que os Benfiquistas, principalmente os telespectadores da Benfica TV, têm todos dez ou doze anos?! A idade mental de uma criança!? Que são estúpidos, já com centenas de jogos "arquivados na memória"! Muitos já viram o dobro ou o triplo dos jogos em relação a vocês. Podem dizer isso, fazendo dos Benfiquistas "trouxas", mas não acredito que convençam nem meia-dúzia. E principalmente não vão conseguir iludir quem não pode ser iludido porque tem de corrigir os erros cometidos para que o próximo jogo seja de sucesso: os futebolistas e o treinador. Eles são profissionais e tal como eu na minha profissão sei quando estive mal e quando estive bem. Quando fui competente e porquê. E quando fui incompetente e porquê.» Naquele momento percebi o efeito das televisões - já havia Sporting TV e Porto Canal «comprado» pelo FCP - em quem a(s) via. Para a informação oficial, os clubes e quem está nos clubes é infalível. Nós enquanto indivíduos em sociedade cometemos erros e arrependemo-nos. As famílias tomam decisões e arrependem-se de algumas. Os dirigentes e votantes dos países implementam soluções ou dão aval com o voto, em que algumas revelam ser problemas no futuro. Nos clubes tudo está sempre certo. Gente infalível sem mácula. Percebi que tinha razão e não tinha que mudar a minha opinião.
Há alguns anos o Benfica teve uma derrota (merecida) num jogo do campeonato nacional disputada no norte do País frente a um clube do "meio da tabela" que nos tirou da liderança do campeonato nacional. O "Glorioso" não se podia queixar de nada, muito menos de terceiros, tão explicito foi o insucesso. Só tinha que admitir que jogara mal, o treinador decidira mal e a sorte não nos protegeu de grande parte dos nossos intervenientes - futebolistas e treinador - estarem num dia, que até era noite...má. Daqueles em que não se devia sair de casa. Pois estando eu na Benfica TV logo apareceram dois "iluminados" que ainda comentam na BTV a opinar. «Agora é que há necessidade de dizer que jogámos bem e que se não fossemos prejudicados tínhamos vencido!».«É isso mesmo!» respondeu o outro, enquanto olhava para mim! Aquilo "irritou-me". «Eh pá! Vocês pensam que os Benfiquistas, principalmente os telespectadores da Benfica TV, têm todos dez ou doze anos?! A idade mental de uma criança!? Que são estúpidos, já com centenas de jogos "arquivados na memória"! Muitos já viram o dobro ou o triplo dos jogos em relação a vocês. Podem dizer isso, fazendo dos Benfiquistas "trouxas", mas não acredito que convençam nem meia-dúzia. E principalmente não vão conseguir iludir quem não pode ser iludido porque tem de corrigir os erros cometidos para que o próximo jogo seja de sucesso: os futebolistas e o treinador. Eles são profissionais e tal como eu na minha profissão sei quando estive mal e quando estive bem. Quando fui competente e porquê. E quando fui incompetente e porquê.» Naquele momento percebi o efeito das televisões - já havia Sporting TV e Porto Canal «comprado» pelo FCP - em quem a(s) via. Para a informação oficial, os clubes e quem está nos clubes é infalível. Nós enquanto indivíduos em sociedade cometemos erros e arrependemo-nos. As famílias tomam decisões e arrependem-se de algumas. Os dirigentes e votantes dos países implementam soluções ou dão aval com o voto, em que algumas revelam ser problemas no futuro. Nos clubes tudo está sempre certo. Gente infalível sem mácula. Percebi que tinha razão e não tinha que mudar a minha opinião.
O momento em que percebi estar errado
Há não muito tempo (dois/três anos) estava com o Rogério Campeão Latino (neste ano de 2017 a caminho dos 95 anos) no café/pastelaria "Sul-América" (que já não existe!) e nessa tarde estava uma televisão generalista a transmitir a "Conferência de Imprensa" do treinador do Benfica que ia defrontar um clube da "zona da despromoção" (e acabou despromovido) na noite seguinte na "Catedral". Seria aí por Abril, quase no final da competição. E havendo pouco movimento e estando nós por baixo da televisão ouviu-se bem o que o treinador dizia. E debitava aqueles lugares comuns (mais abaixo vou deixar um exemplo de dez dos habituais vinte ou trinta que vão "rodando") que TODOS os treinadores dos principais clubes portugueses fazem. Rogério espantado questiona-me. «Mas em que lugar está o ...(adversário)...». «Em penúltimo ou último», respondi-lhe! Rogério voltou à carga: «Então e é preciso dizer isto! O B-E-N-F-I-C-A joga na Luz com um clube que vai descer de divisão e é preciso tanto aviso?!» «Rogério! É para dar um sinal de que não há displicência e falta de respeito pelo adversário» «Achas, bem?» Gaguejei algo do tipo: «Mais que achar, percebo a ideia». «Pois eu não compreendo estas cautelas. Ele e os jogadores têm é que estar conscientes da dificuldade - pois o futebol por vezes é ingrato - mas têm de vencer. Somos o Benfica, jogamos em casa, estamos em primeiro e defrontamos o último». Com esta frase/discurso mudei a minha opinião. Passei a entender as Conferências de Imprensa como meras formalidades em que se diz o que todos sabemos. Tal como o Rogério Campeão Latino só quero que os futebolistas e os treinadores do "Glorioso" tenham consciência de que o Futebol "por vezes é ingrato" e que para evitar isso há que preparar TODOS os jogos muito bem e tentar desde o primeiro segundo marcar golos e não os sofrer. Mais importante que "passar uma mensagem de dificuldades" é fundamental o "grupo de trabalho" estar consciente delas.
Há não muito tempo (dois/três anos) estava com o Rogério Campeão Latino (neste ano de 2017 a caminho dos 95 anos) no café/pastelaria "Sul-América" (que já não existe!) e nessa tarde estava uma televisão generalista a transmitir a "Conferência de Imprensa" do treinador do Benfica que ia defrontar um clube da "zona da despromoção" (e acabou despromovido) na noite seguinte na "Catedral". Seria aí por Abril, quase no final da competição. E havendo pouco movimento e estando nós por baixo da televisão ouviu-se bem o que o treinador dizia. E debitava aqueles lugares comuns (mais abaixo vou deixar um exemplo de dez dos habituais vinte ou trinta que vão "rodando") que TODOS os treinadores dos principais clubes portugueses fazem. Rogério espantado questiona-me. «Mas em que lugar está o ...(adversário)...». «Em penúltimo ou último», respondi-lhe! Rogério voltou à carga: «Então e é preciso dizer isto! O B-E-N-F-I-C-A joga na Luz com um clube que vai descer de divisão e é preciso tanto aviso?!» «Rogério! É para dar um sinal de que não há displicência e falta de respeito pelo adversário» «Achas, bem?» Gaguejei algo do tipo: «Mais que achar, percebo a ideia». «Pois eu não compreendo estas cautelas. Ele e os jogadores têm é que estar conscientes da dificuldade - pois o futebol por vezes é ingrato - mas têm de vencer. Somos o Benfica, jogamos em casa, estamos em primeiro e defrontamos o último». Com esta frase/discurso mudei a minha opinião. Passei a entender as Conferências de Imprensa como meras formalidades em que se diz o que todos sabemos. Tal como o Rogério Campeão Latino só quero que os futebolistas e os treinadores do "Glorioso" tenham consciência de que o Futebol "por vezes é ingrato" e que para evitar isso há que preparar TODOS os jogos muito bem e tentar desde o primeiro segundo marcar golos e não os sofrer. Mais importante que "passar uma mensagem de dificuldades" é fundamental o "grupo de trabalho" estar consciente delas.
A curiosidade de um Benfiquista perante outro com
38 anos de diferença nas idades
Lembrei-me
de lhe perguntar. «Se o Lipo, o Biri ou o Ted Smith tivessem de fazer
declarações o que diriam'». «Não gastavam tempo com isso»! «Mas o
Futebol mudou. Agora a Comunicação Social necessita de materiais para encher
páginas e horas de emissão. Imagine que eles viveriam neste tempo.» «Diriam o
óbvio. Não ganhar, na Luz, aos últimos classificados do campeonato? Era a maior
vergonha das nossas vidas»!
Pode fazer-se o discurso que se quiser acerca do
nosso encontro da 5.ª jornada
Que:
1. O
adversário não tem nada a perder, só tem a ganhar;
2. Os
futebolistas do adversário vão querer aproveitar o jogo para deslumbrarem e
mostrarem-se;
3. O
adversário está muito bem orientado;
4. O
treinador do adversário é muito experiente;
5. O
adversário tem futebolistas muito rápidos;
6. A
preparação do adversário foi feita sem sobressaltos com o plantel completo,
aproveitando uma semana de "selecções";
7. O
futebol é fértil em surpresas;
8. O
adversário já empatou três vezes "em casa" do Benfica;
9. O adversário
joga com o "bloco baixo";
10. O
adversário tem avançados que "defendem bem".
Nem quero imaginar outro resultado a não ser a
vitória
Na
próxima sexta-feira frente ao Portimonense SC. O Tetracampeão recebe o mais
recente primo-divisionário. O melhor clube a jogar em casa, ex-aequo com o FC Porto (dois jogos, duas
vitórias e 8/1 em golos) recebe um dos piores emblemas a jogar em terreno
alheio (dois jogos, duas derrotas e 1/4 em golos). Pior só o CF "Os Belenenses". Além disto tudo, o
"Glorioso" empatou na última jornada. Não fazer três pontos, para
todos (eu incluído):
Será a
maior vergonha das nossas vidas!
Alberto
Miguéns
NOTA: E
Rogério Campeão Latino contou que houve jogos em que sentiu que tinha sido a
maior vergonha da vida dele! Tanto que queria que a semana, no emprego do
Grémio das Carnes, no Rossio de Lisboa, passasse depressa para "poder
levantar a cabeça"
Muito bom artigo, bela análise!!!
ResponderEliminar