1. Equadramento político-desportivo: Pela segunda época no Clube, Jimmy Hagan constitui com o presidente da Direcção (Borges Coutinho) e o novo Chefe de Departamento de Futebol (Fernando Neves) um trio imparável que construíram os caboucos do Benfica “arrasador” dos anos 70 e que permitiram a outros continuar a ganhar durante os aos 80. Estavam reunidos cinco dos melhores de sempre (e até hoje) em cada cargo numa dessas três funções do “Glorioso”. Nesta temporada o Benfica – sem dinheiro, a não ser o dele (associados/quotização/bilhetes e espectadores/bilhetes), sem poder endividar gerências futuras (proibido no Regulamento do Clube) e sem acesso a futebolistas “estrangeiros” tendo de formar e captar jovens promessas - tudo foi feito para não hipotecar o futuro do Clube sempre mais importante que o presente, para nos encher de orgulho e honrar o passado. De verdade, sem discursos encomendados à medida da demagogia e propaganda de latão.
2. Equadramento desportivo: Fizeram-se pequenas alterações no plantel: Rui Rodrigues (28 anos, preparando a saída de Barros) e Artur Correia (21 anos, este um regresso) ambos da Associação Académica de Coimbra, Victor Batista (23 anos) e aproveitamento do júnior Rui Jordão (19 anos) que ingressou no SLB, em 1970/71, proveniente do SC Benguela. As principais mudanças no plantel deveram-se ao contrato de Victor Batista com José Torres e Praia a rumarem definitivamente a Setúbal, para o Vitória FC, tal como Matine por empréstimo. A equipa-titular pode ser considerada a seguinte:
2. Equadramento desportivo: Fizeram-se pequenas alterações no plantel: Rui Rodrigues (28 anos, preparando a saída de Barros) e Artur Correia (21 anos, este um regresso) ambos da Associação Académica de Coimbra, Victor Batista (23 anos) e aproveitamento do júnior Rui Jordão (19 anos) que ingressou no SLB, em 1970/71, proveniente do SC Benguela. As principais mudanças no plantel deveram-se ao contrato de Victor Batista com José Torres e Praia a rumarem definitivamente a Setúbal, para o Vitória FC, tal como Matine por empréstimo. A equipa-titular pode ser considerada a seguinte:
3. Victor Batista com 2 386 minutos, 35 jogos (29 a titular e 17 completos) e 22 golos foi o 14.º jogador mais utilizado e o 3.º melhor marcador depois de Eusébio (43) e Artur Jorge (36). Afectado com duas paragens prolongadas a adaptação de Setúbal a Lisboa não se revelou fácil. Principalmente a Clube Mítico. Com os métodos de Jimmy Hagan assimilados pelo plantel, conquistámos o Bicampeonato (com dez pontos de vantagem para o Vitória FC Setúbal (2.º classificado) e a Taça de Portugal (V 3-2 sobre o Sporting CP), na 6.ª “dobradinha” da Gloriosa História. Conquistamos ainda a 6.ª Taça de Honra de Lisboa e o 2.º troféu Ramón de Carranza, vencendo na final o CA Peñarol, por 3-0! Sem espinhas! Nesta época conseguimos a proeza de atingir as meias-finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus, depois de eliminarmos nos quartos-de-final o SC Feyenoord, que conquistara o troféu em 1970, ao vencermos espectacularmente no nosso estádio o clube holandês, por 5-1, após 0-1, na 1.º mão, em Roterdão. Caímos perante o AFC Ajax (D 0-1 em Amesterdão e E 0-0, na “Saudosa Catedral”) com o clube que se sagraria Tricampeão Europeu, entre 1972/73 e 1973/74.
Da esquerda para a direita. Em pé: Adolfo, Humberto Coelho, Artur Correia, Vítor Martins, Zeca e José Henrique; Em baixo: Jaime Graça (capitão), Néné, Victor Batista, Jordão e Eusébio
|
4. Estatística e algo mais: A estreia foi promissora. Entrou aos dois minutos a substituir José Torres, marcou um golo e até o adversário (Arsenal FC) percebeu o potencial do futebolista. Dos 63 jogos da temporada, não esteve presente em 28 (44 por cento) incluindo a final da Taça de Portugal (frente ao Sporting CP) e no campeonato nacional, nos dois jogos frente ao FC Porto (5.º classificado), nos dois encontros frente ao GD CUF (3.º lugar), e na deslocação a Setúbal (2.º) e na recepção ao Sporting CP (3.º). Isto porque esteve afastado, por lesão em dois longos períodos: entre 29 de Agosto de 1971 a 26 de Setembro de 1972 (seis jogos) e 9 de Janeiro de 1972 a 18 de Março de 1972 (13 jogos).
ADVERSÁRIO, COMPETIÇÕES, JOGOS E GOLOS
Clube
|
Minutos
|
Jogos (35)
|
Golos (22)
| ||||||||
C
|
T
|
E
|
R
|
P
|
C
|
T
|
E
|
R
|
P
| ||
TOTAIS
|
2 386
|
17
|
2
|
5
|
2
|
9
|
11
|
5
|
-
|
-
|
6
|
Arsenal FC
|
123
|
2
|
1
| ||||||||
Newcastle FC
|
62
|
1
|
-
| ||||||||
Middlesbrough FC
|
45
|
1
|
-
| ||||||||
Cagliari AC
|
55
|
1
|
1
| ||||||||
Genova FC
|
24
|
1
|
-
| ||||||||
Atlanta BC
|
90
|
1
|
2
| ||||||||
C. Atlético Madrid
|
90
|
1
|
-
| ||||||||
CA Peñarol
|
27
|
1
|
-
| ||||||||
Vitória FC Setúbal
|
71
|
1
|
1
| ||||||||
FC Wacker Innsbruck
|
69
|
1
|
-
| ||||||||
SC Beira-Mar
|
79
|
1
|
-
| ||||||||
FC Tirsense
|
90
|
1
|
-
| ||||||||
CSKA SS Sófia
|
90
|
1
|
-
| ||||||||
CF “Os Belenenses”
|
81
|
1
|
1
| ||||||||
União CI Tomar
|
56
|
1
|
-
| ||||||||
FC Barreirense
|
115
|
2
|
4
| ||||||||
Atlético CP
|
161
|
2
|
1
| ||||||||
Leixões SC
|
103
|
2
|
2
| ||||||||
Ass. Acad. Coimbra
|
180
|
2
|
1
| ||||||||
Vitória SC Guimarães
|
90
|
1
|
-
| ||||||||
Sporting CP
|
90
|
1
|
-
| ||||||||
SC Farense
|
90
|
1
|
1
| ||||||||
Portuguesa São Paulo
|
79
|
1
|
1
| ||||||||
Boavista FC
|
90
|
1
|
-
| ||||||||
FC Bayern Munique
|
45
|
1
|
1
| ||||||||
AFC Ajax
|
21
|
2
|
-
| ||||||||
AC Marinhense
|
90
|
1
|
2
| ||||||||
CD Cova Piedade
|
90
|
1
|
1
| ||||||||
FC Porto
|
90
|
1
|
2
|
NOTAS:
C – Campeonato Nacional; T – Taça de Portugal; E – Competições Europeias; H –
Taça de Honra de Lisboa; Torneios; P - Particulares