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24 setembro 2016

Manter a Liderança

24 setembro 2016 6 Comentários
UM REENCONTRO DÉCADA E MEIA DEPOIS COM UM CLUBE QUE TEM UMA HISTÓRIA MUITO MAIS INTERESSANTE DO QUE O ANO DA FUNDAÇÃO INDICA - 1949.


O Benfica (Futebol no primeiro escalão) não vai a Chaves desde 14 de Dezembro de 1998 quando venceu, por 4-0, com três golos de Nuno Gomes. Os três primeiros encontros com o GD Chaves foram para a Taça de Portugal – 1976/77, 1977/78 e 1983/84 - ainda com o GD Chaves no segundo escalão, nesse tempo II Divisão. O GD Chaves tem uma história única em termos de superação de dificuldades. Fundado em 1949, entre promoções e despromoções na II e III Divisões, esteve depois doze épocas consecutivas na II Divisão (1973/74 a 1984/85) antes de chegar ao primeiro escalão onde competiu 13 temporadas (8 + 5) em 14 épocas. Um adversário “duro de roer”. Por isso a vitória de hoje terá mais significado!

Um jogo entre os dois únicos emblemas invencíveis em 2016/17 no primeiro escalão
O GD Chaves está invicto em cinco jogos, com três empates e duas vitórias. O "Glorioso" tem apenas um empate. Se o clube flaviense está invicto já com cinco jornadas disputadas - três em terreno alheio - é porque tem capacidade de "tapar os caminhos para a sua baliza".

Com cinco jogos não dá para divagações
Mas percebe-se que o jogo é daqueles que o GD Chaves 2016/17 "gosta". O que parece um contra-senso pois em Chaves ainda não venceu. Pois...mas vai jogar no seu terreno como tem jogado fora dele. Em contra-ataque. "Fechar" a baliza e fazer transições rápidas. É o que dá a entender a diferença entre jogar em Chaves e fora da cidade. Análise em função dos resultados conquistados "fora" (segundo melhor) e "em casa" (apenas dois pontos em dois jogos) mas a ter de assumir o jogo, frente a CD Tondela (E 1-1) e Vitória FC Setúbal (E 0-0). Hoje não vai ser assim. Escrevo por dedução, pois ainda não vi nenhum jogo e garantidamente só verei dois esta temporada. Ambos para a Liga NOS. O resto ainda está por saber.   



     VINTE E SETE FUTEBOLISTAS 2016/2017
Previsão pessoal (tendo em conta o critério* de Rui Vitória): Titulares; Suplentes; Convocados não utilizados
* Que tem sido coerente e melhor que isso...óptimo!
        NOTA: Minutos jogados; Titular; Suplente utilizado; Suplente utilizado substituído; Suplente não utilizado; Convocado não utilizado; L - Lesionado; F – Férias; NC – Não convocado; A – Assistências para golo; G – Golos

Em Chaves já houve mesmo um Benfica local
Embora tardio e breve, nos anos 40. O Benfica identifica-se em vários aspectos com alguns regionalismos dos portugueses. Para falar só do Norte, pois hoje a capital do Benfiquismo está em Chaves. Se no Minho destaco a alegria e o espírito folgazão, nos transmontanos revejo a genica e antes quebrar que torcer. O que nunca saberei é se foi o Benfica a adaptar-se a Portugal ou os portugueses de várias regiões a identificarem-se com o "Glorioso" por verem nele esse multi-regionalismo que hoje é menos visível por haver menos isolamento. O SLB ser Integrador, Democrático e Inter-classista, não fazendo distinções, só trouxe vantagens.



Como é hábito neste blogue
Costuma-se fazer por aqui uma pequena história dos jogos entre o Benfica e o adversário, em casos como este, pois será a primeira vez que neste blogue se escreve acerca do GD Chaves. Mas em primeiro lugar outro aspecto também habitual quando se trata de um clube representativo de uma região. Como chegou o Benfiquismo a Chaves e ao distrito de Vila Real?


Foi o Ciclismo, foi o Ciclismo
Eis o que me foram dizendo em Chaves e Vila Real quando me interessei, em meados da década de 80, pelo assunto: «Benfiquismo por todo o país? Quando e como?». Já escrevi neste blogue que aproveitei idas, em férias ou trabalho, até regiões afastadas de Lisboa, para dar umas “Escapadelas Benfiquistas”. Procurar idosos, com 70/80 anos interessados pelo futebol desde criança – alguns nem eram do Benfica, outros até tinham jogado futebol – para saber como tinha chegado o Benfica a essas cidades/regiões. Confesso que em Trás-os-Montes foi fácil encontrar Benfiquistas mas difícil saber como perceberam a existência do Benfica nos anos 10, 20 e 30. Nos anos 50 ou 60 isso já não tem interesse. Por ser óbvio. A maior parte lembrava-se do José Maria Nicolau ou das equipas de ciclismo do Benfica nas Voltas a Portugal que tinham etapas no Vidago e nas Pedras Salgadas. Tiradas famosas durante muitas edições, até com etapas em contra-relógios individuais. Apesar da dificuldade fiquei com a ideia que foi mesmo o Ciclismo a ter a maior quota no Benfiquismo entre os transmontanos. A primeira Volta a Portugal em Bicicleta realizou-se em 1927. A partir de 1931 passaram a realizar-se todos os anos com passagens pelo planalto transmontano. E fiquei, também, certo que o provérbio está (ou estava até ao primeiro quartel do século XX) certo: «Para lá do Marão mandam os que lá estão» devido ao isolamento que Trás-os-Montes representava para o resto do País. Quase uma “ilha” devido à dificuldade – tempo e custos – em chegar até lá ou sair de lá. Era necessário ir lá ou vir de lá para se conhecer.


O GD Chaves tem uma história de superação fabulosa
Não vou entrar em todos os pormenores (mas já percebi que hoje temos “lençol”) – deixo mais alguns para o jogo da segunda volta – mas a história de superação do GD Chaves, resultado da fusão de dois emblemas rivais da cidade, é única. Até se pode dizer que foi a união com mais sucesso de todas as que se fizeram, pois teve consequências bem visíveis. O clube resulta de uma das muitas – cerca de uma centena – de fusões de clubes que ocorreram em Portugal, nos anos 30 e 40, com a criação dos campeonatos nacionais, da I e II Liga/Divisão. Principalmente depois de 1947/48 quando se iniciou o processo de promoções e despromoções entre as duas Divisões (depois também com a III Divisão, em 1968/69, a entrar nesse processo). O que acontecia até 1946/47 em que os clubes eram apurados para o primeiro e segundo escalão pelas classificações obtidas nos Regionais justificava uma mentalidade mais bairrista, proliferando um número elevado de emblemas a tentar a nível regional sobreporem-se. Com os clubes integrados em competições nacionais percebeu-se que fazia sentido agrupar emblemas em áreas geográficas de proximidade nas grandes cidades ou juntar clubes nas cidades de média ou pequena dimensão demográfica/económica. Entre todas as cerca de cem fusões a do GD Chaves é única. Não só ultrapassou as rivalidades (nisso é comum a quase todas as outras) como superou durante os anos 50, inapelavelmente, o até aí imbatível rival do distrito, o SC Vila Real.



O SC Vila Real ficou SEMPRE à frente dos clubes flavienses durante três décadas!
O Associação de Futebol de Vila Real (AFVR) foi fundada em 1 de Janeiro de 1924. Pois…o SC Vila Real venceu todos os campeonatos regionais - e foram 22, feito único em Portugal a par do SC Covilhã, em Castelo Branco, mas neste distrito só com onze disputados: 1936/37 a 1946/47. O SC Vila Real entre 1925/26 (primeira edição) e 1946/47 foi sempre campeão regional – passando depois para a II Divisão Nacional, mantendo-se os clubes de Chaves no Regional. Mesmo quando se cruzaram – SC Vila Real e clubes de Chaves ou GD Chaves – nas III ou II Divisões Nacionais, o clube de Vila Real ficou sempre à frente dos clubes flavienses – até 1948/49 - ou do GD Chaves a partir de 1949/50. Só em 1952/53 – após três décadas de rivalidade, desde 1925/26 – um clube de Chaves superou o SC Vila Real sagrando-se campeão regional. Vinte e seis temporadas! Depois foi uma superação progressiva em relação ao clube de Vila Real que nunca participou na I Divisão, embora em 1951/52 tenha ficado muito próximo de o conseguir. O GD Chaves está pela 14.ª vez no primeiro escalão. Esta temporada de 2016/17 ilustra na perfeição o sucesso da fusão, em 1949, e da “ultrapassagem” ao emblema da capital de distrito. O SC Vila Real compete no quarto escalão (divisão de honra da AFVR) e o GD Chaves no primeiro escalão. Para um clube – e todos os outros clubes flavienses - que até 1952/53 ficaram SEMPRE atrás do SC Vila Real deve ser motivo de orgulho. Não pela “desgraça” do rival, mas pela capacidade que em 1949 tiveram os associados de dois clubes de Chaves em “juntar os trapinhos” e fundar um clube que até…conseguiria ser superior no futuro, ao SC Vila Real. E de que maneira!


Os símbolos dos clubes da fusão que deram origem ao GD Chaves. Um emblema praticamente igual ao do Flávia SC que já era muito semelhante ao do Município flaviense

O GD Chaves resultou da fusão de dois emblemas com uma rivalidade histórica com mais de duas décadas!
Chaves teve futebol organizado em clubes desde meados dos anos 10 do século XX, com a fundação do Tâmega FC. Depois surgiam clubes, muito episódicos de duas ou três épocas, como o Artístico FC, Sporting Clube de Chaves (filial do SCP), Industrial FC, GD dos Empregados do Comércio, até uma filial do “Glorioso”, o SL e Chaves, o Juventude Flaviense FC, a Académica SC de Chaves, o FC Chaves (filial do FCP), numa profusão que dava para fazer um campeonato só em Chaves, embora na realidade não seja bem assim, porque no tempo, raramente coexistiram mais que quatro clubes. Entre todos resta escrever acerca dos dois mais constantes e consistentes, que dariam origem ao GD Chaves: o Atlético e o Flávia.

Dois clubes, duas realidades
O Flávia SC sucedeu ao Tâmega FC datando a sua fundação de final dos anos 10. O AC Flaviense foi fundado em meados dos anos 20 fazendo renascer o Artístico FC. A Associação de Futebol de Vila Real foi fundada por três clubes: um de Vila Real (SC Vila Real) e dois de Chaves (Flávia SC e Artístico FC). Pelo menos foi isso que me disseram na Sede da AFVR nos anos 80. Tudo o que escrevo neste sub-capítulo foi registado em conversa com os veteranos do futebol em Chaves e Vila Real. Não é “fruto” de qualquer investigação. Por isso repito o que ouvi. O AC Flaviense era mais elitista, tendo o melhor campo (ainda é o estádio actual, em termos de localização) mas o que contava era ser o clube da zona norte de Chaves. O Flávia SC era mais popular, mas essencialmente o clube do sul de Chaves, com campo em Santo Amaro, próximo de Casas-dos-Montes. O AC Flaviense equipava com as cores do Município, riscas verticais largas azuis escuro e brancas. O Flávia SC jogava de azul claro ou amarelo. O AC Flaviense, conhecido por Atlético, nunca teve qualquer interrupção. O Flávia SC teve épocas em que se desorganizou. O AC Flaviense com a trágica morte de Pepe (24 de Outubro de 1931), em Lisboa, do CF “Os Belenenses”, que “tocou profundamente os transmontanos”, pediu a filiação no clube lisbonense, alterando o emblema, mas mantendo o equipamento listado.



De dois…um!
Quando o SC Vila Real, no final de 1946/47, deixou o Regional, como campeão para integrar definitivamente a II Divisão Nacional, finalmente, o AC Flaviense sagrou-se campeão regional (1947/48, com Flávia SC em 3.º lugar) seguindo-se o Flávia SC (1948/49, com AC Flaviense em 2.º lugar). Logo em 1946/47 estes dois clubes de Chaves e o SC Vila Real competiram na II Divisão (o Regional de Vila Real apurava os quatro primeiros emblemas para a II Divisão Nacional) com o clube de Vila Real a vencer a série, o Atlético em 3.º lugar e o Flávia SC como 4.º classificado. Em segundo lugar o CD Celoricense, de Celorico de Basto (AF Braga). Estava dado o “mote”. Era necessário unir esforços para criar um clube com dimensão suficiente para não ser surpreendido, sistematicamente, por clubes de outras localidades! Em 27 de Setembro de 1949, o AC Flaviense e o Flávia SC fundiram-se resultando o GD Chaves. Em relação aos símbolos o emblema é praticamente o mesmo do Flávia e as camisolas têm as riscas do Atlético, embora fosse substituído o branco pelo vermelho. Até ficou “mais elegante”. Para campo de jogos foi escolhido o do Atlético que era o melhor.




Uma particularidade singular na multiplicidade
Em 13 participações na I Divisão, o GD Chaves apenas repetiu o 5.º lugar (melhor classificação). Nas restantes onze…onze lugares diferentes na classificação geral! Abaixo do 5.º lugar só não foi 11.º e 12.º!


Comparativo sem nada de novo. A habitual diferença para os adversários
O "Glorioso" tem ampla vantagem nos confrontos com o GD Chaves, em 29 jogos, registamos 23 vitórias (mais 20 que as três derrotas) e 59 golos marcados (mais 46 que os 13 tentos sofridos).

            JOGOS TOTAIS POR COMPETIÇÃO com GD Chaves
Competição
J
V
E
D
GM
GS
TOTAIS
29
23
3
3
59
13
Campeonato Nacional
26
20
3
3
52
13
Taça de Portugal
3
3
-
-
7
0

GD Chaves tenta sempre fazer jus ao tal adágio popular: «Para lá do Marão mandam os que lá estão»
Em 29 jogos, dos seis insucessos - três empates e três derrotas - quatro (as três derrotas e um empate) ocorreram em Chaves, no estádio à sombra do Forte de São Neutel. Todo o cuidado é pouco. O GD Chaves tem a Cultura da Superação. Desde 1949…



TODOS OS 29 SLB vs GD Chaves
Jogo
N.º
Época
Comp
Sit
V
E
D
01
76/77
TP
C
1-0


02
77/78
TP
C
2-0


03
83/84
TP
C
4-0


04
85/
86
CN
F
1-0


05
CN
C
4-0


06
86/
87
CN
F
2-1


07
CN
C

0-0

08
87/
88
CN
F


0-1
09
CN
C

1-1

10
88/
89
CN
C
2-1


11
CN
F
2-0


12
89/
90
CN
F

0-0

13
CN
C
2-0


14
90/
91
CN
C
1-0


15
CN
F
3-0


16
91/
92
CN
C
4-1


17
CN
F


0-1
18
92/
93
CN
C
3-1

19
CN
F
1-0
20
94/
95
CN
C
5-0

21
CN
F
1-0


22
95/
96
CN
F
2-1


23
CN
C
2-0


24
96/
97
CN
C
3-0


25
CN
F


1-3
26
97/
98
CN
F
1-0


27
CN
C
3-1


28
98/
99
CN
F
4-0


29
CN
C
4-1


30
16/
17
CN
F



31
CN
C



TOTAIS
29 J - 23 - 3 - 3 (59/13)
           NOTA: Em destaque jogos em terreno alheio para o campeonato nacional

Carrega Benfica!


Alberto Miguéns
6 comentários
  1. Parabéns ao Caixa Futebol Campus, um projecto ao nível do melhor que alguma vez existiu no Benfica.

    Era bonito o José Gomes marcar um golo.

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    1. Caro anónimo

      Associo o meu voto de parabéns ao seu.

      A nossa "Fábrica de Talentos". E com a Benfica TV temos tido oportunidade de vê-los crescer.

      Um dia destes ainda hei-de fazer um comparativo "Cidade Desportiva" (Estádio e quatro campos - um sintético e um pelado - na Luz) com o Complexo Desportivo "sem complexos a nível Mundial" no Seixal.

      O Zé Gomes ou marca hoje ou marca em Nápoles. Ou nos dois! Esteve tão perto em Arouca.

      Gloriosas Saudações

      Alberto Miguéns

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  2. Alguns dos maiores Benfiquistas que eu conheço são Transmontanos. Ao nível de falarem do Benfica com o coração na boca. A associação do ciclismo ao Benfiquismo é óbvia mas como o Alberto torna-a mais fácil de perceber com esses belos mapas. Mas pareceu-me que o Alberto sugere o Benfiquismo terá chegado antes. Nas décadas de 10 ou eventualmente de 20?

    Se assim for como se explica? Para lá do fascínio que as camisolas berrantes sempre exerceram presumo que a deslocação de Trasnsmontanos para a capital deve ser parte da explicação. A ligação dos Transmontanos "à terra" (leia-se à sua terra natal) foi sempre enorme.

    Não fazia ideia dessa complexa e fascinante história de fusões que esteve na génese do GDC. Extraordinário!! Obrigado por este maravilhoso texto. Para guardar. Estou certo que os Transmontanos que o lerem gostarão muito!

    Curiosa essa "racionalidade" nas fusões desses Clubes na década de 40. Entre a paixão a realidade por vezes impõem-se.

    Lembro-me de nos finais dos anos 90 ter havido propostas peregrinas de um Estádio único em Lisboa. Livra!!!! Acho que nesse caso em nenhum tempo realidade alguma fará existir um aborto desses.

    A presença do GD Chaves na Super Liga é para mim uma grande alegria. A presença de Trás-os-Montes no campeonato nacional é fundamental. Assim se torna mais completo, mais representativo. Ficaram na minha memória e penso na memória de todos as brilhantes participações do GDC na década de 80 e 90.

    Os meus pais nasceram numa terra mais perto de Vila Real mas eu se tenho clube transmontano, esse é o GD Chaves. Gosto da cidade e gosto da raça do Clube. Mas amanhã espero que tenham um desgosto. Se bem que a maioria do estádio e a maioria da região ficará como eu feliz com a vitória do SL Benfica! Carrega Benfica! Sempre! Carrega Chaves quando não jogares com o Benfica!

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    Respostas
    1. Caro Victor Carocha

      Agradeço as simpáticas palavras.

      Em relação aos anos 10 e 20 tenho dúvidas em Trás-os-Montes. Os "velhotes" não foram explícitos. Lembravam-se de ir a pé (de Chaves ou Vila Real) a Vidago, mas tinham dificuldade em saber com que idade se tornaram Benfiquistas ou ouviram falar do Benfica. Além disso Trás-os-Montes é das regiões - certamente devido ao isolamento - onde não tenho registo de Benfiquistas idos de Lisboa para lá, ao contrário de Portalegre (Leopoldo Mocho), Évora (Cabeça Ramos), Braga (Germano Vasconcelos), Faro (Alexandre Luís Silva), Coimbra, Castelo Branco e Viseu, estas também com filiais do SLB nos anos 20, embora ainda não tenha conseguido saber os nomes dos principais impulsionadores. Chaves só tem uma filial em meados dos anos 40. Já depois dos "efeitos ciclistas". Há uma história na I Volta a Portugal de 1927, contada num jornal que me deixa intrigado. Na 11.ª etapa Guarda-Moncorvo venceu um Glorioso Ciclista, Santos Almeida, com o povo ao seu redor. Mas na 13.ª etapa, Bragança - Vidago, o povo correu para os ciclistas do Benfica e não para o vencedor e líder da volta/futuro vencedor, António Augusto de Carvalho, do Carcavelos SC. Não acredito que tenha sido por influência da vitória na 11.ª etapa, em 6 de Maio de 1927. Parece algo "mais profundo". Pode ser que um dia destes encontre a fonte e digitalize essa notícia fabulosa, ocorrida em Vidago, a 8 de Maio de 1927!

      Carrega Benfica! Rumo ao TETRA e seis!

      Alberto Miguéns

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  3. Obrigado por mais esse detalhe. O episódio da Volta de 1927 é revelador. O Benfica já tinha chegado em força. O Clube do Povo, da alegria e das camisolas berrantes.
    Quem sabe se um dia não termos mais informação sobre como isso aconteceu. Já será tarde mas talvez alguém tenha feitos as perguntas certas na altura certa!

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  4. Um livro. Todos estes belos nacos de história desportiva e não só, tem que ser editado em livro.
    Um livro estará sempre à mão e consultado quando queremos. Os muitos saberes do Alberto Miguéns, não se podem confinar apenas no blogue.

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