O ASSUNTO É DEMASIADO IMPORTANTE PARA FICAR A AGUARDAR POR "MELHOR OPORTUNIDADE". TRATA-SE DO PAI DO BENFIQUISMO. DO NOSSO PAI.
Em tempos fiz um texto ilustrado (vulgar post em blogs) onde dava conta da minha perplexidade (ver 2 de Novembro de 2014) perante o facto de até Outubro de 2010 um dos 24 fundadores e depois o Primeiro Benfiquista, a nossa referência Cosme Damião ser "apenas" Cosme Damião. Mas após essa data passar a ser Júlio Cosme Damião por via da página 19 do livro "Cosme Damião. O Homem que sonhou o Benfica", da autoria de Ricardo Serrado, da editora Zebra.
Depois de ficar intrigado do porquê de ser Júlio sem haver um documento a mostrar que era Júlio eis que um dos leitores - Victor João Carocha - deste blogue e Benfiquista irrepreensível na pesquisa de acontecimentos do passado e identificação de futebolistas utilizando paciência e rigor inexcedível fez-me chegar o registo de baptismo (e nascimento) do nosso Cosme Damião e que publico, com a respectiva conversão para grafia actual:
Aos
vinte e sete dias do mês de Dezembro do ano de mil oitocentos e oitenta e
cinco, nesta Igreja paroquial de São João Baptista do Lumiar, concelho dos Olivais,
diocese de Lisboa, baptizei solenemente um indivíduo do sexo masculino, a quem
dei o nome de Cosme e que nasceu nesta freguesia às quatro horas da tarde do
dia dois de Novembro do corrente ano, filho legítimo de Cosme Damião,
carroceiro, natural desta freguesia e de Rosa Marques, natural de São Martinho
do Sabreu, concelho de Estarreja, diocese do Porto, recebido na freguesia dos
Anjos da cidade de Lisboa e paroquianos desta, moradores na Travessa do
Alqueidão deste lugar, neto paterno de Cosme Damião e Rosário Maria e materno
de Francisco Marques e Maria Rosa. Foi padrinho António Pereira e madrinha Rosa
Marques, aquele casado e esta solteira, trabalhadores os quais todos sei serem
os próprios. E para constar se lavrou um duplicado deste assento que depois de
ser lido e conferido perante os padrinhos comigo não assinaram por não saberem
escrever. Era ut supra
O
pároco Francisco de Paula da Fonseca Neves.
Há ainda dois averbamentos: o casamento e o falecimento.
Casamento: 20 de Julho de 1932
Falecimento: 12 de Junho de 1947
Por fim o assento no jazigo no Cemitério dos Prazeres (em 13 de Junho de 1947)
Alberto Miguéns (com Victor João Carocha)
NOTA: Que interesse teve um "historiador" em viciar o nome de Cosme Damião e até a hora do seu nascimento fazendo-a passar das quatro da tarde para as quatro da manhã?
Se bem que esta "parte gaga" de atrapalhar lugares nos "onzes", horas, dias e anos seja "pasto" num livro com 150 páginas acerca de futebolistas, treinos e jogos. Uma trapalhada pegada! O que quer dizer que consultou outros livros e papelada "às três pancadas" e não teve o cuidado de apontar e verificar para não enganar os leitores. Nem tentar modificar a História. A verdade mesmo que esteja num dado momento oculta vem sempre à superfície! E fica visível! Sempre! Pensaria ele que os Benfiquistas não sabem ou não sabiam nada acerca de Cosme Damião? Está (estava) muito enganado!
NOTA: Que interesse teve um "historiador" em viciar o nome de Cosme Damião e até a hora do seu nascimento fazendo-a passar das quatro da tarde para as quatro da manhã?
Se bem que esta "parte gaga" de atrapalhar lugares nos "onzes", horas, dias e anos seja "pasto" num livro com 150 páginas acerca de futebolistas, treinos e jogos. Uma trapalhada pegada! O que quer dizer que consultou outros livros e papelada "às três pancadas" e não teve o cuidado de apontar e verificar para não enganar os leitores. Nem tentar modificar a História. A verdade mesmo que esteja num dado momento oculta vem sempre à superfície! E fica visível! Sempre! Pensaria ele que os Benfiquistas não sabem ou não sabiam nada acerca de Cosme Damião? Está (estava) muito enganado!
O Mundo Está tão Cheio de Livros como Falto de Verdades
ResponderEliminarO mundo está tão cheio de livros, como falto de verdades. E oxalá que nos homens fossem de algum modo tantos os frutos, quantas são sem número nos livros as folhas; mas a desgraça é que, por mais que sejam muitos os notadores dos livros, são muito mais os que no mundo vivem notados; e não basta vermos encadernados os livros, para que deixemos de ver desencademados os homens. Com efeito, são os livros os suores dos homens ou o engenho dos homens; e está o mundo tão emendado, que já ninguém vive do suor alheio.
Padre António Vieira, in "As Sete Propriedades da Alma"
Saudações Benfiquistas
VJC
Irrepreensível como sempre Alberto.
ResponderEliminarSaudações Gloriosas.
Agora é hora de "entrar em estágio" ;)
O documento é claro e tanto quanto sei nessa altura não existia a possibilidade de mudar o nome.
ResponderEliminarTemos pois uma biografia que apresenta o biografado com nome incorrecto.
É uma inovação.
Saudações Benfiquistas
VJC
Este Serrado está demasiado verde. Pelo crivo vermelho do Minguéns...não passa !!!
ResponderEliminarAlberto Miguéns - Guardião da História Gloriosa do nosso Glorioso !!!
Arrepiante! Que bom ler isto hoje. Abraço amigo.
ResponderEliminar- Pedro Paiva