ESTÁ-LHES NO "SANGUE".
VICIAR. ATÉ AS ASSISTÊNCIAS AOS JOGOS DE FUTEBOL.
Desde a inauguração do estádio, em 16 de Novembro de 2003, que o FC Porto vicia
os últimos dois dígitos (pelo menos) do número de espectadores presentes. Correspondem
sempre ao número da camisola do futebolista que marca o primeiro golo a favor
do FC Porto. Pode não ser o primeiro golo do jogo, se o FCP não começar a
vencer.
Excepções em golos tardios ou jogos sem
golos
Quando têm de anunciar o número de espectadores e o FC Porto
ainda não marcou qualquer golo, anunciam um valor que esteja relacionado com uma ocorrência
que considerem ter prejudicado o FCP: uma grande penalidade que tenha ficado
por marcar, um fora-de-jogo mal assinalado ou um futebolista que tenha sido vítima
de uma agressão (que daria direito a expulsão do adversário), na perspectiva dos portistas... claro. Melhor na perspectiva
de quem (Pinto da Costa ou Antero Henrique, no início, agora não tenho certeza
de quem... talvez os mesmos!) decide - a pedido do responsável pela indicação a tornar pública - o número de espectadores presentes no estádio. No final do encontro,
tendo em consideração, aos ocorrências durante o total de tempo de jogo, o
número pode ser modificado.
Há dez anos que se anda nisto
Não vou indicar aqui todas as assistências, nos jogos da
Primeira Liga, desde 2003/04 no estádio do Dragão Andrade. Chegam as dos cinco encontros das jornadas caseiras
desta temporada em 2014/15.
NOTAS: (1) Quando a assistência ao jogo foi anunciada (por
regulamento, após o intervalo) aos 51 minutos o resultado estava em 0-0. Foram
anunciados 35 509 espectadores mais tarde (depois do jogo) corrigidos para 35 508 presenças. Passou-se
algo com o futebolista Brahimi (n.º 8) que levou os responsáveis a
"desistir" de Jackson Martínez (n.º 9) optar por Brahimi e não por
Óliver Torres (n.º 30) que marcou o 1-0 aos 70 minutos.
(2) Quando a assistência ao jogo foi anunciada, aos 48
minutos, o resultado estava em 0-0, como é óbvio, pois foi também o resultado
final. Foram anunciados 31 209 (Jackson Martínez) e mantidos no seu final.
Moral da história (desta que é imoral)
Tal como no estorieta da fundação no século XIX e outras o
que é que este comportamento exemplifica? É que quem vicia como o FCP vicia, grosseiramente,
sem medo de nada nem ninguém sente que pode fazer o que quiser que está acima
de tudo e todos. Sabendo que estão a fazê-lo porque querem achincalhar o
futebol e quem se interessa por ele.
Sentem-se impunes e capazes de enganar (e
ridicularizar) tudo e todos...
Alberto Miguéns