COM O GENOCÍDIO DO BENFIQUISMO AS ELEIÇÕES SÃO CADA VEZ MAIS O ESPELHO DAQUILO EM QUE SE TORNOU O BENFICA.
Em 6 de Outubro de 2021 já se escreveu acerca disso (clicar) tal como em 20 de Janeiro de 2022 (clicar).
O legado desportivo de Luís Filipe Vieira é muito mau, mas ter arrasado o Benfiquismo foi muito pior
Com quase vinte anos no Clube (até são mais pois Rui Costa é um sucedâneo) transformou, talvez irremediavelmente, para sempre o Benfica. Vinte anos foi muito tempo. Uma geração cresceu num ambiente de cultura anti-benfiquista, mas foram os mais velhos a modificarem o comportamento. Mesmo a minha geração já foi formatada pelos media a manipularem os Benfiquistas afirmando que o Benfica deixara de ser o melhor clube português nos Anos 80 (mentira grosseira), os insucessos desportivos dos Anos 90 e depois a terraplenagem vieirista que arrasou a Cultura Benfiquista, como se vai observando. Os Benfiquistas já não fazem a diferençaa (para os outros a nível qualitativo). Somos apenas mais, maior quantidade, que os outros. Cerca de 45 por cento das pessoas que têm preferência por um clube são do Benfica, depois 23 por cento para o FC Porto, 22 por cento para o Sporting CP e dez por cento para todos os outros milhares de clubes, representando poucos os que têm estes clubes como primeira opção, isto segundo a última sondagem que já tem mais de 15 anos.
O presidente Luís Filipe Vieira trouxe para o Benfica o Anti-Benfica
Chegaram tiques do Sporting CP (como considerar Cosme Damião como principal fundador tal como José Alvalade, o que é uma mentira descarada) entre muitos outros vícios sportinguistas - títulos olímpicos, comemorar segundos lugares e finais perdidas, como vice-campeonatos, etc, etc. Além do que trouxe do FC Porto - predisposição para a vigarice e fazer dos Benfiquistas acríticos "se estão a criticar-me querem o mal do Benfica". Tudo isto arrasou a Cultura Benfiquista. Daí o ódio que se vai vendo e ouvindo entre as candidaturas. Algo impensável na Gloriosa História, em que a existência de listas alternativas aos projectos das Direcções em exercício foram sempre bem-vindos e acolhidos, pois o Benfica só tinha a ganhar com a pluralidade. Isso acabou com Luís Filipe Vieira. Os Benfiquistas tornaram-se iguais aos outros "istas". Como disse resta serem mais. Quantidade, quando o Benfica conseguia pela qualidade dos seus adeptos acrescentar grandeza que suplantava a quantidade, por isso conquistava e distinguia-se mais do que todos os outros juntos. Valendo só a quantidade passará a vencer igual e é necessário um esforço monumental quando antes era muito mais fácil. Era pelo exemplo que os portugueses admiravam o Benfica. Agora o Benfica enferma pelos mesmos vícios e trapalhadas dos outros. A falta de qualidade dos adeptos fez do Benfica um clube risível, onde há mais cultura anti-democrática e desapego ao clube, nesta situação tal como nos outros quando estão na "mó de baixo".
A nível desportivo os dois últimos presidentes são um desastre
Luís Filipe Vieira é o segundo melhor presidente da história do FC Porto depois do Infiel Defunto. Nunca o FC Porto num período de 17 temporadas conquistou tanto. E ainda tem o descaramento de continuar a dizer que o Benfica nem devia ter conquistado o título em 2004/2005. Se é pelo facto de querer justificar as quatro temporadas seguintes então também não devia ter conquistado o de 2009/2010 pelo que ocorreu nas três épocas seguintes. Para Luís Filipe Vieira o FC Porto em vez de ter conquistado dez títulos, em 17 épocas, devia ter conquistado onze ou doze e o Benfica cinco ou seis. Isto é de alguém que tem um problema grave de conflito com o Benfiquismo, ou seja, não o é. E pior. Revela que em termos pessoais é um ser execrável com uma vida que não deve ser exemplo para ninguém. Basta ler "O Águia do Graveto".
Rui Costa corre o risco de passar a ser o segundo melhor presidente do Sporting CP depois do que ocupa actualmente o cargo cimeiro do Conselho Directivo desse clube. A incapacidade de perceber e actuar em honra do SL Benfica são notórias. É um presidente de continuidade não sabendo aproveitar as fragilidades do clube com o qual Luís Filipe Vieira pactuou e deixou-se ultrapassar, de forma infantil e despreocupada, pelo SCP. Não se coloca em questão o Benfiquismo (ao contrário do ser execrável que o antecedeu na presidência) mas sim ser incompetente para gerir um clube. O Clube. Tal como ser excelente futebolista não faz dele bom treinador, também não faz de um bom futebolista um bom presidente.
Se desportivamente é desaste, em termos de associativismo foi fatal. A Cultura Democrática Benfiquista é passado
Construída por adeptos que tiveram o que mereceram por ter: ser felizes com o Benfica, conseguindo que este suplantasse os adversários internos e fosse esteio - num país periférico e limitado - entre os melhores clubes do Mundo. Os actuais, nos quais me incluo, também têm o que merecem. Um Benfica que é risota e escárnio. Tal a quantidade de incapacidades que revela a vários níveis, com destaque para ter deixado que os mandatos de Luís Filipe Vieira tivessem destruído um Benfica com classe e inigualável. O anterior presidente não tendo a cultura do Clube rebaixou o nível. O Benfica é maior que os outros em quantidade. Mas isso já o era antes dele chegar ao Clube.
As eleições sempre foram um pilar - e dos mais importantes - que suportaram o Benfiquismo (e paralelamente o porquê de ser muito melhor que qualquer outro clube)
Enquanto os outros clubes tinham pânico a assembleias-gerais, principalmente as eleitorais, por temerem divisões fraticidades entre associados preferindo escolhas consensuais em Conselhos Gerais (Leoninos ou Portistas, por exemplo) no Benfica fomentava-se o pluralismo para que surgissem ideias e projectos alternativos. Procuravam-se soluções unitárias com listas a integrarem várias sensibilidades, mas não conseguindo surgiam várias listas submetidas à aprovação dos associados. Até 2003, nunca foi drama, antes pelo contrário, um presidente anunciar a recandidatura surgindo uma lista ou listas alternativas que impediram a renovação do mandato. Foi assim em 1946, 1967, 1981, 1987 e 2000. Tal como houve actos eleitorais em que listas alternativas não impediram a renovação de mandatos, não sendo entendidas como "estar a afrontar o presidente em funções era estar a atacar o Benfica" como ocorreu em todas as reeleições de Luís Filipe Vieira, talvez o associado/dirigente que mais prejudicou o Clube acabando com o associativismo Benfiquista com qualidade superlativa em relação aos "istas" de outros clubes. Em 1932, 1977, 1983, 1989 e 1996 houve listas com propostas alternativas que não impediram reeleições, mas nunca foram vistas como aparecerem para desestabilizarem o Clube. Antes pelo contrário. Volto a sublinhar a minha opinião. A vergonhosa gerência Anti-Benfica, entre 2003 e 2021, "matou" o Benfiquismo que vinha de 28 de Fevereiro de 1904 - mesmo sofrendo adaptações para acompanhar a evolução social e económica - não me parecendo que alguma vez este período vergonhoso possa ser considerado um hiato histórico. Quanto a mim veio para ficar e o regresso à pureza inicial é já uma ilusão.
Isso percebe-se quando se assiste a debates entre Benfiquistas. Uns optam por bajular alguém e serem caninos a defender quem bajulam. Outros que primam e têm prazer em ser acríticos. Alguns que o fazemn por escrito são mesmo acéfalos de tão situacionistas. Impressiona como pensam que não criticar é um bem e não algo de bom. Saudades do presidente Borges Coutinho que pedia que fossem críticos da sua gerência pois, sendo as críticas sustentadas, seriam factores de ponderação para poder melhorar as suas ideias e as do sua Direcção. Tempos do Benfica grande e invejado.
Quando pensei, em início de Setembro, fazer este texto
Também pensei fazer já uma apreciação acerca das seis candidaturas propostas, embora não acredite, que estejam todas no acto eleitoral de 25 de Outubro deste ano. Apresentar um nome é o mais fácil. Apresentar 20 nomes para os Órgãos Sociais e preencher todos os requisitos para poder ter a candidatura validada oficialmente e consolidada entre os associados é outra bem diferente. Mas havendo uma reunião agendada, para nove deste mês, entre as seis candidaturas e o presidente da Mesa da Assembleia Geral para "afinar" o Regulamento Eleitoral vou esperar por essa reunião para dar a minha opinião acerca dos seis candidatos a presidentes da Direcção bem como de algumas ideias, iniciativas e nomes entretanto apresentados.
Como é óbvio sendo crítico do modo como está a decorrer esta pré-campanha
Jamais este espaço será usado para conspurcar o nome do Clube, até porque há outros espaços que por acefalia, ressabiamentos ou gosto em o ser, são tascas rascas e esgotos a céu aberto onde circula lama. Quem quiser comentar (e ver os comentários publicados) tem que ter urbanidade e decoro. Algo que agora tem que se pedir o ue mostra como o Clube está bem diferente do que era até 2003.
Até 10 de Setembro!
Alberto Miguéns
Certeiro como sempre. Os meus parabéns por mais este texto.
ResponderEliminarQue regresso mr Miguens sem acento porque nao os tenho neste type writer que texto que maravilha, entao ate ao dia 10 obrigado.
ResponderEliminarObrigado pela clarividência!
ResponderEliminarEstava à procura do artigo onde descreve o que a personagem que foi presidente do Alverca lhe disse sobre o Benfica (enquanto ainda era presidente do Alverca), e sobre trabalhar para o Jornal do Benfica. Se for possível dar uma ajuda, agradecia. :-)
https://em-defesa-do-benfica.blogspot.com/2018/09/um-clube-que-se-deixa-representar-por.html
Eliminarhttps://em-defesa-do-benfica.blogspot.com/2020/08/pontos-nos-is.html
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