TROPECEI NESTA NOTÍCIA QUE AGUARDAVA HÁ MUITOS ANOS. DIGAMOS QUE REPRESENTARÁ POR CENTO.
Resta esperar pelos outros 50 por cento, ou seja, a explicação porque foi ignobilmente ignorado, José Maria Pedroto, depois de falecer em 7 de Janeiro de 1985, durante toda a segunda metade da década de 80 e nos Anos 90, para só ser devidamente reconhecido em 1999! Já o presidente actual, punha e dispunha no clube, pois a passagem do tempo é implacável.
Resta esperar que depois de Pinto da Costa (o principal motivo para Pedroto ficar tanto tempo ignorado) se afastar
Haja um portista ou mais que explique o porquê! Sabe-se bem o porquê! O atual FC Porto (no que tem de mais maquiavélico e sucesso à conta disso) é muito mais obra de Pedroto que de Pinto da Costa. Os portistas se querem elogiar o crescimento desportivo (mais que o de simpatizantes pois neste aspecto pouco mais fizeram que captar os desiludidos filhos dos sportinguistas) do clube deviam de estar mais gratos a Pedroto que a Pinto da Costa.
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| 14 de Julho de 1976. O treinador do Boavista FC, em 1975/76, assina contrato com o FC Porto, perante o presidente da Direcção do FCP (dr. Américo de Sá) e o Chefe do Departamento de Futebol (Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa) |
Pedroto fez os alicerces, Pinto da Costa soube edificar a estrutura
Quando Pedroto se tornou no ideólogo do "Novo FC Porto", em 1976/77, o actual presidente era um aprendiz. Pedroto tinha 48 anos quando reformula a posição do FC Porto no tecido desportivo português. Era um "sabidão" como antigo futebolista, internacional e seleccionador nacional. Conhecia muito bem tudo e todos e como contornar dificuldades e facilitar soluções. Pinto da Costa tinha 39 anos e pouco sabia de futebol, a não ser ter admiração por Pedroto, do ponto de vista de adepto, pois Pedroto era o capitão do FC Porto desde final dos anos 50, conquistara o último título, como tal, em 1958/59 (Pinto da Costa tinha pouco mais que 21 anos) e a última Taça de Portugal em 1967/68 (depois do troféu em 1957/58 frente ao Benfica).
A posição do Benfica acerca de Pedroto (dos seus métodos) era inequívoca entre dirigentes e nunca se alterou
Borges Coutinho na entrevista ao jornal "O Benfica", em 15 de Janeiro de 1974, exprime o sentimento dos Benfiquistas e faz o cânone enquanto Pedroto foi vivo. Quando lhe colocam a questão: «- O Benfica - Direcção, já se vê - pensou em contratar Pedroto?»... deu resposta pronta: «- NUNCA!». Os valores de Pedroto eram o antípoda de Borges Coutinho e do Benfica (de então!)
O "método Pedroto" resultou em pleno
Em 1976/77 o Benfica afirmava-se como o clube que mais beneficiara com o fim do Antigo Regime - muitos dos dirigentes do Sporting CP e do FC Porto fugiram do País pouco depois do 25 de Abril de 1974 - conquistando o Tricampeonato da Liberdade (1974/75 a 1976/77) no 23.º título de Campeão Nacional (incluindo os quatro iniciais como "Campeonato da I Liga"). O FC Porto tinha... cinco (1934/35, 1938/39, 1939/40, 1955/56 e 1958/59). Ou seja, menos 18. Actualmente (2022/23) tem 30 e o Benfica 38. Em 46 anos recuperou dez títulos ao «Glorioso». Em Taças de Portugal, o FC Porto em 1976/77 conquistou a 8.ª (incluindo os 17 iniciais como "Campeonato de Portugal"), tinha o Benfica 18, ou seja, mais dez troféus. Em 2022/23, o FC Porto conquistou o 23.º (mais 15) e o Benfica tem 29 (mais onze) ou seja, o FC Porto "recuperou" quatro troféus. O "método Pedroto" tem resultado traduzindo-se em mais dez campeonatos nacionais e mais quatro Taças de Portugal (nas últimas vinte temporadas, desde 2003/04, o FC Porto arrecadou sete e o «Glorioso»... três!)
O "método Benfica" falhou por falta de liderança
Em qualquer País o maior clube (ou maiores clubes não havendo um que se destaque) são os que desenvolvem o futebol, por serem os que têm mais simpatizantes, associados, estádio, palmarés, reconhecimento nacional e internacional. Em Portugal, o Benfica deixou que o "método Pedroto" se impusesse - ganhar é que conta, seja como for, depois serão obrigados a reconhecer o valor das vitórias e conquistas.
Vou esperar pela justificação de um portista acerca do porquê de Pinto da Costa ter ignorado Pedroto durante década e meia (1985/1999)
Alberto
Miguéns
