Mercado de Inverno ou Invernia? (Parte I: Plantel)

COM A NECESSIDADE DO PRESIDENTE DO CLUBE SE AFIRMAR CADA VEZ MAIS.

Com o desenrolar da actividade associativa e desportiva do «Glorioso» os seus dirigentes vão sendo confrontados com situações que têm de ser resolvidas. Está na capacidade de as resolver...bem, que será julgado o sucesso ou insucesso que têm. Sem esquecer que "carregam" um passado valiosíssimo com quase 120 anos!

 

Apesar de tudo...

Como ainda nem está jogada a primeira volta, tal como faltam as decisões na Taça da Liga e na Liga do Campeões há muito trabalho (e boas decisões que se exigem) pela frente. Mesmo no campeonato nacional estar a sete pontos da liderança torna, praticamente, impossível ser campeão nacional mas como há dois líderes é possível - embora não dependa apenas do Benfica - atingir o segundo lugar e pressionar o primeira. Mas a análise aos "prós e contras" ficará para amanhã.

 

O que é fundamental para ter sucesso é haver harmonia no "grupo de trabalho"

Com cada parte a fazer a...sua parte:

1. Compete aos dirigentes terem liderança. Num clube como o Benfica ser dirigente implica ter capacidade para ser o principal dirigente do desporto em Portugal, pois o Benfica é o clube com mais prestígio, popularidade e capacidade em gerar proveitos financeiros. Para isso é fundamental saberem dar-se ao respeito para serem respeitados. Um dirigente do Benfica não reage...age. Têm de saber defender o Clube pois tal como é o melhor também é o mais desejável de ser "abatido/enfraquecido" pelos adversários que querem (e necessitam) de suplantá-lo. Não chega queixar-se disto, daquilo e do outro. De fulano, sicrano e beltrano. Do factor x, y ou z. Tem de conseguir pôr ordem nos desvarios que pululam no «Futeluso»; 

1.1. Claro que de todos os dirigentes, o do topo (presidente, no casa actual Rui Costa, líder dos líderes) tem que ter uma postura de Estadista. Os melhores presidentes do Clube foram os que souberam ser isso...Estadistas, ou seja, os que unem em vez de dividir. Os que erram menos nas decisões mais complexas e que são fundamentais. Os que sabem ouvir mas depois sabem decidir, sem tibiezas ou subtilezas. Não é fácil, mas por isso terão no Futuro a História do Clube a reconhecer o seu valor como recompensa e no Presente a estima de um número de simpatizantes sem paralelo em Portugal. Ninguém é obrigado a ser presidente, por isso só deve ser presidente e dirigente quem se sente com capacidade para liderar um clube que não é um clube qualquer. É O Clube;

2. Técnicos para saber potenciar os atletas que têm à sua disposição transformando o melhor plantel de modo a formar as melhores equipas de onze e depois de dezasseis com a possibilidade de fazer substituições. Um treinador do Benfica não reage...age. Têm de conseguir resolver rapidamente as situações adversas pois num clube que joga sempre para vencer uma não vitória é sempre uma tragédia ampliada por todo o Mundo. 

2.1. O principal elemento da equipa técnica, neste caso Nélson Veríssimo, tem que avaliar com clareza, agilidade e sapiência o valor dos futebolistas de que dispõe, analisar os objectivos, avaliar as necessidades e perceber o que é supérfluo. Eu tenho a minha visão - em final de Janeiro escreverei opinião acerca do plantel que estará disponível para jogar de Fevereiro a Maio - mas sou leigo e é apenas uma visão de adepto/associado. Se percebesse do assunto tinha ido tirar o curso de treinador e provavelmente, nem assim;   

3. Futebolistas fundamentais para haver sucesso. São eles que jogam por nós, são eles que fazem a história. O que é importante não é saber a história...é fazê-la. Continua a pensar que o Benfica tem o melhor plantel de Portugal - em qualidade individual e no global - embora desequilibrado nalguns sectores - e os quatro têm de estar a nível elevado, pois sendo um fraco, isso implica enfraquecer os outros, para poder fazer face ao Sporting CP e ao FC Porto. Mas é possível corrigir algumas debilidades neste "Mercado de Inverno".  

3.1. Os capitães por serem os mais antigos do plantel têm de ser exemplo. Para lá da competência intrinsecamente desportiva têm de estar aptos a saberem ser dignos de capitanear equipas do Clube.  Um capitão do Benfica não reage...age.

O plantel tem sido utilizado de forma pouco entendível

Num clube como o Benfica tem de haver dois futebolistas com qualidade semelhante para cada um dos onze lugares e depois joga quem está em "melhor forma", além de lesões, suspensões por acumulação de admoestações com cartão amarelo ou expulsões e infecções por covid-19. Há claramente um grupo sobre-utilizado e outro sub-utilizado. Depende das interpretações. Má gestão ou falta de qualidade? Qualquer delas pode ser resolvida a partir de Janeiro de 2022. Se não na totalidade, parcialmente, facilitando já a preparação de 2022/2023.    

      ASSIM VAI O PLANTEL DE 31 GLORIOSOS

NOTAS: Min - Minutos jogados; JT – Jogos totais; Tit – Jogos a titular; SU – Jogos como suplente utilizado;  A – Assistências para golo; G – Golos; Titular; Suplente utilizado; Suplente utilizado substituído; Suplente não utilizado; Convocado não utilizado; S – Selecções Nacionais; L - Lesionado; L * - Recuperar de lesão; Q – Quarentena; NI – Não Inscrito na UEFA; B – Lista B de inscritos na UEFA; B – Jogo na Equipa B; A – Suspenso por acumulação de cartões amarelos; V – Suspenso com cartão vermelho directo; C – Castigo pelos desacatos provocados na final da Taça de Portugal 2020/21; O – infectado com a Covid-19

Cabe, particularmente, a Rui Costa e Nelson Veríssimo

Tomar as decisões que são fundamentais. Dispensas e aquisições neste mês para equilibrar mais e melhor o plantel. Se é necessário e parece que é. Não é fazer "revoluções" pois todas as que foram feitas, em 118 épocas, deram maus resultados, excepto a de final de 1941/42. Mas é isso mesmo...excepção! O Benfica tem ainda muitos desafios jogado a cada "desafio" (nome pioneiro para jogo de futebol) pois geralmente a seguir a este repto (desafio) havia desforra, uma espécie de segunda volta. Uma "coisa" é certa. Na segunda volta do campeonato nacional - e nem penso não arrecadar os três pontos no domingo - é obrigatório o «Glorioso» perder muito menos pontos do que esbanjou na primeira volta e que foram onze, uma barbaridade: três derrotas (duas na «Catedral» e um empate.  

Amanhã se verá na parte II: Calendário

Como é e quando são as competições tal como os ojectivos pois, nesta fase - excepto na Taça de Portugal - há tanto a perder como a ganhar! Mesmo que no campeonato nacional e na Liga dos Campeões seja mais a minimizar danos que a ter condições para conquistar.

 

Acorda, Benfica

 

Alberto Miguéns