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17 fevereiro 2021

O Benfica em Roma

17 fevereiro 2021 9 Comentários

PARA JOGAR PELA SEXTA VEZ NO ESTÁDIO OLÍMPICO DE ROMA.


No nono jogo frente ao Arsenal FC num encontro em que o Benfica, devido às restrições impostas pela Covid-19, utiliza o Estádio Olímpico de Roma para receber a equipa do clube londrino.

O Benfica estreou-se em Roma, e já no actual estádio, tardiamente (1983) mas esteve para jogar nesse estádio a final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em 1965, frente ao FC Inter Milão. Mão jogou porque houve vigarice para que a final fosse no estádio do clube que até era Campeão Europeu e queria ser Bicampeão...e foi! 

 

Roma, Cidade Fechada (depois de Milão, Turim e Florença, por exemplo)

O «Glorioso» estreou-se em Itália, na cidade de Milão, no antigo estádio Arena, em dois jogos da Taça Latina (1956). Depois jogou em Turim (1964), Florença (1964)  e quando se pensava que Roma seria em 1965 eis que um conluio mafioso entre os dirigentes do FC Inter e da UEFA retira a final do estádio Olímpico de Roma (construído para os Jogos Olímpicos de 1960) decidindo disputá-la em Milão no terreno de um dos finalistas! Argumento oficial: em Roma havia muitos "portoghese" (borlistas). Realidade: o FC Inter temia que os romanos nesse dia seriam Benfiquistas, ficando em minoria ou metade/metade. Depois muitas outras cidades se seguiram, como Veneza (1968) e várias nos Anos 70 - 1971: Cagliari, Génova e Bergamo; e 1972: Pádua - em digressões do Benfica até que chegou o dia, quase vinte anos depois do que deveria ter sido. Roma que esteve para ser a quarta cidade transalpina a "ver" o «Glorioso» foi a...nona!



JOGOS NO ESTÁDIO OLÍMPICO DE ROMA


Em cinco jogos, a estreia foi vitoriosa

Seguiu-se um empate e três derrotas nos últimos três jogos. Quatro golos marcados, por três futebolistas: Filipovic (dois golos), Pacheco e Simão. Oito golos sofridos: cinco por futebolistas do AS Roma e três por jogadores do SS Lazio.


Um dos melhores "jogos europeus" do Benfica

Nos quartos-de-final, frente a um dos "candidatos" a conquistar a Taça UEFA, em 1982/83, conjuntamente com o RSC Anderlecht e Valência CF (eliminado nestes quartos-de-final pelo RSC Anderlecht). A estreia do «Glorioso» no estádio Olímpico foi esplendorosa. Filipovic ainda é o melhor marcador do Benfica nesse mítico estádio. Na segunda mão, na «Saudosa Catedral» foi um sufoco, pois o plantel do clube da capital (AS Roma) era fabuloso, dos melhores do Mundo. O empate, a um golo, foi arrancada com muito estoicismo e trabalho, beneficiando de mais um golo de Filipovic. O opositor teria de marcar três golos e não voltar a sofrer. Só marcou um já próximo do final do encontro. A noite de gala foi em Roma. Depois foi vestir o "fato-de-macaco" para segurar o poderio adversário.



A temporada dos dois jogos

Mal sabia o Benfica o que lhe iria acontecer. Transferido Aldair para o clube romano, acertados dois jogos repartidos por duas temporadas, o Benfica deslocou-se ao estádio Olímpico empatando a um golo. Menos de um mês depois teve de lá regressar para jogar a primeira mão da primeira eliminatória da Taça UEFA! Derrota por 0-1! Repetiu-se o resultado na «Saudosa Catedral».




Continuação do "pagamento" de Aldair

O segundo jogo envolvido na transferência de Aldair realizou-se um ano depois (faltaram dois dias para decorrer um ano exacto) com o Benfica a sair derrotado. Subiram os números: 0-2.





Estreia com a SS Lazio

Foi necessário entrar no século XXI para o «Glorioso» regressar ao estádio Olímpico de Roma. Século novo, adversário novo. Depois de quatro jogos frente ao rival (AS Roma) a estreia, no seu terreno, com o SS Lazio. Como se sabe, Lazio é uma província de Itália. Está para esta e para Roma como a Estremadura para Portugal e Lisboa. Ou o Douro Litoral para o Porto. O jogo era para decidir o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, em 2003/04, com o Benfica a ser eliminado: 1-3 no recinto do jogo de quinta-feira e depois 0-1 no estádio do Bessa (do Boavista FC, na cidade do Porto) devido ao desmantelamento da «Saudosa Catedral» e construção do actual Estádio. O Benfica jogava "internamente" no Estádio Nacional mas a UEFA não autorizou jogos no Jamor. Houve que fazer, ainda, dois jogos no estádio do Boavista FC.




Estreia com o Arsenal FC

Quinta feira: sexto jogo no recinto, décimo com o Arsenal FC, primeira mão, em Roma, com a segunda aprazada para o Pireu, na Grécia.


OS CINCO JOGOS DO BENFICA COM O Estádio Olímpico de ROMA

Época

Comp

Res.

Adversário

Marcadores

Treinador

 

82/83

TU

QF: 1.ª

V 2-1

AS Roma

(40; 1-0) Filipovic

(60; 2-0) Filipovic

(65; 2-1)

 

Eriksson

 

90/91

Par

E 1-1

AS Roma

(57; 0-1)

(84; 1-1) Pacheco

 

Eriksson

TU

1/32: 1.ª

D 0-1

AS Roma

(01; 0-1)

91/92

Par

D 0-2

AS Roma

(12;0-1)

(40;0-2)

Eriksson

 

03/04

LC

PE:

1.ª m

 

D 1-3

 

SS Lazio

(16; 0-1)

(52; 0-2)

(63; 1-2) Simão

(79; 1-3)

 

Camacho

20/21

LE

1/16

1.ª m

?

Arsenal FC

?

Jorge Jesus

NOTAS: TU – Taça UEFA; Par – Particular (transferência de Aldair); LC – Pré-Eliminatória para acesso à Fase de Grupos da Liga dos Campeões; a sequência dos golos só foi possível com a colaboração do Benfiquista Mário Pais pois eu não tenho os valores referentes ao adversário




JOGOS FRENTE AO ARSENAL FC


Com nove jogos, quatro no terreno do Benfica, quatro no terreno do Arsenal FC e um em campo neutro (Florença). Em nove jogos, quatro vitórias, quatro derrotas e um empate. Em golos: 16 marcados para 24 sofridos.


Jogo histórico a abrir
O Benfica engalanou-se para receber o clube de Londres, que se sagrara campeão de Inglaterra, em 1 de Maio de 1948, há dois dias. Camisola de seda branca e calções de seda... vermelhos. Que luxo. E que bonito! Mas no "jogo jogado" levámos uma coça. Também a selecção portuguesa levou, 10 a 0, da inglesa. Em 25 de Maio de 1947 no Estádio Nacional. O jogo com o Arsenal FC foi praticamente um ano depois (3 de Maio de 1948). Ao intervalo apenas 0-1. O Arsenal FC trazia números nas camisolas. O Benfica estreou-se numerado no início da temporada seguinte (1948/49), em 19 de Setembro de 1948.

A equipa do Benfica da esquerda para a direita: Francisco Ferreira, Rogério, Moreira, Melão, Arsénio, Fernandes, Contreiras, António Maria, Julinho, Jacinto e Guilherme Espírito Santo. Um "onze" de categoria. Infelizmente já estão todos no "Quarto Anel". Rogério Lantres Carvalho foi o último e este vai ser o primeiro jogo frente o clube de Londres sem que ele o possa ver!


Monumental despedida a José Torres
A temporada de 1971/72 iniciou-se com a Festa de Homenagem a José Torres, uma Glória do Benfica. Jamais será esquecido neste blogue com este jogo que honra José Torres. Em Lisboa, o Benfica derrotou, por 2-0, o Arsenal FC. Uma semana depois, no actual complexo habitacional de Highbury, aguentou-se até aos 70 minutos (2-3). O "célebre jogo das meias amarelas". Depois foram mais...três! Em 20 minutos!


Jogos de apuramento para a I Liga dos Campeões (embora a UEFA não a considere, mas a edição seguinte foi exactamente no mesmo modelo)
Eis-nos chegados a uma das jornadas mais memoráveis da História do Futebol. Nas duas primeiras edições da Liga dos Campeões o modelo eram eliminatórias até aos oitavos-de-final e nesta apurar os oito clubes para dividi-los por dois grupos (A e B) com seis jornadas para apurar os vencedores de cada grupo directamente para a final. Os oitavos-de-final colocaram em confronto dois clubes (Benfica e Arsenal FC) como se de uma final se tratasse. Na primeira mão, perante 80 mil espectadores, na Saudosa Luz, Izaías fez o 1-0 mas Campbell, três minutos depois, colocou o marcador em 1-1. E assim ficou até final. Adivinhavam-se dificuldades quinze dias depois em Londres. Nessa noite inesquecível, Pates deu vantagem aos "mangas brancas" a jogar de amarelo piriquito (1-0, aos 19 minutos). Só que o Benfica estava intratável. Izaías restabeleceu o empate que permitiu o prolongamento. Neste emergiu o Clube Mítico. Toma lá mais dois e bate-nos palmas. E assim foi. Os ingleses merecem ser respeitados porque sabem respeitar quem merece. Ao oitavo jogo em Inglaterra, para as competições da UEFA, o Benfica vence após sete derrotas.

Num dos melhores jogos em terreno alheio para as competições da UEFA o Benfica aguentou para depois "demolir" o poderoso clube londrino alinhando com:


IV Troféu «EusébioCup»

O adversário esteve a vencer (golo de Van Persie) mas o Benfica conseguiu derrotar o Arsenal FC, com golos de Aimar e Nolito, conquistando o troféu pela segunda vez.



Em Roma para o quinto jogo "caseiro", o primeiro, longe de Portugal

Em quatro jogos, três vitórias e uma derrota (na estreia entre os dois clubes) com cinco golos marcados e seis sofridos, mas quatro foram logo no primeiro encontro.


OS NOVE JOGOS DO BENFICA COM O Arsenal FC

Época

Res.

Marcadores

Treinador

Capitão

Guarda-redes

 

47/48

 

D 0-4

05; 0-1

51; 0-2

65; 0-3

85; 0-4

 

Lipo Herczka

 

Francisco Ferreira

 

Rogério Contreiras

 

 

 

 

 

 

71/72

V 2-0

(35; 1-0) Victor Batista

(53; 2-0) Eusébio

Jimmy Hagan

Simões

José Henrique + Fonseca

 

 

 

D 2-6

(15; 0-1)

(33; 0-2)

(44; 0-3)

(55; 1-3) Artur Jorge

(70; 2-3) Diamantino

(73; 2-4)

(80; 2-5)

(87; 2-6)

 

 

 

Jimmy Hagan

 

 

 

Simões

 

 

 

José Henrique

 

 

91/92

E 1-1

(15; 1-0) Izaías

(18; 1-1)

Eriksson

Veloso

Neno

 

V 3-1

(019; 0-1)

(035; 1-1) Izaías

(101; 2-1) Kulkov

(107; 3-1) Izaías

 

Eriksson

 

Veloso

 

Neno

 

96/97

 

V 3-1

(13; 1-0) Panduru

(33; 1-1)

(37; 2-1) Donizete

(42; 3-1) Hassan

 

Paulo Autuori

 

Hélder

 

Preud'Homme

 

11/12

 

V 2-1

(34; 0-1)

(49; 1-1) Aimar

(60; 2-1) Nolito

 

Jorge Jesus

 

Luisão

 Eduardo +

 Artur



14/15



D 1-5

(26; 0-1)

(40; 0-2)

(44; 0-3)

(45+01; 0-4)

(49; 0-5)

(62; 1-5) Gaitán

 

 

Jorge Jesus

 

 

Artur  + Paulo Lopes




17/18




D 2-5

(11; 1-0) Cervi

(24; 1-1)

(32; 1-2)

(39; 2-2) Salvio

(52; 2-3)

(64; 2-4)

(70; 2-5)




Rui Vitória

 



Luisão

 

   


  Júlio César

20/21

?

 

 

Jorge Jesus

 

 

?

 

NOTA: A sequência dos golos só foi possível com a colaboração do Benfiquista Mário Pais pois eu não tenho os valores referentes ao adversário


Com 16 golos marcados

Por 14 futebolistas, destaca-se Isaías (ou Izaias - clicar - como ele uma vez explicou que era o seu verdadeiro nome) com três golos, nos célebres quartos-de-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em 1991/92, que apuravam oito clubes para serem divididos em dois grupos de quatro cujos vencedores jogariam a final da competição. 

 

Carrega Benfica

 

Alberto Miguéns


9 comentários
  1. O nosso GLORIOSO quando era mesmo "O GLORIOSO", foi um belo pedaço de HISTÓRIA!!!
    Agora, que não passa de um clube da propriedade do Vieira, qualquer clube por mais pequeno que seja, apouca o outrora Glorioso.
    É como escrevia Camões; Uma apagada e vil tristeza!!!

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  2. O jogo de 2 Março de 1983 é uma das mais queridas memórias que tenho do Benfica na minha infância. Uma vitória e exibição de classe contra uma equipa que tinha realmente um plantel fabuloso, incluindo nomes como Falcão e Conti.

    Nesta eliminatória podemos esperar tudo. Aos jogadores, treinadores e dirigentes do Benfica cabe honrar a História do Clube e respeitar os adeptos. Dar tudo. Dar uma imagem ambiciosa e afirmativa da equipa.

    Por mais que os tempos sejam difíceis e de divisão, quando entra a equipa em campo, só há um Benfica, só há um interesse. Ganhar.

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  3. Sr.Alberto,começamos a jogar com numeros nas camisolas em 47-48 ou 48-49??
    OBRIGADO!!!!!
    SAUDAÇÕES GLORIOSAS!!!!
    VIVA O BENFICA!!!

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    Respostas
    1. Caro Benfiquista Amaral

      Estreia em 19 de Setembro de 1948. Obrigado pela atenção.

      Saudações Gloriosas

      Alberto Miguéns

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  4. Não esquecendo que "aquela" Roma tinha um meio campo fabuloso:
    Ancheloti (esse mesmo), Prohaska, Falcão e Bruno Conti (uma das equipas estrangeiras que ainda cito de cor).
    No sábado anterior o Benfica tinha feito um jogo fraquito com o Estoril, embora ganho, e os romanos pensaram em favas contadas.
    Mas o treinador era Erikson e o Benficou superiorizou-se a todos os adversários no seu terreno nessa época da Taça Uefa (incluindo o Anderlecht).

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    Respostas
    1. Caro,
      Com o Anderlecht acabou1-1, depois da derrota por 1-0 na 1ª mão.

      Viva o Benfica.

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    2. "E eu não sei"? Lembro-me bem do relato do jogo de lá (lembra-se que o jogo não foi transmitido pela tv, devido a dinheiros?), em que o Benfica foi superior embora sem tradução no resultado. Lembra-se como foi no Benito Villamarin, em Lokeren, na Suiça, em Roma, em Craiova? Pois, na Bélgica foi igual

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    3. Pensei que queria dizer que tinha ganhos os jogos em casa.

      Essa final com o Anderlecht, vi-a ao vivo no Estádio da Luz, na 2ª mão, depois da derrota por 1-0.
      Nessa derrota, o Diamantino falhou um golo à Brian Ruiz.

      Na 2ª mão, acho que o Anderlecht acabou por ser superior e justificar o resultado.

      Viva o Benfica.

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  5. Eu vi os jogos com a Roma o de 83 e 90 e o do Arsenal 91

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