PARA JOGAR PELA SEXTA VEZ NO ESTÁDIO OLÍMPICO DE ROMA.
No nono jogo frente ao Arsenal FC num encontro em que o Benfica, devido às restrições impostas pela Covid-19, utiliza o Estádio Olímpico de Roma para receber a equipa do clube londrino.
O Benfica estreou-se em Roma, e já no actual estádio, tardiamente (1983) mas esteve para jogar nesse estádio a final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em 1965, frente ao FC Inter Milão. Mão jogou porque houve vigarice para que a final fosse no estádio do clube que até era Campeão Europeu e queria ser Bicampeão...e foi!
Roma, Cidade Fechada (depois de Milão, Turim e Florença, por exemplo)
O «Glorioso» estreou-se em Itália, na cidade de Milão, no antigo estádio Arena, em dois jogos da Taça Latina (1956). Depois jogou em Turim (1964), Florença (1964) e quando se pensava que Roma seria em 1965 eis que um conluio mafioso entre os dirigentes do FC Inter e da UEFA retira a final do estádio Olímpico de Roma (construído para os Jogos Olímpicos de 1960) decidindo disputá-la em Milão no terreno de um dos finalistas! Argumento oficial: em Roma havia muitos "portoghese" (borlistas). Realidade: o FC Inter temia que os romanos nesse dia seriam Benfiquistas, ficando em minoria ou metade/metade. Depois muitas outras cidades se seguiram, como Veneza (1968) e várias nos Anos 70 - 1971: Cagliari, Génova e Bergamo; e 1972: Pádua - em digressões do Benfica até que chegou o dia, quase vinte anos depois do que deveria ter sido. Roma que esteve para ser a quarta cidade transalpina a "ver" o «Glorioso» foi a...nona!
JOGOS NO ESTÁDIO OLÍMPICO DE ROMA
Em cinco jogos, a estreia foi vitoriosa
Seguiu-se um empate e três derrotas nos últimos três jogos. Quatro golos marcados, por três futebolistas: Filipovic (dois golos), Pacheco e Simão. Oito golos sofridos: cinco por futebolistas do AS Roma e três por jogadores do SS Lazio.
Um dos melhores "jogos europeus" do Benfica
Nos quartos-de-final, frente a um dos "candidatos" a conquistar a Taça UEFA, em 1982/83, conjuntamente com o RSC Anderlecht e Valência CF (eliminado nestes quartos-de-final pelo RSC Anderlecht). A estreia do «Glorioso» no estádio Olímpico foi esplendorosa. Filipovic ainda é o melhor marcador do Benfica nesse mítico estádio. Na segunda mão, na «Saudosa Catedral» foi um sufoco, pois o plantel do clube da capital (AS Roma) era fabuloso, dos melhores do Mundo. O empate, a um golo, foi arrancada com muito estoicismo e trabalho, beneficiando de mais um golo de Filipovic. O opositor teria de marcar três golos e não voltar a sofrer. Só marcou um já próximo do final do encontro. A noite de gala foi em Roma. Depois foi vestir o "fato-de-macaco" para segurar o poderio adversário.
A temporada dos dois jogos
Mal sabia o Benfica o que lhe iria acontecer. Transferido Aldair para o clube romano, acertados dois jogos repartidos por duas temporadas, o Benfica deslocou-se ao estádio Olímpico empatando a um golo. Menos de um mês depois teve de lá regressar para jogar a primeira mão da primeira eliminatória da Taça UEFA! Derrota por 0-1! Repetiu-se o resultado na «Saudosa Catedral».
Continuação do "pagamento" de Aldair
O segundo jogo envolvido na transferência de Aldair realizou-se um ano depois (faltaram dois dias para decorrer um ano exacto) com o Benfica a sair derrotado. Subiram os números: 0-2.
Estreia com a SS Lazio
Foi necessário entrar no século XXI para o «Glorioso» regressar ao estádio Olímpico de Roma. Século novo, adversário novo. Depois de quatro jogos frente ao rival (AS Roma) a estreia, no seu terreno, com o SS Lazio. Como se sabe, Lazio é uma província de Itália. Está para esta e para Roma como a Estremadura para Portugal e Lisboa. Ou o Douro Litoral para o Porto. O jogo era para decidir o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, em 2003/04, com o Benfica a ser eliminado: 1-3 no recinto do jogo de quinta-feira e depois 0-1 no estádio do Bessa (do Boavista FC, na cidade do Porto) devido ao desmantelamento da «Saudosa Catedral» e construção do actual Estádio. O Benfica jogava "internamente" no Estádio Nacional mas a UEFA não autorizou jogos no Jamor. Houve que fazer, ainda, dois jogos no estádio do Boavista FC.
Estreia com o Arsenal FC
Quinta feira: sexto jogo no recinto, décimo com o Arsenal FC, primeira mão, em Roma, com a segunda aprazada para o Pireu, na Grécia.
OS CINCO JOGOS
DO BENFICA COM O Estádio Olímpico de ROMA
Época |
Comp |
Res. |
Adversário |
Marcadores |
Treinador |
82/83 |
TU QF: 1.ª |
V 2-1 |
AS Roma |
(40; 1-0) Filipovic (60; 2-0) Filipovic (65; 2-1) |
Eriksson |
90/91 |
Par |
E 1-1 |
AS Roma |
(57; 0-1) (84; 1-1) Pacheco |
Eriksson |
TU 1/32: 1.ª |
D 0-1 |
AS Roma |
(01; 0-1) |
||
91/92 |
Par |
D 0-2 |
AS Roma |
(12;0-1) (40;0-2) |
Eriksson |
03/04 |
LC PE: 1.ª m |
D 1-3 |
SS Lazio |
(16; 0-1) (52; 0-2) (63; 1-2) Simão (79; 1-3) |
Camacho |
20/21 |
LE 1/16 1.ª m |
? |
Arsenal FC |
? |
Jorge Jesus |
NOTAS: TU – Taça UEFA; Par – Particular (transferência de
Aldair); LC – Pré-Eliminatória para acesso à Fase de Grupos da Liga dos
Campeões; a sequência dos golos só foi possível com a colaboração do
Benfiquista Mário Pais pois eu não tenho os valores referentes ao adversário
Com nove jogos, quatro no terreno do Benfica, quatro no terreno do Arsenal FC e um em campo neutro (Florença). Em nove jogos, quatro vitórias, quatro derrotas e um empate. Em golos: 16 marcados para 24 sofridos.
Num dos melhores jogos em terreno alheio para as competições da UEFA o Benfica aguentou para depois "demolir" o poderoso clube londrino alinhando com: |
IV Troféu «EusébioCup»
O adversário esteve a vencer (golo de Van Persie) mas o Benfica conseguiu derrotar o Arsenal FC, com golos de Aimar e Nolito, conquistando o troféu pela segunda vez.
Em Roma para o quinto jogo "caseiro", o primeiro, longe de Portugal
Em quatro jogos, três vitórias e uma derrota (na estreia entre os dois clubes) com cinco golos marcados e seis sofridos, mas quatro foram logo no primeiro encontro.
OS NOVE JOGOS
DO BENFICA COM O Arsenal FC
Época |
Res. |
Marcadores |
Treinador |
Capitão |
Guarda-redes |
|
47/48 |
D 0-4 |
05; 0-1 51; 0-2 65; 0-3 85; 0-4 |
Lipo Herczka |
Francisco Ferreira |
Rogério Contreiras |
|
71/72 |
V 2-0 |
(35; 1-0) Victor Batista (53; 2-0) Eusébio |
Jimmy Hagan |
Simões |
José Henrique + Fonseca |
|
D 2-6 |
(15; 0-1) (33; 0-2) (44; 0-3) (55; 1-3) Artur Jorge (70; 2-3) Diamantino (73; 2-4) (80; 2-5) (87; 2-6) |
Jimmy Hagan |
Simões |
José Henrique |
||
91/92 |
E 1-1 |
(15; 1-0) Izaías (18; 1-1) |
Eriksson |
Veloso |
Neno |
|
V 3-1 |
(019; 0-1) (035; 1-1) Izaías (101; 2-1) Kulkov (107; 3-1) Izaías |
Eriksson |
Veloso |
Neno |
||
96/97 |
V 3-1 |
(13; 1-0) Panduru (33; 1-1) (37; 2-1) Donizete (42; 3-1) Hassan |
Paulo Autuori |
Hélder |
Preud'Homme |
|
11/12 |
V 2-1 |
(34; 0-1) (49; 1-1) Aimar (60; 2-1) Nolito |
Jorge Jesus |
Luisão |
Eduardo + Artur |
|
14/15 |
D 1-5 |
(26; 0-1) (40; 0-2) (44; 0-3) (45+01; 0-4) (49; 0-5) (62; 1-5) Gaitán |
Jorge Jesus |
Artur + Paulo
Lopes |
||
17/18 |
D 2-5 |
(11; 1-0) Cervi (24; 1-1) (32; 1-2) (39; 2-2) Salvio (52; 2-3) (64; 2-4) (70; 2-5) |
Rui Vitória |
Luisão |
Júlio César |
|
20/21 |
? |
|
Jorge Jesus |
|
|
|
? |
|
|||||
Com 16 golos marcados
Por 14 futebolistas, destaca-se Isaías (ou Izaias - clicar - como ele uma vez explicou que era o seu verdadeiro nome) com três golos, nos célebres quartos-de-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em 1991/92, que apuravam oito clubes para serem divididos em dois grupos de quatro cujos vencedores jogariam a final da competição.
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Benfica
Alberto
Miguéns
O nosso GLORIOSO quando era mesmo "O GLORIOSO", foi um belo pedaço de HISTÓRIA!!!
ResponderEliminarAgora, que não passa de um clube da propriedade do Vieira, qualquer clube por mais pequeno que seja, apouca o outrora Glorioso.
É como escrevia Camões; Uma apagada e vil tristeza!!!
O jogo de 2 Março de 1983 é uma das mais queridas memórias que tenho do Benfica na minha infância. Uma vitória e exibição de classe contra uma equipa que tinha realmente um plantel fabuloso, incluindo nomes como Falcão e Conti.
ResponderEliminarNesta eliminatória podemos esperar tudo. Aos jogadores, treinadores e dirigentes do Benfica cabe honrar a História do Clube e respeitar os adeptos. Dar tudo. Dar uma imagem ambiciosa e afirmativa da equipa.
Por mais que os tempos sejam difíceis e de divisão, quando entra a equipa em campo, só há um Benfica, só há um interesse. Ganhar.
Sr.Alberto,começamos a jogar com numeros nas camisolas em 47-48 ou 48-49??
ResponderEliminarOBRIGADO!!!!!
SAUDAÇÕES GLORIOSAS!!!!
VIVA O BENFICA!!!
Caro Benfiquista Amaral
EliminarEstreia em 19 de Setembro de 1948. Obrigado pela atenção.
Saudações Gloriosas
Alberto Miguéns
Não esquecendo que "aquela" Roma tinha um meio campo fabuloso:
ResponderEliminarAncheloti (esse mesmo), Prohaska, Falcão e Bruno Conti (uma das equipas estrangeiras que ainda cito de cor).
No sábado anterior o Benfica tinha feito um jogo fraquito com o Estoril, embora ganho, e os romanos pensaram em favas contadas.
Mas o treinador era Erikson e o Benficou superiorizou-se a todos os adversários no seu terreno nessa época da Taça Uefa (incluindo o Anderlecht).
Caro,
EliminarCom o Anderlecht acabou1-1, depois da derrota por 1-0 na 1ª mão.
Viva o Benfica.
"E eu não sei"? Lembro-me bem do relato do jogo de lá (lembra-se que o jogo não foi transmitido pela tv, devido a dinheiros?), em que o Benfica foi superior embora sem tradução no resultado. Lembra-se como foi no Benito Villamarin, em Lokeren, na Suiça, em Roma, em Craiova? Pois, na Bélgica foi igual
EliminarPensei que queria dizer que tinha ganhos os jogos em casa.
EliminarEssa final com o Anderlecht, vi-a ao vivo no Estádio da Luz, na 2ª mão, depois da derrota por 1-0.
Nessa derrota, o Diamantino falhou um golo à Brian Ruiz.
Na 2ª mão, acho que o Anderlecht acabou por ser superior e justificar o resultado.
Viva o Benfica.
Eu vi os jogos com a Roma o de 83 e 90 e o do Arsenal 91
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