Ele lá Saberá

ACERCA DO MODO COMO UTILIZA A CADA JOGO E GERE O PLANTEL DURANTE A TEMPORADA.

Mas cada associado do Benfica tem por obrigação estar atento e até contribuir para o desenvolvimento do Clube.

 

É aliás um dos seus Deveres (alínea e), ponto 1. do artigo 18.º)

«Participar de forma ativa (antes era activa) e permanente na vida do Clube...». Este articulado continua a ser ainda um bom artigo pois vem sendo copiado dos Estatutos de 1923. Quase tudo do que foi inventado em 2010 é que é intragável, aliás, foi "único no Mundo": os associados de um clube votarem por maioria (não houve unanimidade, que eu estava lá e vi!) cederem direitos a funcionários do Clube e a dirigentes que não são, pois estão dirigentes enquanto os outros aceitarem (embora electronicamente o "algoritmo" venha de um Outro Mundo ferreiriano) que estão a pagar em quotização, entre outros dinheiro$!

 

Regressando ao que é tema para hoje

Jorge Jesus tem um modo muito próprio de gerir as temporadas com as virtudes e os defeitos que sete épocas já dão para "conhecer de ginjeira". Mesmo nesta temporada com praticamente o mesmo número de jogos das anteriores - as pré-eliminatórias da Liga dos Campeões e a Taça da Liga foram encurtadas - num menor espaço de tempo continua a utilizar quase sempre os mesmos futebolistas.

 

NOTAS: Minutos jogados; Titular; Suplente utilizado;  Suplente não utilizado; Convocado não utilizado; L - Lesionado; L* - Lesionado durante o aquecimento; S – Convocados para as Seleções Nacionais; NC – Não Convocado (só jogos na pré-temporada); N – Não estava contratado; NI – Não Inscrito na UEFA; V – Suspenso com cartão vermelho directo; A – Suspenso por acumulação de cartões amarelos; A – Assistências para golo; G – Golos

Com André Almeida a servir de "fiel"

O futebolista já não joga desde 18 de Outubro de 2020. Mesmo assim ainda é o 20.º com mais tempo de utilização, fazendo apenas os oito jogos iniciais quando o último foi o 36.º jogo em 2020/2021. E até há bem pouco tempo (23.º jogo) era o 15.º mais utilizado a par de Seferovic. Actualmente, o 12.º futebolista mais utilizado (Seferovic, com 1568 minutos) tem apenas 62 por cento da utilização de Vertonghen, com 2508 minutos. Os onze mais utilizados são quase sempre os...mesmos no onze inicial (varia um/dois). Só "castigos", algumas pequenas mazelas e a Covid-19 lhes deram descanso.

 

Para que serve ter alguns futebolistas se não contam?

Diogo Gonçalves (21.º) em 36 jogos foi utilizado em 16, num total de 541 minutos, em média, 34 minutos por jogo e 15 minutos por época.

Chiquinho (22.º) em 36 jogos foi utilizado em 18, num total de 501 minutos, em média, 28 minutos por jogo e 14 minutos por época.

Gonçalo Ramos (24.º) em 36 jogos foi utilizado em 10, num total de 302 minutos, em média, 30 minutos por jogo e oito minutos por época.

Samaris (25.º) em 36 jogos foi utilizado em 10, num total de 278 minutos, em média 28 minutos por jogo e oito minutos por época.

Mesmo Pedrinho (17.º) e Cervi (19.º) têm escassa utilização para o potencial que têm, um pelo preço da transferência e outro pelo rendimento sempre que é solicitado. 

 

Para quê ter futebolistas em quem não acredita?

Com mais dois plantéis seniores - Equipa B e sub-23 - era preferível colmatar necessidades momentâneas - que é o que para o treinador quase metade do plantel principal serve - recorrendo a esses futebolistas. Desperdício em dinheiro e sobrecarregar os restantes.

Com o que falta disputar há muitos minutos para jogar

O Benfica necessita de consolidar o acesso à Liga dos Campeões de 2021/2022 através da Liga NOS, além de conquistar a Taça de Portugal e atingir uma fase avançada na Liga Europa. É obrigatório corrigir com o Arsenal FC  o facto do Benfica ter um adversário, teoricamente, mais forte por ter feito uma fase de grupos da Liga Europa abaixo do exigido não sendo cabeça-de-série desta eliminatória. Vão ser jogos intensos. Jorge Jesus tem obrigação de gerir o plantel que tem. Vir justificar indesejáveis fracassos será sempre, mas sempre: 

 

Com "desculpas esfarrapadas..."

 

Alberto Miguéns