Aproveitando uma viagem obrigatória a Praga, interessante foi a amena conversa com um «velho conhecido» (Luboš Jeřábek) ainda antes de haver internet nem República Checa, mas sim ainda Checoslováquia e esta ser comunista embora ele - mais velho do que eu - tivesse conhecido o mártir Jan Palach e adepto do Bohemians Praga 1905.
Falar com um «Bohemiano» tendo mesmo à frente a loja do AC Sparta Praga |
Falei pessoalmente com ele pela segunda vez, a primeira em 2013, apesar de o «conhecer» desde 1985 mas nunca ter conseguido ir a Praga cidade proibida aos ocidentais desde os acontecimentos de Agosto de 1968.
Tudo isto para perceber com alguém que deve ser um dos melhores conhecedores do Futebol Europeu (do checo é de certeza) da sua história e presente como se perspectiva o Futuro e perceber como pode um País que tem algumas semelhanças futebolísticas com Portugal (mas também diferenças assinaláveis pois é de desportistas e não só de futebolistas, basta comparar as medalhas conquistadas em jogos Olímpicos) ter os principais clubes da República Checa e da Eslováquia arredados das competições - inferiores aos portugueses - quando o Futebol da Checoslováquia, a nível de selecções, chegou a ser dos mais fortes do Mundo - campeão europeu em 1976 e segundo lugar nos Mundiais de 1934 e 1962, no Chile. E tendo a República Checa ultrapassado Portugal em nível/qualidade de vida. Com tendência para aumentar.
E tal não se reflecte no Futebol e a explicação é curiosa bem como o desinteresse dos checos e de toda a Europa para com os clubes portugueses. Até pelos seus clubes embora não haja praticamente (tal como entre os portugueses) um checo "sem clube".
Só que as gerações mais novas (menos de 30 anos) têm dois clubes: os das vedetas internacionais e o "seu" clube checo(!), preferindo o dos "grandes craques mundiais". Mas isso e isto fica para depois de sábado.
Agora o que conta é a vitória frente ao CD Santa Clara
Alberto Miguéns