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18 julho 2017

Ainda Estou Com Ela Atravessada

18 julho 2017 0 Comentários
AQUELA DERROTA FRENTE AOS «JOVENS RAPAZES DE BERNA» CUSTA A DIGERIR.



No futebol há situações que não consigo compreender porque não devem ser para compreender.

Para haver no Benfica disto



Têm de haver também "Andrés Almeidas". Sempre houve!




Actualmente os primeiros jogos das temporadas
Já não são o que foram. Há uma enorme avidez por eles. Quer dos adeptos após a quarentena desde finais de Maio a início de Julho, passando pelos media. Por isso não acredito que os responsáveis técnicos do "Glorioso" tenham jogado com os dois adversários sem os terem observado, mormente, durante os dois jogos iniciais do torneio. Não se tratando de um estudo exaustivo e minucioso como se fossem jogos para competições oficiais, penso que devem ter sido vistos e objecto de um estudo mínimo. Derrotas são sempre más. Derrotas pesadas frente a adversários considerados de potencial inferior podem ser demolidoras.



Claro que os considerandos seguintes são como treinador de sofá
Os treinadores do Benfica é que sabem o que é útil, em Julho, para as seis dezenas de jogos durante 2017/18. Eu tenho a vantagem de poder estar cem por cento de acordo com eles quando o Benfica vence e discordar quando empata e perde. Tenho a oportunidade de tomar as decisões "infalíveis" depois de terminados os jogos!



Intervalos trocados
Aqui começam as minhas teorias infalíveis. O adversário de quinta-feira (segundo escalão) era claramente inferior ao de sábado (segundo classificado em 2016/17 no primeiro escalão, apurado para a penúltima pré-eliminatória da Liga dos Campeões e a iniciar o campeonato 2017/18, em 22 de Julho, logo a receber o Octocampeão suíço, FC Basileia).

1. O Benfica só tinha um defesa-esquerdo (Hermes) pois este fez o jogo todo (90 minutos) frente ao clube do segundo escalão e 45 horas depois teve de ser titular frente ao tal clube com plantel superior saindo ao intervalo;

2. O Benfica no primeiro jogo chegou ao intervalo com dois golos de vantagem e o jogo ganho, a menos que fossemos passarinhos em vez de Águias. Podia-se fazer as substituições que se entendesse para "dar minutos" em competição ao plantel que só treinava desde 30 de Junho;

3. O Benfica no segundo jogo ao intervalo, estava empatado a um golo e a perceber que só a melhor qualidade individual conseguia equilibrar o melhor entrosamento e frescura física do adversário. Pois aos 45 minutos - perante tantas dificuldades - mudou-se radicalmente (para pior como em teoria seria previsto) a defesa. No primeiro jogo depois do intervalo: Pedro Pereira, Lisandro, Jardel e Hermes. No segundo jogo depois do intervalo: Pedro Pereira, Lisandro, Jardel e André Almeida. Ora André Almeida é um "pronto-socorro" que joga e dá sempre o máximo mas naturalmente tem características inatas que fazem dele melhor defesa-direito que defesa-esquerdo! E estamos a falar de um sector que nada tem a ver com o de 2016/17, por isso ainda está fragilizado (entrosamento e cansaço) e curto (alternativas) para as ambições do Benfica: Ederson; Nélson Semedo, Luisão, Lindelöf e Grimaldo ou Eliseu;

4. O Benfica sem onze futebolistas importantes ainda de férias, lesionados ou um acabado de chegar (Mitroglou) arrancou para a segunda parte do segundo jogo com um sector defensivo inferior ao do primeiro jogo. E nesse jogo de quinta-feira estava a vencer por dois golos, a dominar e o adversário era limitado. Quase tudo o oposto frente ao que se estava a passar no sábado. E considero que o onze inicial de sábado até era mais forte. Os médios Fejsa e Filipe Augusto (como se diz no futebolês do século XXI no corredor central), mantendo Diogo Gonçalves na ala-direita por merecer devido ao excelente jogo de quinta-feira e Rafa (embora também pudesse ser Cervi como no encontro de quinta-feira). No sector defensivo Lisandro no lugar de Rúben Dias. Três alterações - Lisandro, Fejsa (com Filipe Augusto mais ofensivo) e Rafa (mesmo que fosse Cervi) que mostravam haver consciência (também era o que mais faltava não haver) do BSC Young Boys ser superior ao Neuchatel Xamax FCS. Provavelmente o onze inicial de quinta-feira nem empatado chegaria ao intervalo no sábado;

5. O Benfica actual - neste momento - vive muito do "crer, alma e querer" de Jonas. Quando o goleador e estratego vai abaixo, vai também a equipa em campo. O futebol não deixa de ser místico e o Benfica de ter Mística;

6. Pronto. Já chega!


André Almeida é um jogador "À Benfica"
Dá o que tem e o que parece não ter. Joga sempre no limite...até a apanha-bolas só para estar mais perto de chegar à comemoração de um golo do Benfica. É melhor a defesa-direito (foi o do TRI), depois a médio-defensivo e finalmente a defesa-esquerdo. O Benfica para ter solistas fenomenais tem de ter «Andrés Almeidas». Sempre teve desde 1904. Até no Bicampeonato Europeu, com Neto e Saraiva. Além de Mário João, Ângelo ou Cruz, por exemplo. Fundamentais para os "stradivarius" poderem brilhar. André Almeida pode não ser um indiscutível nos "onzes titulares" mas é um pilar dos plantéis. Um futebolista de enorme alma e «Chama Imensa». Cá dos meus!


Para mim só há uma nacionalidade no Benfica. A nacionalidade...Benfica!
A naturalidade no "Glorioso" para mim é completamente acessória. Tanto carinho tenho por um natural da minha aldeia de Montalvão (se um dia jogar no Benfica) como por alguém com naturalidade nos antípodas, na Nova Zelândia.
Neste blogue não há - nem nunca haverá - listas de portugueses e estrangeiros. Dos «estrangeiros» com mais jogos, golos, assistências ou títulos, por exemplo. Só listas de Gloriosos Futebolistas porque têm todos a mesma nacionalidade: Benfica. Mas quem entender tem todo o direito de as fazer. Só são criticáveis tendo erros. De resto liberdade total. Não sou egocentrista. Apenas teimoso quando tenho razão. Luto por ela. Pela verdade.
Há uma pequena diferença apenas na preferência pelos futebolistas...os da Formação por isso mesmo, serem incubados de «Manto Sagrado» e porque - felizmente com a Benfica TV - os vimos crescer desde os "sintéticos dos Pupilos" ao relvado dourado da "Catedral".


Afinal há ou não aposta no "Caixa Talentos»?
É que foi-me dada essa ideia, mas depois na prática não é isso que sinto. Foi-me dito que o futuro do plantel estava no Seixal. Até já estavam referenciados por um bom par de anos - quem e como - para substituir os que iam saindo. Não me parece...É que Chrien foi titular em vez de Pêpê. E Willock estreou-se, na ala, primeiro que Heriberto. E Arango foi primeira opção para avançado que Heriberto. Além de que Ferro (e Pêpê) nem se estrearam em 180 minutos bem medidos ou não jogássemos na Suíça! E volto a dizer que tenho por Arango, Willock e Chrien o mesmo carinho que por todos os outros. Desde que honrem o "Manto Sagrado". Mesmo que sejam infelizes. Eu até sou contra fazer listas dos piores, em plataformas de comunicação do Clube, porque a responsabilidade de serem considerados "os piores" nem é deles. É dos dirigentes que os contrataram e dos treinadores que os colocaram a jogar. Certamente que «os piores» tentaram corresponder ao que deles esperavam quando os contrataram e colocaram a jogar. Se "falharam" foi por mil-e-um motivos...


Nunca mais é quinta-feira
Estou cá com ela ainda atravessada desde sábado à tarde!

Vamos Benfica

Alberto Miguéns

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