Quando algum de nós, como Mário Pais, eu e muitos Benfiquistas que passamos horas fechados em Bibliotecas e Hemerotecas, por gosto (e o gosto não cansa) por vezes somos uns picuinhas à procura de deslindar um golo (pois há várias versões conforme a publicação), um minuto de um golo ou expulsão, quem fez a assistência, quem jogou de facto pois há nomes que se repetem como Teixeira I, Teixeira II até Teixeira III, entre outros, deparamo-nos com a grandeza do Clube. Muito para além destas pesquisas. De rajada, mas já lá vou. Porque há sempre outros assuntos, como por exemplo, saber se Mário Rui é o mesmo que regressou ou outro futebolista diferente com o mesmo nome. "Coisas" que ao comum dos mortais são pormenores que não merecerão um minuto de preocupação e que às vezes levam sete/oito horas a esclarecer e nem sempre cabalmente.
Mas isso nem é "trabalho"
É ocupar o tempo. Não é gastá-lo porque é tempo gasto que nos dá prazer. Vamos ao essencial do texto de hoje. Mas não há prazer maior que andar à procura de um pormenor e encontrar um texto de um repórter ou jornalista feito há 100 anos, há 80, há 50 a elogiar o Benfica! Aí pára tudo. Interessa lá o minuto do golo! Ou da substituição ou expulsão. Ainda que seja uma interrupção que sabemos temporária. Porque essa "picuinhisse" não ficou esquecida, mas apenas suspensa. Pausa. Silêncio. Concentração. Eis um exemplo.
«O Século»
Em 1912, há 105 anos, no jornal que devia ser o mais importante na época, com maior tiragem e o mais lido (O Século) alguém escrever "isto" sobre um clube que agora tem 113 anos, mas que em 1912 tinha...OITO! Pouco mais que meia dúzia de anos! Isto sobrepõem-se a qualquer dado estatístico. Quando se encontram textos destes, mesmo que não se consiga descobrir após 7/8 horas de pesquisa o que se procura, eu costumo dizer (e sei que Mário Pais também): «Hoje caiu-me no colo, como que do nada - por ser inesperado, imprevisível - algo de extraordinário. Hoje ganhei o dia»!
(clicar em cima da imagem para obter melhor visualização)
Texto cedido por Mário Pais e publicado neste blogue dia 28 de Abril de 2017 pelas 15 horas |
Uma preciosidade chamada Benfica
Descobrir estas pérolas debruadas a platina com diamantes incrustados é o mais fantástico que nos pode acontecer. Ainda que adie a descoberta para mais tarde ou até para o dia seguinte de que nome próprio tem o Teixeira I, II e III. Fica para mais tarde. Ler uma publicação a elogiar o SLB há 110, 100, 90, 80, 75, 70 anos (antes da conquista da Taça Latina) dá um prazer indescritível. Porque percebemos que os nossos - contemporâneos das crónicas - delas tomaram conhecimento. É prazer a redobrar. Primeiro para nós - em pleno século XXI - sabermos que o Clube já era elogiado ainda tão jovem, e depois - por isso prazer redobrado - por eles, por sabermos que eles em vida, sentiram-se reconhecidos.
Obrigado Benfica!
Alberto Miguéns
É um bichinho tremendo. Quem o apanha fica-lhe com o gosto para a vida. Benfica e jornais antigos, irresistível! E felizmente há ainda outros tipos de fontes que se pode explorar para além de jornais. Caçar detalhes, ligações e factos novos/esquecidos é uma parte fundamental do prazer. E quando se resgata do esquecimento, se explicam acontecimentos ou se dão novos ângulos de reflexão a factos e pessoas antes pouco conhecidos então a satisfação é incrível.
ResponderEliminarÉ por estes artigos que continuo a seguir este blog de forma regular!!
ResponderEliminarCaro Ricardo
EliminarObrigado
TRIsaudações Gloriosas
Alberto Miguéns
Eu também
ResponderEliminarE eu, que estou sempre de atalaia!
ResponderEliminarNão me deito nunca sem esta missa do galo à meia-noite!!!