O Benfica venceu o
Braga num jogo muito agradável de se ver, e num encontro onde o ritmo imposto
por ambas as equipas impressionou os espetadores. Uma cadência bastante elevada
para esta altura prematura da temporada 2016/2017. A vitória do Glorioso por
3-0 trouxe para o museu da Luz a sexta Supertaça Cândido de Oliveira – que é um
troféu, e não um título. Escreverei sobre isso noutro artigo, para não misturar
aquilo que pretendo dizer.
O ambiente nas bancadas
foi maravilhoso. Imigrantes benfiquistas, com saudades da sua terra e do Sport
Lisboa e Benfica, e outros adeptos internos, encheram por completo o Municipal
de Aveiro. Foi um mini Estádio da Luz. Era esmagador a proporção de
benfiquistas em relação aos braguistas. E os nosso adeptos nunca deixaram de
apoiar. Já todos tínhamos saudades!
Depois do primeiro golo
de Cervi – golaço (este é craque, não engana) – patetas alienados afetos à
equipa adversária começaram a instalar o terror sobre comuns famílias que se
dirigiram com as suas crianças para assistir a um mero jogo de futebol. Se
fosse do lado benfiquista eu também criticaria. Mas sobre o ocorrido no domingo,
posso falar com propriedade, porque estava lá. Socos, pontapés e até voadoras
rolaram sobre as bancadas de Aveiro. Foi feio. Muito feio. A polícia de choque
só chegou depois de os desamparados benfiquistas que lá se encontravam já
estarem em plena romaria dentro do recinto do Estádio – como aliás, deve ter
sido percetível para quem assistiu ao encontro pela televisão.
Voltemos ao que mais
interessa: o futebol!
Legenda: Queremos a festa no início e no fim!
Fotografia retirada de www.jn.pt
No campo, o Benfica foi
mais forte. Fez aquilo que se pretende neste desporto e que se crê ser o único
objetivo: marcar golos. Não existe justiça (ou justeza) numa partida. Existe
uma simples palavra chamada competência (ou falta dela). Os primeiros vinte a
vinte cinco minutos foram de claro domínio do Glorioso, que depois do 1-0 ainda
teve boas chances de ir para o descanso com um segundo golo no bolso. Tal não
aconteceu e a partir da meia hora de jogo, até relativamente aos setenta
minutos, a equipe do Sporting de Braga jogou bem e obrigou o Benfica a
defender. O adversário também joga. Os braguistas tiveram oportunidades
flagrantes… mas só contam as bolas lá dentro e (felizmente) para as redes de
Júlio César – mais uma grande exibição do Imperador – isso não se verificou.
A equipa do Benfica
portou-se toda ela muito bem. Jonas sempre o mesmo. Nem há palavras. Sobre
Cervi já disse: não engana. Luisão… como é que ainda há benfiquistas que pedem
para o nosso capitão ir para o banco? Que jogaço! Os laterais ambos muito bem.
Pizzi começou mal mas foi crescendo e ainda assistiu magistralmente para o
segundo tento e marcou o terceiro, fechando assim o encontro. E o menino Horta
também muito forte. Todos bem. Sem exceção.
Por conseguinte,
concluímos que este Benfica está bem e recomenda-se. Pode não ter o melhor onze
dos últimos anos, mas, caso não saia ninguém, terá seguramente o plantel mais
equilibrado das últimas primaveras. Veremos como o Glorioso se apresenta em
Tondela: um campo difícil, com uma equipa que ficou na Primeira Liga graças a um
trabalho milagroso do nosso ex-Petit e que ainda está no comando dos beirões.
O Benfica terá de ser
sempre humilde. Lembre-se do campeonato passado: sempre com humildade e perseverança.
Enquanto outros falavam, no Glorioso trabalhava-se. É assim que tem de ser. Ninguém
ganha nada facilmente. E este ano não será exceção. Lembremo-nos, benfiquistas:
isto não é como começa, mas como acaba.
P.S.
– Dás-me o 36?
Assinado:
Palmerston
a verdade é que entre os 30 e os 70 minutos, a defesa tremeu em vários lances que só não deram golo por manifesta incompetência dos jogadores do SC Braga. Isso não deixa de ser preocupante
ResponderEliminarOlá, caríssimo Cláudio. Sim, houve momentos de tremelique, mas o ritmo imposto pelo Benfica (para esta fase prematura da temporada, tal como referi no artigo) foi impressionante. Vamos acreditar que a equipa melhorará.
EliminarSaudações benfiquistas!