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25 maio 2016

Apanhar "O Benfica" do Chão

25 maio 2016 12 Comentários
NÃO É PARA SER LEVADO À LETRA MAS É QUASE. NA SEGUNDA-FEIRA ACONTECEU UMA “MENTIRA”. FOI VERDADE MAS PARECE MENTIRA. PELO MENOS VAI PARECER.


Um livro, um poema, O Benfica. Um achado, uma descoberta, uma certeza. Pela mesma ordem.

E tudo uma segunda-feira deu
Saí de casa, depois de almoço, para ir "apanhar" o metro à estação do Colégio Militar. Quando não chove vou sempre a pé. A poucos metros (50/60) da minha casa vejo no chão, no passeio, um livro de um autor que desconhecia. Peguei nele, "lequei" as folhas e vi que era de poesia. Tive curiosidade e fui ver o índice. Na página 24... O Benfica. Guardei o livro numa das mãos durante o resto da viagem pedonal.



Em vez do Destak ou do Metro…
Entre a estação do Colégio Militar e a dos Olivais, de metropolitano deu para ler metade dos poemas do livro. Talvez mais. No regresso terminei. 





Que poetaço. Hugo Milhanas Machado.

Não conhecia. Em Portugal um tipo conhece melhor os senhores “gajos” e as madames “gajas” da TVI que se amam na Casa dos Segredos que os poetas! Principalmente as “senhoras” que costumam ser barulhentas a amar. E gostosas. Os poetas são uns parasitas que vivem para o mediatismo. Ainda se fosse para o imediatismo. Raios partam os homens e as mulheres que ousam. Em Portugal estão a mais. A mais são os que se inscrevem para o desamor frente às câmaras da TVI. Abençoados. Temos tanto tempo livre, inerte e como não há nada de interessante assim temos com que nos entreter. Já chega de malhar na Casa dos Segredos.

Não é só “O Benfica” que é bom
Há poemas excepcionais. É evidente que pode haver melhores, mais conseguidos, inventados, abençoados, inspirados que “O Benfica” da página 24. Mas O Benfica é insuperável. O sem aspas.

Hugo Machado merece ser mais conhecido
Embora eu nunca tenha ouvido falar dele…até segunda-feira. Mas deve ser porque ando muito distraído e ocupado com “coisas menores”. Se nunca tinha ouvido falar dele ou lido sobre ele, muito menos falei dele ou com ele. Mas há quem o tenha feito. Quem quiser sirva-se (clicar) (clicar) (clicar) (clicar). Que a internet é abençoada. Até dá para ler todo o livro como se fosse um livro de “verdade” (aqui). Não faz é “ventinho” como quando o “lequei”. E com isto tudo foi necessário entropeçar num livro caído no passeio para conhecer o que desconhecia. Que vida!

Carrega n’ “O Benfica”

Alberto Miguéns


NOTA: A fotografia foi tirada cerca de 24 horas depois (terça-feira) numa espécie de reconstituição do "encontro" entre quem achou e o que foi achado. Se quem perdeu o livro for leitor deste blogue obrigado pelo incidente, distracção ou esquecimento. Se o deitou fora, obrigado na mesma. Ainda bem que o atirou para o passeio. Se fosse para um contentor, adeus descoberta! E não tinha havido este texto. Também se perdia pouco! 
12 comentários
  1. Ontem, segunda-feira, pelo início da tarde, dei com uma pilha de livros deixados sobre um banco no jardim das amoreiras. Interessou-me mais o que estava no topo: algo como "A Cidade em Portugal". Folheei-o, tinha muita história. Mas nada me autorizava a levá-lo. Pensei em voltar lá à saída, ver se ninguém os tinha reclamado. E esqueci-me. E só me relembrei disso agora!
    Este blog é de uma riqueza universal, como se sabe que o Benfica é!
    Abraço
    Pedro Paiva

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    1. Caro Pedro Paiva

      Essa seria mais "malandra".

      A que conto inesperada. «Nunca é bom achar. Alguém perdeu.» Sempre me disse o meu avô materno numa aldeia escondida do norte do Alentejo, em Montalvão/Nisa.

      Triabraços

      Alberto Miguéns

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  2. Depois de uma noite fantástica em que vi o show Les Miserables ao vivo na Broadway em NY (as músicas ainda estão na cabeça), que melhor forma de chegar a casa e relaxar ao ler um poema, de um poeta desconhecido para mim, que nos trás um cheirinho de Benfica.

    Obrigado e um abraço,
    Afonso Gomes

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  3. Afinal há coisas que se encadeiam perfeitamente umas nas outras: o que se escreve nas entrelinhas das palavras; o entropeçar num livro caído no passeio; partir a cabeça na fonte da escola...

    ...Enfim, coisas da vida!

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  4. Um belo texto. Pequenas coincidências que nos abrem novos interesses e autores. Depois deste feliz acaso o Alberto nunca se esquecerá de como leu pela primeira vez este autor. Esperemos que uma boa editora se venha a interessar e dar-lhe oportunidades de publicar mais trabalho.

    O Benfica é uma fonte de riqueza incalculável. Faz-nos conhecer e aproximar de novas pessoas e mudar para melhor a nossa crença no próximo. Faz-nos partilhar experiências e detalhes da nossa vida actual e passada. Faz-nos sonhar com um futuro melhor e mais alto. É este belo, inigualável e recompensador sentimento de Ser Benfiquista.

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  5. A minha autocaravana está dotada de um belo poema intitulado "o colchão"
    Depois de ler no computador o que se passou nas hostes do GLORIOSO e, como normalmente as notícias são sempre boas, durmo o sono dos Anjos quando acampo!!!

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  6. Caro Alberto,

    Por pouco ou insignificante que seja, já fiz o pedaço que está ao meu alcance para que o Hugo Milhanas Machado seja mais conhecido:

    https://invers0s.wordpress.com/2016/05/27/inversos-hugo-milhanas-machado-o-benfica/

    Saudações Benfiquistas,
    Rui Diniz

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    1. Caro Rui Diniz

      Não é insignificante. Nós fazemos o que entendemos ser melhor. Fazemos o que podemos. Depois é esperar. O Benfica também começou pequeno e foi crescendo com o Benfiquismo.

      Uma vara parte-se com facilidade. Duas já é mais difícil. Dez se estiverem juntas já não conseguimos partir!

      Obrigado

      Saudações TriGloriosas

      Alberto Miguéns

      NOTA: Eu não conheço o autor, nem outros livros. Conheço esse que encontrei no chão e o que li na internet.

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    2. Caro Alberto,

      Bem sei que não o conhece, pelo que descreveu no texto acima.

      É isso mesmo: cada um faz o que pode e sabe, que do pouco se pode fazer muito! :-)

      O próprio livro demonstra que o Hugo, que também não conheço, merece o impulso!

      Saudações Benfiquistas,
      Rui Diniz

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  7. Só reforcei a ideia que não o conheço porque poderia haver algum "desenvolvimento". Alguém dizer-lhe ou ele descobrir. Se tal aconteceu não chegou ao meu conhecimento.

    AM

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    1. Se ele me contactar (como "linkei" o nome dele no Facebook, é mais fácil de ele dar por isso) eu falo-lhe no "empurrão" que lhe ofereceu aqui :-)

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  8. Caro Alberto, muito obrigado por tão benfiquista e generosa partilha! Um abraço de 35!

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