GOSTO DE FESTAS ESPONTÂNEAS. O RESTO É PROPAGANDA.
As festas de comemoração dos títulos de campeão nacional institucionalizadas são Jogos de Poder.
Esta sim foi uma FESTA À BENFICA!
O Benfica
de Glória
O Benfica (os
Benfiquistas) comemoravam os títulos nos estádios onde o clube se sagrava
campeão. Quando era fora quem estava nesse estádio era mais comedido. Quando
era em casa havia a tradicional invasão para deixar os futebolistas em cuecas. Depois
cada um ia para o seu bairro e confraternizava entre os Benfiquistas que tinham
ouvido (rádio) ou viram (na RTP) o jogo. Muitos aproveitavam para ir até junto
da Secretaria, na rua Jardim do Regedor, inaugurada em 14 de Janeiro de 1934, pouco
antes do início do campeonato nacional, ainda com o nome de I Liga.
Se bem me lembro...
Eu só me lembro, com rigor, percebendo o significado popular dessas conquistas, a partir do 21.º (1974/75). No bairro da Graça, os Benfiquistas rumavam aos inúmeros locais de "comes e bebes", em pequenos grupos (amigos) e aproveitámos para beber umas "minis e comer umas caracoladas". Foi assim até 1990/91. No estádio estive nos jogos dos títulos dos anos 80: 1980/81 (houve uma carga da polícia de choque no relvado e nas primeiras bancadas do Primeiro Anel), 1983/84, 1986/87 e 1988/89. Festa no estádio e rumar aos bairros para comemorar nas tascas. Em 1993/94 foi a Braga ver a vitória e a conquista do 30.º campeonato. Não sei o que se passou em Lisboa. Depois do jogo (com os camaradas de jornada, Roland Oliveira e Joaquim Macarrão) rumámos ao restaurante do pai de Vítor Paneira, em Famalicão/Calendário, fomos jantar e quem apareceu pouco depois? Vítor Paneira. Ou seja, se o plantel foi para Lisboa festejar nalgum local, Vítor Paneira ficou em Famalicão o que dá a ideia que cada jogador foi festejar à sua maneira. Até me lembro de ter elogiado Paneira dizendo-lhe: Três em Seis! (tradução: três vezes campeão em seis épocas com o "Manto Sagrado"). Ele respondeu: "Daqui a um ano, quatro em sete!". Mal sabíamos nós a tragédia que se seguiria! Após o 30.º passar-se-iam dez temporadas em "branco". Até 2004/05! Até ao 31.º!
JOGOS DO TÍTULO
Eu só me lembro, com rigor, percebendo o significado popular dessas conquistas, a partir do 21.º (1974/75). No bairro da Graça, os Benfiquistas rumavam aos inúmeros locais de "comes e bebes", em pequenos grupos (amigos) e aproveitámos para beber umas "minis e comer umas caracoladas". Foi assim até 1990/91. No estádio estive nos jogos dos títulos dos anos 80: 1980/81 (houve uma carga da polícia de choque no relvado e nas primeiras bancadas do Primeiro Anel), 1983/84, 1986/87 e 1988/89. Festa no estádio e rumar aos bairros para comemorar nas tascas. Em 1993/94 foi a Braga ver a vitória e a conquista do 30.º campeonato. Não sei o que se passou em Lisboa. Depois do jogo (com os camaradas de jornada, Roland Oliveira e Joaquim Macarrão) rumámos ao restaurante do pai de Vítor Paneira, em Famalicão/Calendário, fomos jantar e quem apareceu pouco depois? Vítor Paneira. Ou seja, se o plantel foi para Lisboa festejar nalgum local, Vítor Paneira ficou em Famalicão o que dá a ideia que cada jogador foi festejar à sua maneira. Até me lembro de ter elogiado Paneira dizendo-lhe: Três em Seis! (tradução: três vezes campeão em seis épocas com o "Manto Sagrado"). Ele respondeu: "Daqui a um ano, quatro em sete!". Mal sabíamos nós a tragédia que se seguiria! Após o 30.º passar-se-iam dez temporadas em "branco". Até 2004/05! Até ao 31.º!
JOGOS DO TÍTULO
N.º
CN
|
Época
|
St
|
Local
|
Estádio
|
Adversário
|
Res
|
1
|
1935/36
|
C
|
Lisboa
|
Amoreiras
|
Sporting CP
|
V 3-1
|
2
|
1936/37
|
C
|
Lisboa
|
Amoreiras
|
FC Porto
|
V 6-0
|
3
|
1937/38
|
C
|
Lisboa
|
Amoreiras
|
A. Académica
Coimbra
|
V 3-1
|
4
|
1941/42
|
F
|
Guimarães
|
Bem-Lhe-Vai
|
Vitória SC (Guimarães)
|
V 2-1
|
5
|
1942/43
|
F
|
Coimbra
|
Santa Cruz
|
A. Académica Coimbra
|
V 4-3
|
6
|
1944/45
|
F
|
Porto
|
Augusto Lessa
|
SC Salgueiros
|
V 6-0
|
7
|
1949/50
|
F
|
Setúbal
|
Arcos
|
Vitória FC (Setúbal)
|
V 5-0
|
8
|
1954/55
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
Atlético CP
|
V 3-0
|
9
|
1956/57
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
A. Académica
Coimbra
|
V 2-0
|
10
|
1959/60
|
F
|
Matosinhos
|
Santana
|
Leixões SC
|
V 2-1
|
11
|
1960/61
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
SC Braga
|
V 7-1
|
12
|
1962/63
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
FC Barreirense
|
V 8-1
|
13
|
1963/64
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
GD CUF
|
V 2-1
|
14
|
1964/65
|
F
|
Setúbal
|
Bonfim
|
Vitória FC (Setúbal)
|
V 2-1
|
15
|
1966/67
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
CF “Os Belenenses”
|
V 2-0
|
16
|
1967/68
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
Varzim SC
|
V 8-0
|
17
|
1968/69
|
F
|
Tomar
|
Municipal
|
União FCI (Tomar)
|
V 4-0
|
18
|
1970/71
|
F
|
P. Varzim
|
Varzim SC
|
Varzim SC
|
V 4-0
|
19
|
1971/72
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
A. Académica
Coimbra
|
V 3-1
|
20
|
1972/73
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
Vitória FC
(Setúbal)
|
V 3-0
|
21
|
1974/75
|
F
|
Lisboa
|
José Alvalade
|
Sporting CP
|
E 1-1
|
22
|
1975/76
|
F
|
Setúbal
|
Bonfim
|
Vitória FC (Setúbal)
|
V 4-0
|
23
|
1976/77
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
SC Beira-Mar
|
V 4-0
|
24
|
1980/81
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
Vitória FC
(Setúbal)
|
V 5-1
|
25
|
1982/83
|
F
|
Portimão
|
Portimonense
|
Portimonense SC
|
V 1-0
|
26
|
1983/84
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
Sporting CP
|
E 1-1
|
27
|
1986/87
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
Sporting CP
|
V 2-1
|
28
|
1988/89
|
C
|
Lisboa
|
Luz
|
CF Estrela Amadora
|
V 3-0
|
29
|
1990/91
|
F
|
Funchal
|
Barreiros
|
CS Marítimo
|
V 2-0
|
30
|
1993/94
|
F
|
Braga
|
1.º de Maio
|
Gil Vicente FC
|
V 3-0
|
31
|
2004/05
|
F
|
Porto
|
Bessa XXI
|
Boavista FC
|
E 1-1
|
32
|
2009/10
|
C
|
Lisboa
|
SLB
|
Rio Ave FC
|
V 2-1
|
33
|
2013/14
|
C
|
Lisboa
|
SLB
|
SC Olhanense
|
V 2-0
|
34
|
2014/15
|
F
|
Guimarães
|
D. Af. Henriq.
|
Vitória SC Guimarães
|
E 0-0
|
O
"Dois em Um" do FC Porto
Foi o FCP que começou
a organizar festas comemorativas na cidade do Porto, utilizando o Rossio da
cidade (os Aliados) que é também o Terreiro da Câmara Municipal. Isto ainda nos
anos 80. Pinto da Costa apercebeu-se que concentrando as comemorações no centro
da cidade teria umas horas de propaganda gratuita na RTP e depois nas outras
televisões. Uma mina. Propaganda ao clube de "borla". Tentar espalhar
o portismo por todo o País através das imagens televisivas. E ainda ir ao
beija-mão do poder autárquico (a CMP fica logo ali à mão). Estas
"festas" tornaram-se uma moda alicerçada nas conquistas frequentes do
clube. Havia festas anuais, que eram apelidadas de "São João
antecipado". Para mim só houve uma vantagem em ter as televisões
sintonizadas tarde/noite fora a emitirem "mais do mesmo" desde a
avenida dos Aliados. Passei, também eu, a ter um ritual: ver a filmografia de
Ingmar Bergman, primeiro em analógico (fita VHS) depois em digital (DVD). E foram tantas festas e horas consumidas a fazer propaganda gratuita ao FC Porto
que vi e revi os filmes do Mestre Sueco nestes últimos vinte anos! Como já não
tenho filmes para ver, o FCP já não deve ganhar mais nada! A menos que editem
em Portugal mais uns quantos filmes que estão inéditos. Atrevam-se!
O
lambebotismo ao Poder dos sportinguistas
Depois da Longa Noite
da Vergonha (1994/95 a 1998/99) do Portismo coube ao Sporting CP acender a
aurora. Fartos de levar com a propaganda televisiva portista desde 1981/82
(última conquista sportinguista até 1999/2000) copiaram apenas uma parte dos
festejos portistas. A ida ao Poder Autárquico Lisbonense. O autocarro saiu do Porto
(campo engenheiro Vidal Pinheiro do SC Salgueiros), rumou a Lisboa para ir ao
Município (onde se juntaram os sportinguistas), passou pelo Marquês de Pombal
(onde os sportinguistas já esperavam Iordanov) e depois foi até ao estádio José
Alvalade (anterior ao actual). Duas épocas depois repetiu o cerimonial mas o
Marquês de Pombal foi mais utilizado pelos sportinguistas ainda recordados do
gesto de Iordanov. Mas é falso que o SCP tenha o exclusivo do Marquês como
"local oficial das comemorações sportinguistas". Foi sempre na Praça
do Município. O Marquês foi apenas local de passagem popular. Ainda assim
utilizaram a Rotunda antes do Benfica. É um facto.
Dois vídeos como "prova provada" que o Sporting CP comemorou "oficialmente" os títulos junto da CML tal como o FCP a fazia junto do edifício da CMP! No Marquês apenas os populares. Além do primeiro (1999/2000) ter aquele grande golo de "bola beijada" do Sabry (07:25) a mostrar que o Benfica não pactua!
Há festejos de Benfiquistas na estátua
(corrigido: Obelisco aos Heróis do 1.º de Dezembro, na praça dos Restauradores)
Em 20 de Abril de 1988 após apuramento para a final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em Estugarda
Jornal "O Benfica"; 27 de Abril de 1988; página 10 |
Depois de uma
conquista do campeonato nacional em 2004/05 comemorada no Bessa, na cidade do
Porto, entre a rotunda da Boavista e o aeroporto e de madrugada na
"Catedral" seguiu-se uma semana de festejos por vários locais que terminariam com a derrota na final da Taça de Portugal com o Vitória FC Setúbal.
Depois passou-se para a rotunda do Marquês de Pombal em festas cada vez mais
organizadas na desorganização. Que culminariam com a desta época, em que cada
dia que passa o absurdo é tão grande que nem vou comentar.
Além disso
Percebe-se que estas festas estão contaminadas pelo portismo. Que sentido faz evocar o FC Porto "convidando-o" para a festa!? Deve-se ignorar o FC Porto e o Sporting CP. A Festa deve ser apenas e só de Glória ao Benfica. Os adversários não servem para fazer parte das nossas Festas. NOTA: Tenho fotografias mas não as publico!
Além disso
Percebe-se que estas festas estão contaminadas pelo portismo. Que sentido faz evocar o FC Porto "convidando-o" para a festa!? Deve-se ignorar o FC Porto e o Sporting CP. A Festa deve ser apenas e só de Glória ao Benfica. Os adversários não servem para fazer parte das nossas Festas. NOTA: Tenho fotografias mas não as publico!
Venha o
Tri! E as festas espontâneas que os Benfiquistas em todo o Mundo vão
"organizar"! É nestas que revejo o meu Benfiquismo!
Alberto Miguéns
NOTA (a propósito de
"O Roteiro Típico de um Polícia Português")
Os agentes da PSP são
mal pagos tal como a maioria dos assalariados portugueses ao contrário dos
patrões, capatazes e administradores que são, proporcionalmente, dos mais bem
pagos do Mundo (pelo menos nos países da OCDE que é onde há estudos feitos e
publicados). Os agentes da polícia colocados nos subúrbios de Lisboa têm vida
difícil: elevado risco e más condições de vida, mas os cidadãos não podem ser
vítimas disso. Têm de aguentar, cumprirem as normas e tentarem, através dos Sindicatos,
uma melhoria. Os cidadãos não podem ser penalizados pela vida dos agentes.
Geralmente do Norte, quando estão nos subúrbios de Lisboa, alguns (muitos?) além
de ganchos como seguranças, dormem nas esquadras para poupar dinheiro em
transportes e combustível, alimentam-se mal (no desenrasca) e quando têm tempo
livre em vez de descansarem rumam a Norte onde têm a família. Ainda vêm mais
cansados, se bem que de "alma" cheia. é isto que me contam. Alguns
polícias. Acredito. Os cidadãos é que não podem sofrer as consequências!
...SR DR ALBERTO......Simplesmente GENIAL em mais um texto que nos ENSINA A HISTÓRIA DO FUTEBOL PORTUGUES.....GENIAL NÃO SÓ PARA OS BENFIQUISTAS,MAS TAMBEM PARA ADEPTOS DE OUTROS CLUBES( que até na data de fundação) SÃO ENGANADOS POR QUEM LHE CONTROLA AS EMOÇÕES....GENIAL porque apresenta no papel OS FACTOS DA HISTÓRIA ensinando os jornalistas e avençados SEM COLUNA VERTEBRAL.....DR MIGUÉNS permita-me CONCORDAR com a última observação que refere em relação aos policias(tenho alguns amigos que exercem a profissão) E ELES RELATAM DRAMAS QUE ALGUNS COLEGAS VIVEM.....TEM RAZÃO QUANDO ESCREVE QUE O CIDADÃO NÃO PODE PAGAR...MAS INFELIZMENTE COM OS GOVERNENTES QUE O PAÍS TEM TIDO AO LONGO DESTES ANOS(falo em pessoas não em partidos)"ISTO" NÃO VAI MELHORAR....termino escrevendo que NO CASO DE GUIMARÃES JÁ O AGRASSOR NÃO É DOS QUE PASSA FOME.....e só de me lembrar que pelos vistos O ANIMAL até ía(vai) ser condecorado.....abraço
ResponderEliminarPois assim é, caro Alberto Miguéns,
ResponderEliminarTemo a mudança de identidade do Glorioso, para as gerações mais novas que crescem com estas festas programadas e que nunca viveram a alegria expontânea com que se celebrava o Benfica. "Portização", como já falámos no post anterior, como fruto de uma propaganda centralizada.
Espero que estas vitórias não nos afastem, aos Benfiquistas, dos valores essenciais do clube!
Como ontem dissemos: Atentos.
Abraço,
Isaías
Só uma pequena correcção:
ResponderEliminarComo alfacinha, creio que a foto do Jornal "O Benfica" de 27 de Abril de 1988 parece-me ser do Obelisco comemorativo da restauração da independência, nos Restauradores e não na estátua do Marquês de Pombal. Enfim, mas houve comemorações por várias estátuas do País inteiro.
Como não tenho 100% de certeza, não ponho a mão no fogo e se estou enganado peço desde já desculpa.
Obrigado pela informação divulgada (primorosa) Fantástica a foto no Rossio de 1943
Saudações Gloriosas
Caro Bruno Paiva,
ResponderEliminarObrigado. Estava correcto.
Gloriosas Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns
Caro Alberto,
ResponderEliminarA história e a cultura de um povo fazem-se todos os dias. Não podemos dizer que somos aquilo que éramos em 1904, 1925, 1960 ou 2005. Somos o que somos em 2015, somos a soma de tudo o que fizemos. Neste momento faz parte da cultura do povo Benfiquista celebrar no Marquês de Pombal, só estou contra terem retirado a estátua ao povo e terem feito aquele espectáculo todo, deve ser o povo a fazer a festa e os jogadores passam para assistir, não serem os jogadores a festa para o povo assistir.
Gloriosas Saudações Benfiquistas
Caro Paulo Jorge,
EliminarEu também não estou contra celebrar no Marquês tal como num ano destes passar a celebrar noutro local qualquer.
Apenas pretendi:
1. O Benfica (e todos os clubes em Portugal) não tinha por hábito celebrar num local específico a não ser no seu Estádio quando lá conquistava o título;
2. O FCP foi o primeiro a organizar festas de propaganda;
3. O SCP não foi o primeiro a escolher o Marquês;
4. Os dirigentes do SCP imitaram o FCP escolhendo a CML;
5. Os dirigentes do SLB imitaram o SCP e por consequência o FCP;
6. Imitar não é mau quando se imita o que é bom;
7. Eu continuo a preferir festas espontâneas. Mas sou eu. Eu sou 1/14 000 000 dos adeptos e 1/120 000 dos associados com quotas em dia;
Gloriosas Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns
Caríssimo Alberto
ResponderEliminarDepois da nossa conversa noutro post fiquei a ansiar por este e realmente foi deveras esclarecedor (tal como a informação que é aqui colocada por si).
Ficamos então a saber que as festas no marquês de pombal são coisa recente ao invés do que é propagado pela comunicação social ignorante que apregoa que "o marquês de pombal é o local tradicionalmente utilizado nos festejos benfiquistas", quando tal apenas se verifica desde 2009/10.
Efectivamente a multidão junto à estação do Rossio em 1943 é deveras impressionante como seriam as multidões no campo das Amoreiras ou no estádio do Campo Grande ou já no Estádio da Luz a partir de 1954 a festejar os títulos do glorioso. Contudo, segundo depreendi, fora do estádios do SLB os festejos ocorriam pelos bairros populares de Lisboa pelas diversas tasquinhas, mas não havia uma concentração maciça de adeptos como há hoje (excepção feita talvez a 1943 e às conquistas das taças europeias em 1961 e 1962) até porque o regime de então proibia os ajuntamentos.
Muito obrigado pela informação aqui colocada.
Um grande bem haja e saudações gloriosas.
Ricardo Grosso - olisipógrafo amador
Caro Ricardo Grosso
EliminarNão havia tradição de grandes concentrações em zonas nobres da cidade, antes do 25 de Abril de 1974, até porque o Estado Novo não tolerava grandes ajuntamentos. Em 1943 o ajuntamento no Rossio/ Restauradores resultou do comboio especial ter levado a Coimbra centenas de Benfiquistas.
Depois do 25 de Abril de 1974 como não havia tradição manteve-se o hábito: no estádio com todos e depois cada um por si.
O FCP é que fez alterar este tipo de comemorações. O SCP aproveitou seguindo-se o SLB.
Gloriosas Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns
NOTA: Um dia destes colocarei mais umas três ou quatro imagens dessa multidão em 1943 para ilustrar o texto acerca do surgimento da expressão "Carrega Benfica" apesar desta datar de 1952.
Comecei a ir com regularidade aos jogos do Benfica na Luz em Janeiro de 1988 (um Benfica-porto, última jornada da primeira volta, em que praticamente perdemos a esperança de podermos ser campeões no final da época). A minha primeira festa de campeão foi, pois, a de 1989 (tinha eu 16 anos) a que se seguiu, pouco depois, a de 1991. Não me lembro se em ambas mas, certamente numa delas, fui com amigos celebrar para o Rossio. Ainda se juntou uma pequena multidão mas não devíamos ser mais de algumas centenas, para além dos muitos carros que ali passavam a buzinar e com bandeiras fora das janelas. Já nas passagens às finais da TCE de 88 e 90 também tenho ideia de ter havido festas semelhantes. Mas sempre na zona do Rossio e Restauradores. Infelizmente, a minha memória é fraca...
ResponderEliminarResumindo:
1) festa popular na rua já havia antes de 2010;
2) participava muito menos gente do que hoje em dia;
3) era sempre na zona da Baixa.
Acredito que o que terá levado a que muito mais gente começasse a aderir recentemente a estas celebrações na rua terá sido o facto de a equipa ter passado a deslocar-se de autocarro para festejar com os adeptos. Se por imitação de sporting e porto, não sei... Não é só em Portugal que as equipas festejam nas ruas com os seus adeptos!...
Saudações benfiquistas.