SILÊNCIO QUE SE VAI FALAR DA GLORIOSA
HISTÓRIA. QUEM NÃO GOSTAR É MELHOR ESPERAR POR OUTRO DIA POR OUTRO TEMA.
AVISO PRÉVIO: Texto muito longo
Há 100 anos, precisamente na tarde deste domingo, próximo das 17 horas, em 18 de Outubro de 1914, o Benfica estreou-se na temporada de 1914/15 com um jogo de futebol de beneficência ou solidariedade como se diria na actualidade para angariar dinheiro que ajudasse a tratar os feridos dos países em conflito na Grande Guerra. Uma causa nobre, muito nobre. Mas que teve um significado para o Clube gigantesco, muito para lá desse gesto de grande dignidade e solidariedade.
Há 100 anos, precisamente na tarde deste domingo, próximo das 17 horas, em 18 de Outubro de 1914, o Benfica estreou-se na temporada de 1914/15 com um jogo de futebol de beneficência ou solidariedade como se diria na actualidade para angariar dinheiro que ajudasse a tratar os feridos dos países em conflito na Grande Guerra. Uma causa nobre, muito nobre. Mas que teve um significado para o Clube gigantesco, muito para lá desse gesto de grande dignidade e solidariedade.
Jornal O Século; Primeira página; 18 de Outubro de 1914 |
Convidados para o jogo de futebol:
imbatíveis em popularidade (dinheiro em caixa) e Tricampeões (imbatíveis em
futebol)
Não é difícil perceber porque foi o Benfica escolhido para
defrontar o misto de futebolistas ingleses dando um carácter
"internacional" ao jogo, integrando-o no motivo, uma guerra mundial.
O SLB era Tricampeão regional conquistando quatro
campeonatos em cinco temporadas. Apenas em 1910/11 não se sagrou campeão mas
pouco separou o "Glorioso" (2.º classificado) do Internacional/ CIF.
Incontestavelmente o Benfica era o melhor clube português.
Sabia-se - constatava-se quando jogava - que o SLB era o
clube que conseguia mobilizar mais espectadores. Arrastava os seus
simpatizantes, em maior número por ser o clube português mais popular, e os dos
outros, por apresentar sempre perspectivas de um bom jogo e vitórias. Quando os
jogos do SLB eram internacionais exponenciava as assistências. Não era por acaso
que era conhecido por ser "A melhor equipa portuguesa frente a equipas
estrangeiras". Independente das classificações internas e momento de forma
dos futebolistas.
As receitas num jogo "internacional", quando
jogava o Benfica, estavam garantidas. Dinheiro em caixa.
Cinco antigos (alguns veteranos) e seis
novos
A época de 1914/15 anunciava-se com expectativa muito
elevada para o Tricampeão. Três futebolistas, dois eram pilares - Paiva Simões
a guarda-redes e Artur José Pereira como centrocampista - passaram no Verão de
1914 para o Sporting CP. Seria que o Benfica conseguiria recompor-se desta
estocada sportinguista? Em 1907 conseguira, não logo em 1907/08 mas nas épocas
seguintes! Para o jogo de futebol inaugural desta 11.ª temporada Cosme Damião
escolheu cinco titulares da época anterior (1913/14) e seis debutantes - três
das categorias abaixo da primeira e três vindos de outros clubes, neste caso
"escolares". O "onze" anunciado nem era assim mas, por
motivos (ainda) desconhecidos, faltaram: Jaime Cadete (este por polémica com o
Sporting CP), José Domingos Fernandes e Henrique Costa (dado como suplente mas
que na falta dos outros dois também não jogou).
O dilema de Cosme Damião
Cosme Damião "sofreu muito" (Benfiquistamente
falando) com a saída de Artur José Pereira. Para Cosme Damião era ele que o
iria substituir a médio-centro. Talvez não a capitão por ser um jogador muito temperamental
(ao contrário daquilo que Cosme Damião pensava serem as qualidades para ser
capitão). Anunciava-se com a criação da FPF (Março de 1914) a realização de
campeonatos nacionais e a formação da selecção nacional. Seria Artur José
Pereira a liderar futebolisticamente o Benfica e a selecção. Mas não foi assim.
Foi-se a troco de dinheiro, ser capitão (para ser o primeiro a tomar banho num
tanque um-a-um) e outras mordomias que não posso publicar neste blogue, que
também é lido por menores de idade!
Com o final da carreira a aproximar-se Cosme Damião tinha de
resolver rapidamente o problema do médio-centro (naquele tempo a posição mais
importante e decisiva numa equipa, a par do guarda-redes e avançado-centro).
Mas tacticamente ainda mais importante, pois tinha de organizar as acções
defensivas e ofensivas: era o primeiro a defender e o primeiro a avançar.
A solução podia estar num "miúdo" que brilhara nas
duas últimas temporadas na equipa da Casa Pia que competia nos campeonatos
escolares e que fora galardoado com o prémio "Doutor Januário
Barreto" para distinguir o seu aprumo desportivo e académico. Nome:
Cândido de Oliveira. Mas Cosme Damião também não teve "sorte" com
ele. No Verão de 1920 abandonou o "Glorioso". E Cândido de Oliveira
era completo: médio-centro e capitão. Foi ele que, como futebolista do Casa Pia
AC, capitaneou a primeira selecção nacional, em 18 de Dezembro de 1921.
O onze que estreou 1914/15 (Época 11 do
"Glorioso")
O capitão-geral (olheiro, seleccionador - para todas as
categorias, orientador, treinador, capitão e jogador) Cosme Damião organizou um
«onze de segurança», que lha dava garantias de honrar o "Manto
Sagrado" neste primeiro jogo da temporada depois da deserção do Verão.
Além dele (Cosme Damião) duas grandes figuras do Benfiquismo (Carlos Homem de
Figueiredo e Leopoldo José Mocho), mais uma dedicação ao futebol (Alberto Rio)
e um novato que era as duas "coisas" - dedicado ao Benfica, ou seja,
Benfiquista e dedicado ao futebol (Herculano João dos Santos). Estes cinco serviam
de rede aos restantes seis: três com provas dadas nas categorias abaixo da
primeira (mas sempre uma incógnita quando tinham de jogar entre os melhores) e
três que chegavam ao Clube mas Cosme Damião sabia bem como desenvolver as
capacidades de cada um em prol de um, do Benfica.A ACTIVIDADE DOS ONZE FUTEBOLISTAS ATÉ AO FINAL DA TEMPORADA ANTERIOR (1913/14)
Futebolista
|
N.º Épocas
|
Minutos
|
Jogos
|
Golos
|
Capitão
|
Títulos
Campeão
Regional
|
|
1.ª
|
Total
|
||||||
Cosme Damião
|
05/06
|
9
|
11 660
|
130
|
18
|
122
|
4 CR + 3 JON
|
Alberto Rio
|
08/09
|
6
|
6 410
|
71
|
40
|
-
|
4 CR + 3 JON
|
Carlos Figueiredo
|
09/10
|
5
|
7 260
|
81
|
4
|
-
|
4 CR + 1 JON
|
Leopoldo Mocho
|
06/07
|
5
|
2 970
|
33
|
1
|
1
|
2 CR
|
Herculano Santos
|
11/12
|
3
|
2 990
|
33
|
15
|
-
|
2 CR + 1 JON
|
Mário Monteiro
|
Estreia: Em 1913/14 na 2.ª categoria
|
||||||
Júlio Ribeiro Costa
|
Estreia: Em 1913/14 na 4/3.ª categoria
|
||||||
Manuel Veloso
|
Estreia: Em 1913/14 na 4.ª/3.ª/2.ª.ª categoria
|
||||||
Cândido de Oliveira
|
Estreia: Em 1913/14 na equipa escolar Casa Pia de Lisboa
|
||||||
Aníbal Santos
|
Estreia: Em 1913/14 na equipa escolar Casa Pia de Lisboa
|
||||||
Augusto da Fonseca
|
Estreia: Em 1913/14 na Associação Académica de Faro
|
NOTA: JON - Torneio de futebol dos "Jogos Olímpicos
Nacionais" organizado pela Sociedade Promotora da Educação Física
Nacional, uma entidade oficial que organizou o torneio em conjunto com a Liga
Portugueza de Futebol (até 1910) e com a Associação de Futebol de Lisboa
(depois de 1911)
Os cinco "velhos"
Leopoldo Mocho jogou como defesa à esquerda. Carlos Homem de
Figueiredo como médio à direita ou como se dizia: meio-defesa à direita. Cosme Damião capitaneou e jogou como
médio-centro ou meia-defesa-centro. Herculano dos Santos jogou a avançado na meia-direita ou meia-ponta direito e Alberto
Rio como avançado na meia-esquerda ou meia-ponta esquerdo.
Com muitos anos de Benfica e futebol continuavam a ser um
suporte para Cosme Damião. Serviam de exemplo para os mais novos. Davam-lhes
lições de Benfiquismo e de futebol, ou seja, de como se posicionar e o que
fazer em campo, de como o interesse da equipa era mais que o somatório dos
interesses individuais. E da responsabilidade de fazerem o que devia ser feito
para continuarem a saga de campeões dos que os antecederam no Clube e na
equipa. Ou seja, a ideia que depois Félix Bermudes, em 1929, soube
brilhantemente converter numa das estrofes do nosso Hino: «Honrai agora os ases
que nos honraram o passado!»
Os novos um a um
Os seis estreantes eram novatos mas apenas na primeira
categoria do Glorioso Futebol. Três (Mário Monteiro, Manuel Veloso e Ribeiro da
Costa) tinham vários anos de prática em que foram melhorando as suas capacidades e
aprendendo nas categorias inferiores do Benfica as três virtudes para Cosme
Damião: orgulho (perceberem
a importância de Ser Benfiquista para ser jogador do Benfica), respeito (pelo jogo de futebol procurando uma
conduta diária que desse vigor físico para aguentar as partidas jogadas e
capacidade futebolística treinada para poder ter as melhores decisões durante
os jogos) e responsabilidade (para continuarem a fazer da equipa um
grupo campeão). Os outros três (Cândido de Oliveira, Augusto da Fonseca e
Aníbal Santos) eram referenciados pelos Benfiquistas que observavam os seus
jogos como elementos de muita valia. E que jogavam "À Benfica".
Mário Monteiro (guarda-redes)
Com a saída de Augusto Paiva Simões para o Sporting CP,
Mário Monteiro seria o substituto natural do anterior guarda-redes pois era o
"seu" reservista (jogava na 2.ª categoria). Tinha feito uma excelente
temporada anterior (1913/14) que permitiu à 2.ª categoria sagrar-se campeã
regional com 21 pontos, em 12 jogos (10 vitórias, um empate e uma derrota) com
18 golos marcados apenas quatro (4) sofridos, numa média de 0.3 por jogo (um
golo sofrido a cada três jogos). Para Cosme Damião, Mário Monteiro era o exemplo do que ele advogava. Fez-se Jogador e Benfiquista nas categorias abaixo da
primeira. Para Cosme Damião não havia categorias inferiores. Jogavam todas para
conquistar os respectivos campeonatos.
Manuel Veloso (médio à esquerda ou meia-defesa à esquerda)
Foi um dos futebolistas com um percurso vertiginoso desde a
4.ª até à 2.ª categoria. Em 19 de Outubro de 1913 alinhou, como defesa à esquerda,
pela 4.ª categoria, mas em Maio de 1914 já estava a ser "testado" em
jogos da 2.ª categoria como meia-defesa à esquerda (ou médio-esquerdo). Foi
campeão regional na 4.ª categoria.
Aníbal Santos (ponta-direita)
Avançado rápido vindo da equipa escolar da Casa Pia
antevia-se um futuro brilhante. Tinha a "fisionomia certa" para o lugar,
ponta ou meia-ponta. Talvez precisasse de aprimorar o Benfiquismo. Por isso em
breve iria "estagiar" nas categorias abaixo da primeira.
Cândido de Oliveira (avançado-centro)
Era o diamante quase lapidado. Com poder físico, entroncado
e possante, organizado e metódico, estudioso, mesmo ainda tão jovem (18 anos
completados em 24 de Setembro) mais a capacidade intelectual e de "rasgo/
improviso" acima da média, fazia as delícias de Cosme Damião. Que nele
depositava muitas esperanças. Por isso, ao contrário do que era habitual com o
nosso Mestre, Cândido de Oliveira "pegou de estaca" na 1.ª categoria.
Júlio Ribeiro da Costa (defesa à direita)
Nasceu em Lisboa, a 30 de Dezembro de 1894. Foi
eleito, em 31 de Julho de 1938, aos 43 anos presidente da Direcção, após quase
26 anos como associado, pois entrara para sócio, com o n.º 663, aos 18 anos, em
12 de Novembro de 1912, proposto por Cosme Damião! Este nosso precioso fundador
não poupava esforços para reforçar todas as equipas de futebol. Apercebendo-se
do valor de Ribeiro da Costa, enquanto futebolista “escolar” do Liceu da Lapa
(actual Pedro Nunes) convidou-o a ingressar na 4.ª categoria do SLB logo em
1912/13. Só que cedo as suas qualidades como dirigente suplantariam as
capacidades desportivas, e a 13 de Agosto de 1914 foi eleito como 2.º
secretário da Mesa da Assembleia Geral, num mandato em que o presidente da
Direcção era o dr. Alberto Lima.
Do Benfica
para Coimbra
Enquanto futebolista Júlio Ribeiro da Costa fez
a “habitual” ascensão nas equipas dirigidas por Cosme Damião, defesa direito da
4.ª à 1.ª categoria, onde não se conseguiu fixar porque entretanto foi
continuar os seus estudos em Coimbra, passando a fazer parte da equipa de
futebol da Associação Académica de Coimbra, entre 1916/17 e 1919/20, chegando
mesmo a defrontar o “seu” Benfica, a 7 de Março de 1920, num encontro em
Coimbra em que vencemos por 8-1. Quando regressou a Lisboa foi eleito a 10 de
Setembro de 1921, vogal da Direcção presidida por Bento Mântua, continuando a
sua carreira desportiva na 2.ª categoria, ainda como defesa direito, em
1921/22.
Vida
profissional intensa, mas Benfiquista para sempre
Após alguns anos em que teve que se dedicar à
sua actividade profissional, viu a sua carreira militar bloqueada (em capitão)
por divergências (que datavam ainda de Coimbra, onde ambos foram colegas!) com
o presidente do Conselho de Ministros, dr. Oliveira Salazar. A 15 de Outubro de
1935 com 40 anos foi eleito como vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral,
num mandato que teve Vasco Ribeiro como presidente da Direcção. Manteve-se no
cargo nas gerências seguintes (1936 e 1937) presididas na Direcção por Manuel
da Conceição Afonso. Foi depois em 1938 eleito presidente da Direcção onde
esteve apenas um mandato (anual) por considerar que o Benfica estava a ser
prejudicado, pelos poderes políticos e futebolísticos, por ele ser presidente
do Clube.
Havia Vida
Benfiquista para lá da presidência
Júlio Ribeiro da Costa no mandato seguinte foi
eleito em 29 de Julho de 1939 presidente da Mesa da Assembleia Geral, mas teve
sempre a impressão de que o Benfica estava a ser prejudicado politicamente (e desportivamente)
pelo facto de constar nas listas eleitorais, decidindo afastar-se
definitivamente em 1946 dos cargos directivos. Tornou-se no entanto uma
referência do Benfiquismo, pelas suas participações nas Assembleias Gerais, em
alocuções em momentos delicados ou festivos, sempre prestável para reforçar a
nossa identidade. Uma das mais nobres referências do “Glorioso”, foi agraciado
com a “Águia de Prata” em 30 de Março de 1962 e com a distinção máxima, a
“Águia de Ouro” a 6 de Dezembro de 1991. Já como sócio n.º 1 do Benfica, também
“anel de platina” em 1988, e após 80 anos de associado, faleceu a 21 de
Setembro de 1992. Pouco tempo antes de morrer falei com ele na sua residência
na avenida 24 de Julho. Se há 22 anos soubesse o que sei hoje da Gloriosa
História, mais que um dia seria um mês...
Augusto da Fonseca Júnior (ponta-esquerda)
Nasceu em Colos, no concelho de Odemira, em 10
de Fevereiro de 1895. Mais tarde foi estudar para Faro, onde se iniciou no
futebol, capitaneando a equipa da Associação Académica de Faro. Quando veio
para Lisboa, aos 19 anos, inscreveu-se no nosso Clube, jogando como médio
esquerdo na 2.ª e 1.ª categoria, na temporada de 1914/15, actuando com Cosme
Damião, Ribeiro dos Reis e Júlio Ribeiro da Costa, entre outros, que seriam
também seus companheiros como dirigentes do Benfica, vinte anos mais tarde! Não
esteve muito tempo em Lisboa, porque foi estudar para Coimbra, continuando
companheiro de Ribeiro da Costa, na Universidade e na equipa de futebol da
Associação Académica de Coimbra, jogando a médio centro, chegando mesmo a
defrontar o Benfica, a 7 de Março de 1920, num encontro em Coimbra, que vencemos
por 8-1. Segue depois como médico, uma carreira militar na Marinha de Guerra.
No início dos anos 30 com a patente de 1.º tenente dirige, com assinalável
êxito, o Asilo D. Maria Pia, em Xabregas.
Reentrar como
se nunca tivesse saído
A 31 de Outubro de 1933, proposto por Manuel da
Conceição Afonso reentra aos 38 anos para associado do Clube, sendo eleito a 4
de Setembro de 1934 como dirigente, iniciando um período de dez mandatos anuais
consecutivos, em que ocupou cargos directivos: um mandato como vice-presidente
da Direcção (de Vasco Ribeiro), em 1934/35; quatro gerências como presidente da
Mesa da Assembleia Geral, entre 1935 e 1939; e cinco mandatos como presidente
da Direcção, entre 1939 e 1945.
Mais que
presidente, foi presidentes (o plural não é erro)
Depois das eleições de 18 de Janeiro de 1945, o
dr. Augusto da Fonseca júnior deixou os cargos directivos até às eleições de 3
de Março de 1951, quando foi eleito para presidente do Conselho Fiscal,
mantendo-se até ao final desse mandato, a 15 de Março de 1952. É um dos dois
associados, em 110 anos de Gloriosa História, que ocupou em várias gerências a
presidência dos três órgãos sociais, a par de Alfredo Silveira Ávila de Melo.
Nos anos 50 e início da década de 60 fez parte de várias comissões de Benfiquistas,
para melhorar e honrar a Vida Desportiva
do Clube, falecendo em Lisboa, aos 76 anos, a 2 de Janeiro de 1972.
NOTA: Como estes dois enormes Benfiquistas são na actualidade pouco referenciados pelo Clube, este blogue vai tentar honrá-los com duas evocações: em 30 de Dezembro de 2014 (120 anos do nascimento de Júlio Ribeiro da Costa) e em 2 de Janeiro de 2015 (45 anos do falecimento de Augusto da Fonseca Júnior)
A festa e festival em imagens e papel de
jornal
Como o texto já vai longo não faz sentido escrever acerca do
que ocorreu nessa Festa e jogo realizado há cem anos. Deixo depois da
"assinatura" digitalizações de jornais da época para quem quiser
saber mais. Há sempre alguém interessado nestes assuntos com "bolor".
São escassos os clubes que tiveram...
Um presidente da Direcção que tivesse jogado futebol na principal equipa do clube;
Ainda é mais difícil encontrar clubes que
tiveram...
Dois presidentes que tivessem jogado futebol na
principal equipa do clube em épocas diferentes;
É impossível encontrar um clube que
teve...
Dois presidentes a estrearem-se na mesma equipa, no mesmo
dia, na mesma hora e meia!
Só o Benfica! Estrear no mesmo dia, a
jogar futebol, dois futuros presidentes do Clube. Deve ser único no Mundo
Alberto Miguéns
NOTA FINAL: O relato dos acontecimentos
Na "Ilustração Portuguesa" (na página 541 e 542 do número 453 em 26 de Outubro de 1914)
NOTA FINAL: O relato dos acontecimentos
Na "Ilustração Portuguesa" (na página 541 e 542 do número 453 em 26 de Outubro de 1914)
Muito bom.
ResponderEliminarProvavelmente... Mais que provavelmente, vou aproveitar este post para relembrar muitas coisas a muita gente:
PS: As minhas desculpas por conspurcar este post/blogue. Não tenho outro meio de conversar com o Alberto... isto está muito perigoso:
http://www.record.xl.pt/Futebol/Arbitragem/interior.aspx?content_id=910179
Minha Chama
EliminarNada que não se soubesse. Antes encontravam-se às escondidas.
Os "árbitros modernos" são muito bem pagos. PP deve ter rendimentos superiores a 250 mil euros por ano.Têm um estatuto que lhes permite viver afastados dos comuns mortais.
Há muito que deixaram de ser cidadãos idóneos. Não merecem ser respeitados porque não se dão ao respeito.
Gloriosas Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns
NOTA: Veja também os dois tontos - um de cada lado, qual galheteiro - autênticos produtos do "Futeluso": o treinador do FC Penafiel e o apalermado Nuno Alvalade.
Excelente texto. Muito obrigado pelo nível de detalhes e pelo magnífica estrutura.
ResponderEliminarEssa época deve ter sio complicada. Acresce às três saídas a incapacidade de Álvaro Gaspar. O SCP tinha mesmo a prática de compensar a sua falta de qualidade com a qualidade dos outros. Nesse tempo ainda era mais notório dado que o mercantilismo actual não existia. E note-se que entre os que saíram em 1907 e estes de 1914 ainda existiu Francisco (Ernesto) Viegas.
Tinha ideia de que Mário Monteiro era mais antigo no clube. Aliás pensava que seria um dos vizinhos dos Catataus? (Carrilhos e Monteiros?) Acabou por não guardar a baliza por muito tempo. Viriam depois Stock, Picoto e Guerra.
Tenho uma dúvida quanto aos jogadores que foram os jogadores do Benfica que sairam para o Casa Pia Atlético Clube? No V&P falam de 4 que presumo terão sido Pinho, Cândido de Oliveira, Rosmaninho e Almeida. Existiram outros? Por exemplo os irmãos Gralha?
Os detalhes das saídas e turbulências de jogadores do Benfica para a formação do Belenenses e do Casa Pia são escassos. Devem ser histórias muito interessantes nomeadamente do Belenenses com as trapalhadas de Alberto Rio.
Em relação ao hino do Benfica, é estranho que nunca tenha existido vontade de lhe dar uma roupagem moderna. Seria talvez interessante. Talvez as conotações políticas ainda existam. É pena pois felizmente o nosso clube é dos que melhor tem separado as águas. Ao desporto o que é do desporto. E somente isso.
Augusto da Fonseca Júnior foi ainda presidente da AFL. Era seguramente um homem com capacidades organizativas e de chefia. Assim como o Capitão Ribeiro da Costa. Penso que eram ambos militares o que explica essas virtudes. Fico com curiosidade à espera das suas merecidas evocações.
Presidentes que jogaram futebol ou treinaram no nosso clube terão sido:
Benfica - José Rosa Rodrigues, Januário Barreto (?), Félix Bermudes, Júlio Ribeiro da Costa, Augusto da Fonseca Júnior e Ferreira Bogalho;
Belensenses - Luis Viera e Reis Gonçalves.
Casa Pia - ...Cosme Damião.
LPF - Januário Barreto (?);
AFL - Augusto da Fonseca Júnior, Reis Gonçalves, Virgílio Paula
SCP - Daniel Queiroz dos Santos.
Deve haver outros.
Desconhecia essa história infeliz sobre o Senhor Joaquim Macarrão. Lamentável. Do que ouço era um Benfiquista inexcedível. Daqueles que não pactuam com (vou usar o termo do Alberto mas talvez o mais ajustado fosse outro) idiotas. Presumo quem foi esse idiota.
Muito obrigado
Saudações Benfiquistas
VJC
Caro Victor João Carocha
EliminarDo Benfica para o Casa Pia AC em 1920 foram: Cândido de Oliveira, António Pinho e Clemente Guerra (1.ª categoria) mais José António de Almeida, Silvestre Rosmaninho, José Maria Gralha, Álvaro Gralha, etc (ou seja mais de 20).
Alberto Miguéns
Caro Alberto
ResponderEliminarPalavras para quê?
História do Benfica é aqui que se lê o resto é paisagem
Parabéns por mais este excelente trabalho.
Eu como benfiquista e sócio do glorioso, é raro passar um dia sem vir visitar este Blogue.
Para mim é a Bíblia
Como sou um amante de estatísticas, só aqui consigo tirar dúvidas de muitos resultados e outros temas sobre o nosso clube, pois o que anda aí na praça é para esquecer.
Gloriosas saudações benfiquistas
Jorge Santos
Caro Jorge Santos
EliminarObrigado.
Não há nada melhor para um Benfiquista ser elogiado por um Benfiquista. Muito melhor do que pelos BESfiquistas.
Viva o Benfica!
Gloriosas saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns